Quanto a esta conclusão poderia dizer que estava
tudo dito!
Realmente, e sobretudo no contexto cristão
católico, tudo o que nos vem de Deus é graça.
Mas permitam-me humanamente dizer que há graças
maiores do que outras.
Entre essas maiores, o perdão é sem dúvida uma
delas.
Perdoar e pedir perdão é com certeza um acto que
sai de nós, que sai da nossa vontade, mas que em toda a sua dimensão se torna
praticamente impossível de alcançar apenas pelas nossas capacidades humanas.
Porque não é só o perdoar e o pedir perdão, mas
também o olhar para o ofensor ou o ofendido com olhar de compaixão, com sentimentos
de amor, com sentimentos de reconciliação, de não desejar mal algum, e isso só
é atingível pela graça de Deus, que nos é dada em oração, pela nossa oração
persistente pelo ofensor, pelo ofendido e por nós próprios.
E então podemos assistir a coisas maravilhosas,
como uma mãe que perdoa ao assassino do seu filho, um judeu do holocausto que
perdoa ao seu torturador, uma mulher, ou um filho, que perdoam ao seu marido,
ao seu pai, anos de tormento e violência extrema, etc.
Não, não está na capacidade humana este perdão
total que deve ser sempre levado ao limite, mas sim na graça de Deus ao homem
que se abre ao amor e pelo amor ao perdão.
(cont)
(joaquim
mexia alves, Conferência
sobre o perdão na Vigararia da Marinha Grande)
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