Quem faz o que deve fazer
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Aquele
samaritano que socorreu o viandante que uns bandidos assaltaram e abandonaram
meio morto na berma do caminho não se limitou a cumprir um dever de
solidariedade, de auxílio tratando-lhe das feridas e ajudando-o a recompor-se.
Foi mais além levando-o para uma estalagem e pagou do seu bolso para que o
estalajadeiro tratasse dele até que regressasse.
Este
procedimento é frequente?
Julgo
que sim.
A
enorme multidão de pessoas que andam pelas ruas das grandes cidades levando
comida quente, agasalho, algum conforto a milhares de seres humanos que vivem
em condições marginais impróprias de autêntico aviltamento da sua dignidade
humana fazem exactamente o mesmo.
Pouco se fala deles, poucos sabem os seus nomes, nada cobram e não recebem nada de ninguém, muitas vezes são tidos como gente estranha que durante umas horas abandonam o conforto das suas casas, a companhia da sua família para prestarem esse incrível serviço de solidariedade e misericórdia.
Como
devem sentir-se felizes!
Como
se sentirão recompensados quando ouvem um "obrigado"!
De
tal forma deve ser assim que muitos desses “samaritanos” dos dias de hoje se
devem ter metido “nisso” atraídos pela satisfação, alegria e paz - a alegria e
a satisfação trazem sempre a paz de espírito - que constaram em alguém que
conheceram.
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