Tempo Comum
Santa Clara
[i]
Evangelho:
Mt 18, 21. 19, 1
21 Então,
aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu
irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?».
19 1 Tendo
Jesus acabado estes discursos, partiu da Galileia e foi para o território da
Judeia, além Jordão.
Comentário:
Como é que se “mede” ou “pesa” uma ofensa que
nos é feita?
Qual é a medida, o valor, o critério?
Sentirmo-nos ofendidos é, a maior parte das
vezes, não aceitar que alguém não reconheça o nosso valor, as nossas
qualidades, o que somos capazes de fazer, enfim, desconheça – ou melhor – não
reconheça o “bons” que somos.
Isto custa-nos muito porque nos temos sempre
numa conta elevada em que as virtudes que julgamos ter ultrapassam largamente
os defeitos que não sabemos bem que temos.
A dificuldade do perdão da ofensa reside,
sobretudo, no facto de o “ofendido” ter um deficiente conhecimento próprio e se
julgar com um direito a um reconhecimento por parte dos demais que, pelo menos,
corresponda ao elevado conceito que faz de si próprio.
As pessoas santas não têm nenhuma dificuldade
em perdoar as ofensas porque, simplesmente, não se sentem ofendidos com nada,
pelo contrário, assumem que, por exemplo:
“Fulano disse isto de mim porque não me
conhece bem, senão, diria muito pior”.
(ama,
meditação sobre Mt 18, 21; 19, 1, Carvide, 2010.09.11)
[i] Nota Histórica
Nasceu
em Assis no ano 1193. Imitando o exemplo do seu concidadão Francisco, seguiu o
caminho da pobreza e fundou a Ordem monástica (Clarissas). A sua vida foi de
grande austeridade, mas rica em obras de caridade e de piedade. Morreu em 1253.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.