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A sociedade tem, pois, tomado
consciência de que, perante determinados males, é preciso intervir legalmente
para salvaguardar direitos humanos elementares.
Se este caminho da justiça é
considerado um avanço na vida dos povos, pois visa proteger seres indefesos,
por que razão no caso do aborto se pretende que a lei abandone um âmbito onde o
desfecho termina com a morte de um inocente e uma menor sensibilidade perante o
carácter único da vida humana?
Não seria o momento de pensar
seriamente no estatuto jurídico do embrião?
Apenas um factor de “curiosidade”: na
Encíclica sobre o Evangelho da vida, João Paulo II chamava a atenção para o
facto de que, com este argumento, se pretende uma autonomia total da consciência
para abortar, ao mesmo tempo que se exige aos legisladores e políticos a
abdicação da sua consciência que deve submeter-se sem reservas ao que a maioria
aprove.
Contradições à volta da consciência...
Em resumo, pretender que o aborto deva
ficar reduzido a uma questão de moral privada não corresponde ao modo como se
lida com assuntos até de menor alcance social.
A expressão soa bem aos ouvidos,
porque sem dúvida apela à responsabilidade, mas é incompleta: o aborto é uma
questão de consciência pessoal, mas tem uma gigantesca dimensão social. Há
muita gente que, sensatamente, prefere viver numa sociedade em que se protegem
os mais fracos.
Fonte:
ALETEIA, p. joão paulo pimentel
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