A
fragilidade humana manifesta-se a cada passo das nossas vidas.
Talvez
que aquela que mais nos “toca” é a doença que nos prostra e nos condiciona,
sobretudo quando é grave e muito preocupante.
Como
sabemos, uma da Obras de Misericórdia é, exactamente, visitar os doentes.
Para
muitos, visitar amigos ou mesmo familiares que estão doentes constitui um “pesado”
sacrifício, sobretudo quando ficam de alguma forma afectados com o ambiente
hospitalar – talvez recordando situações dolorosas – para outros… nem tanto,
até o fazem como que cumprindo um “dever social” que, nem por o ser, deixa de
ser um acto bom e meritório.
Voltando
às palavras do Senhor, não nos restam quaisquer dúvidas que Ele próprio Se
considera essa pessoa, esse doente [2] e, sendo assim, como é de facto, a nossa visita é um
caminho para O ouvirmos:
Mas
não nos fiquemos por uma simples visita circunstancial, mais ou menos demorada;
tenhamos em consideração que aquela pessoa talvez precise que lhe falemos do
real valor e mérito que pode obter com a sua doença, em primeiro lugar,
aceitando-a sem revolta nem repúdio e, depois, oferecendo as suas dores e
sofrimento por tantas outras pessoas, na mesma situação, mas que não têm ninguém
que os visite ou, sequer, se preocupe com elas.
Mas…
mais: sobretudo se está gravemente doente da necessidade e, mais que isso,
conveniência, de se preparar para um convenientemente para um desfecho final.
A
muitos – mesmo bons cristãos – custará muito falar nisto porque há sempre um
falso pudor em falar da morte, mas temos de encontrar um meio, uma forma
simples e não agressiva de colocar a questão e falar com clareza propondo uma
conversa com um sacerdote.
Assim,
ficará “completa” esta maravilhosa Obra de Misericórdia e o bem que, por nosso
intermédio, esse doente poderá alcançar terá um valor incalculável. [4]
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