Tempo Comum
Nossa Senhora das Dores
Evangelho:
Lc 2, 33-35
Naquele tempo, um
fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e
tomou lugar à mesa. Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao
saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com
perfume; pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as
lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume.
Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem
fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora». Jesus tomou a
palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala,
Mestre». Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe
quinhentos denários e o outro cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou
a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». Respondeu Simão: «Aquele – suponho
eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». E voltando-Se para
a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste
água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os
cabelos. Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de
beijar-Me os pés. Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com
perfume. Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque
muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». Depois disse à
mulher: «Os teus pecados estão perdoados». Então os convivas começaram a dizer
entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». Mas Jesus disse à
mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».
Comentário:
Depois da alegria do
Nascimento do seu Filho e dos dias que se seguiram naturalmente com a
convivência alegre de parentes e vizinhos, a Jovem Mãe encontra a primeira
“nuvem” das muitas que hão-de ensombrar a sua vida.
Não sabemos o que terá
respondido a Simeão – provavelmente não terá dito nada – mas seguramente o seu
coração confrangeu-se com o prenúncio.
Ficou desde logo a saber que
a espertaria “uma espada que lhe atravessaria a alma” o que só poderia
significar uma dor incomensurável.
E também terá entendido que
essa dor seria provocada pelo mal que fariam ao seu Divino Filho.
Começa, assim, para a
Santíssima Virgem a verificarem-se as “consequências” do seu “Fiat”.
(ama, comentário sobre Lc 2, 32-15, 2015.12.29)
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