20/07/2015

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

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A sociedade tem, pois, tomado consciência de que, perante determinados males, é preciso intervir legalmente para salvaguardar direitos humanos elementares.
Se este caminho da justiça é considerado um avanço na vida dos povos, pois visa proteger seres indefesos, por que razão no caso do aborto se pretende que a lei abandone um âmbito onde o desfecho termina com a morte de um inocente e uma menor sensibilidade perante o carácter único da vida humana?
Não seria o momento de pensar seriamente no estatuto jurídico do embrião?

Apenas um factor de “curiosidade”: na Encíclica sobre o Evangelho da vida, João Paulo II chamava a atenção para o facto de que, com este argumento, se pretende uma autonomia total da consciência para abortar, ao mesmo tempo que se exige aos legisladores e políticos a abdicação da sua consciência que deve submeter-se sem reservas ao que a maioria aprove.

Contradições à volta da consciência...

Em resumo, pretender que o aborto deva ficar reduzido a uma questão de moral privada não corresponde ao modo como se lida com assuntos até de menor alcance social.
A expressão soa bem aos ouvidos, porque sem dúvida apela à responsabilidade, mas é incompleta: o aborto é uma questão de consciência pessoal, mas tem uma gigantesca dimensão social. Há muita gente que, sensatamente, prefere viver numa sociedade em que se protegem os mais fracos.


Fonte: ALETEIA, p. joão paulo pimentel

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