Dinamismo
é uma palavra que, a meu ver, define a essência da Idade Média.
A
começar pelas cortes itinerantes de seus monarcas que tardaram a se fixar em
capitais.
Na
política, nas artes, no meio erudito predominam as transformações.
Quando
no século XII o abade Suger decide fazer uma reforma para ampliar sua abadia de
St-Dennis, na França, gera uma arquitectura completamente nova, visando expressar
em suas linhas e em sua obsessão pela entrada de luz no edifício a Teologia da
Luz, fruto da redescoberta dos tratados de influência neoplatónica do
Pseudo-Dionísio Areopagita.
Pela
mesma época, a sobreposição de vozes em cima da tradicional melodia do
cantochão gregoriano abria o caminho para a polifonia na música.
Se
pensarmos em ambientes bastante heterogéneos como os reinos da Península Ibérica
ou as cidades italianas, esse dinamismo torna-se ainda mais notável.
Entretanto,
o dinamismo mais característico foi o das universidades: o homem de saber
medieval era um cidadão da Cristandade, deslocando-se frequentemente em busca
do conhecimento e dos mestres famosos.
(cont em 06 Dez)
Texto
de rafael de mesquita diehl,
professor e historiador formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
mestrando pela mesma universidade. Publicado pelo site Revista Vila Nova.
(revisão
da versão portuguesa por ama)
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