09/10/2016

O optimismo cristão

Temos de ser optimistas, mas com um optimismo que nasce da fé no poder de Deus.
O optimismo cristão não é um optimismo adocicado, nem tão pouco uma confiança humana em que tudo correrá bem.

É um optimismo que mergulha as suas raízes na consciência da liberdade e na segurança do poder da graça; um optimismo que leva a exigirmo-nos a nós próprios, a esforçarmo-nos por corresponder em cada instante aos chamamentos de Deus. (Forja, 659)

Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Nada de fazer campanhas negativas, nem de ser anti-nada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz; olhar para todos com compreensão: os que seguem Cristo e os que O abandonam ou não O conhecem.

Compreensão, porém, não significa abstencionismo, nem indiferença, mas actividade. (Sulco, 864)

O Senhor – repito – deu-nos o mundo por herança. Temos de ter a alma e a inteligência despertas; temos de ser realistas, sem derrotismos. Só uma consciência cauterizada, só a insensibilidade produzida pela rotina, só o estouvamento frívolo podem permitir que se contemple o mundo sem ver o mal, a ofensa a Deus, o dano por vezes irreparável para as almas. É preciso sermos optimistas, mas com um optimismo que nasça da fé no poder de Deus – Deus não perde batalhas – com um optimismo que não proceda da satisfação humana, duma complacência néscia e presunçosa. (Cristo que passa, 123)

A alegria, o optimismo sobrenatural e humano, são compatíveis com o cansaço físico, com a dor, com as lágrimas – porque temos coração –, com as dificuldades na nossa vida interior ou na tarefa apostólica.

Ele, «perfectus Deus, perfectus homo», perfeito Deus e perfeito homem, que tinha toda a felicidade do Céu, quis experimentar a fadiga e o cansaço, o pranto e a dor..., para que percebermos que para ser sobrenaturais temos de ser muito humanos. (Forja, 290)

Nosso Senhor quis que os seus filhos, que recebemos o dom da fé, manifestemos a visão optimista original da criação, o «amor ao mundo» que palpita no cristianismo.

Portanto, não deve faltar nunca entusiasmo no teu trabalho profissional nem no teu empenho por construir a cidade temporal. (Forja, 703)

Esse desalento, porquê? Pelas tuas misérias? Pelas tuas derrotas, às vezes contínuas? Por uma queda grande, grande, que não esperavas?

Sê simples. Abre o coração. Olha que não está tudo perdido. Ainda podes continuar, e com mais amor, com mais carinho, com mais fortaleza.

Refugia-te na filiação divina: Deus é teu Pai amantíssimo. Esta é a tua segurança, o ancoradouro onde lançar a âncora, aconteça o que acontecer na superfície deste mar da vida. E encontrarás alegria, força, optimismo, vitória! (Via Sacra, 7, 2)


Dantes eras pessimista, indeciso e apático. Agora, estás totalmente transformado: sentes-te audaz, optimista, seguro de ti mesmo..., porque finalmente te decidiste a buscar o teu apoio só em Deus. (Sulco, 426)

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