Tempo Comum
Transfiguração do Senhor [i]
Evangelho:
Mt 17, 1-9
Seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão,
e levou-os à parte a um monte alto, 2 e transfigurou-Se diante
deles. O Seu rosto ficou refulgente como o sol, e as Suas vestes tornaram-se
luminosas de brancas que estavam. 3 Eis que lhes apareceram Moisés e
Elias falando com Ele. 4 Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:
«Senhor, que bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma
para Ti, uma para Moisés, e outra para Elias». 5 Estando ele ainda a
falar, eis que uma nuvem resplandecente os envolveu; e saiu da nuvem uma voz
que dizia: «Este é o Meu Filho muito amado em Quem pus toda a Minha
complacência; ouvi-O». 6 Ouvindo isto, os discípulos caíram de
bruços, e tiveram grande medo. 7 Porém, Jesus aproximou-Se deles,
tocou-os e disse-lhes: «Levantai-vos, não temais». 8 Eles, então,
levantando os olhos, não viram ninguém, excepto só Jesus. 9 Quando
desciam do monte, Jesus fez-lhes a seguinte proibição: «Não digais a ninguém o
que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos».
Comentário:
Sei muito bem que Tu és
Deus e basta-me a esperança de contemplar a magnificência da Tua Divindade
quando um dia estiver, finalmente na Tua presença no Céu.
Então, sim, os meus
olhos verão a beleza, a claridade, o esplendor que quiseste mostrar aos três
discípulos.
Estará então à vista de
todos a maravilha da Tua essência divina.
E nada mais será
necessário, essa visão preencherá os nossos corações por completo.
(ama, comentário sobre Mt 17, 1-9,
2011.03.20)
[i] Nota Histórica
A festa
da Transfiguração, celebrada no Oriente desde o século V e no Ocidente a partir
de 1457, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com
reflexos na nossa vida.
Situada
antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração foi uma manifestação da
vida divina, que está em Jesus. A luz do Tabor é, porém, uma antecipação do
esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Por isso, os Apóstolos, contemplando
a glória divina na Pessoa de Jesus, ficaram preparados para os dolorosos
acontecimentos, que iriam pôr à prova a sua fé. Vendo Jesus na Sua condição de
servo, já não poderão esquecer a Sua condição divina.
Anúncio
da Páscoa, a Transfiguração encerra também uma promessa – a da nossa
transfiguração. Jesus, com efeito, fez transparecer na Sua Humanidade a glória
de que resplandecerá o seu Corpo Místico, a Igreja, na Sua vinda final.
A nossa
vida cristã é, pois, um processo de lenta transformação em Cristo. Iniciado no
nosso Baptismo, completa-se na Eucaristia, «penhor da futura glória», que opera
a nossa transformação, até atingirmos a imagem de Cristo glorioso.
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