A oração não é prerrogativa de frades; é
incumbência de cristãos, de homens e mulheres do mundo, que se sabem filhos de
Deus. (Sulco, 451)
Sentimo-nos tocados, com o coração a bater com
mais força, quando ouvimos com toda a atenção este brado de S. Paulo: esta é a
vontade de Deus: a vossa santificação. Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo
e também o recordo a cada um e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus,
que sejamos santos.
Para pacificar as almas com uma paz autêntica,
para transformar a Terra, para procurar Deus Nosso Senhor no mundo e através
das coisas do mundo, é indispensável a santidade pessoal. Nas minhas conversas
com gente de tantos países e dos ambientes sociais mais diversos, perguntam-me
com frequência: – Que diz aos casados? E aos que trabalhamos no campo? E às
viúvas? E aos jovens?
Respondo sistematicamente que tenho uma só
panela. E costumo fazer notar que Jesus Cristo Nosso Senhor pregou a Boa Nova
para todos, sem qualquer distinção. Uma só panela e um único alimento: o meu
alimento é fazer a vontade d'Aquele que me enviou e dar cumprimento à sua obra.
Chama cada um à santidade, pede amor a cada um: jovens e velhos, solteiros e
casados, sãos e doentes, cultos e ignorantes, trabalhem onde quer que
trabalhem, estejam onde quer que estejam. Há um único modo de crescer na
familiaridade e na confiança com Deus: a intimidade da oração, falar com Ele,
manifestar-Lhe – de coração a coração – o nosso afecto.
Invocar-me-eis e Eu vos ouvirei. Einvocamo-lo conversando,
dirigindo-nos a Ele. Por isso temos de pôr em prática a exortação do Apóstolo:
sine intermissione orate; rezai sempre, aconteça o que acontecer. Não apenas de
coração, mas com todo o coração. (Amigos de Deus, nn. 294–295)
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