Outro exemplo: lembrando os filmes do farwest, e admitindo que algo de verdade
neles exista, os cidadãos defendiam-se com as pistolas.
A maioria não dispararia sobre um
adversário de ânimo leve.
Mas foi considerado um avanço da
civilização não prosseguir com esse tipo de justiça.
O debate sobre a liberalização das
armas prossegue nos EUA, mas a convicção generalizada parece desaconselhar uma
facilidade em adquiri-las.
E, certamente, na Europa, esta questão
está resolvida.
Por quê?
Posso assegurar, da parte das centenas
de pessoas que conheço, que tivessem elas uma arma e nunca a usariam levianamente.
Vamos então mudar a lei,
despenalizando indiscriminadamente o porte de armas?
E quando um polícia fere alguém com
uma arma, certamente não o fez por gosto; mesmo assim, é exigido habitualmente
um inquérito cujo desfecho pode não ser nada favorável para o agente em questão.
Por quê?
Em resumo: o argumento não colhe.
O facto de o aborto ser algo que
repugna a quem o pratica não torna supérflua a sua proibição.
Mesmo que a mulher decida abortar por
razões que considere ponderadas, a sociedade tem o direito de as considerar
sempre menos decisivas que a vida do feto, que, por si só, é uma razão suprema.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.