21/12/2015

Doutrina - 8

O que significa falar em línguas?

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Os adventistas pentecostais crêem que a Bíblia ensina "línguas estranhas".
O problema é que esta palavra "estranha" não se encontra em nenhum lugar no texto grego associado a línguas.
Por mais explicações racionais que muitos recebem, ainda preferem continuar com o que acham ser o dom de línguas e não o que a Bíblia realmente ensina.
Isto é uma pena, ainda mais para quem diz que "a Bíblia é nossa única regra de fé e prática" e "vamos somente pelo que está escrito na Bíblia".
Quando isto vai contra certas pre-concepções então eles reinterpretam a Bíblia para uma maneira actual e dizer o que crêem que ela diz.

Como James Akin disse:

“O segundo mal-entendido de que o dom de línguas é uma oração particular espontânea, uma "linguagem particular" criada pelo Espírito - é refutada pelo texto das Escrituras”.

Como a multidão vinda de vários países junta no dia de Pentecostes mostrou, as linguagens nas quais apóstolos falaram eram linguagens humanas reais que poderiam ser entendidas por qualquer um que as falasse [i].
Isto levou alguns pentecostais e carismáticos a afirmar que o dom de línguas em Actos é diferente do dom de línguas mencionado por Paulo, mas não há nenhuma base para isso.
Esta alegação parece ser baseada em muitas consciências de pentecostais e carismáticos que o que eles estão falando não é uma linguagem real (eu não digo que o dom do línguas não ocorre; sim ocorre, só não tão frequentemente quanto alguns afirmam).

Paulo em nenhuma parte sugere que o fenómeno a que se refere como "falar em línguas" (grego, glossais lalon, do qual nós temos "glossalalia") é diferente do fenómeno que seu companheiro Lucas se refere pelo mesmo nome quando escreveu Actos.

(cont)




[i] Act 2,11

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