Este
demónio não é sectário, nem tem muita gravidade. é uma tentação mais benigna e
subtil. Basicamente, consiste em elevar as experiências apostólicas pessoais à
categoria de princípio universal. Se tal ou tal experiência foi boa, todos os
que trabalham neste tipo de apostolado deveriam fazê-la. Se a experiência foi
má, ninguém deveria fazê-la. E caso se esteja numa posição de autoridade, procurar-se-á
simplesmente suprimi-la.
A
tentação está em esquecer que toda experiência é relativa: tem circunstâncias
próprias, agentes e evangelizadores próprios, tempo e lugar próprios e
irrepetíveis. Assim, o que não deu resultado positivo num certo momento, com
determinadas pessoas e num certo conjunto de circunstâncias, não significa que
não possa dar resultados com protagonistas e circunstâncias diferentes.
Com
o passar dos anos, evidentemente, esta tentação agrava-se, dado que o apóstolo
já acumulou um número significativo de experiências falidas e frustrantes. A
tendência, então, é instalar-se e promover só o que deu resultado a ele
próprio, desconfiando de outras experiências e iniciativas.
A
verdadeira sabedoria, em contra-partida, consiste em não se deixar condicionar
pelos fracassos, nem pelo acervo positivo das experiências passadas, mas em
estar disposto a tentar outras formas de apostolado e a abrir-se à experiências
de outros.
Fonte:
presbíteros
(revisão
da versão portuguesa por ama)
Este
texto é um extracto do livro do teólogo chileno segundo
galilea, Tentación y
Discernimiento, Narcea, Madrid 1991, p. 29-67.
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