A filiação divina é o fundamento do
espírito do Opus Dei. Todos os homens são filhos de Deus, mas um filho pode
reagir de muitos modos diante do seu pai. Temos de esforçar-nos por ser filhos
que procuram lembrar-se de que o Senhor, querendo-nos como filhos, fez com que
vivamos em sua casa no meio deste mundo; que sejamos da sua família; que o que
é seu seja nosso e o nosso seu; que tenhamos com Ele a mesma familiaridade e
confiança com que um menino é capaz de pedir a própria Lua!
Um filho de Deus trata o Senhor como
Pai. Não servilmente, nem com uma reverência formal, de mera cortesia, mas
cheio de sinceridade e de confiança. Deus não se escandaliza com os homens.
Deus não Se cansa das nossas infidelidades. O nosso Pai do Céu perdoa qualquer
ofensa quando o filho volta de novo até Ele, quando se arrepende e pede perdão.
Nosso Senhor é tão verdadeiramente pai, que prevê os nossos desejos de sermos perdoados
e se adianta com a sua graça, abrindo-nos amorosamente os braços.
Reparai que não estou a inventar nada.
Recordai a parábola que o Filho de Deus nos contou para que entendêssemos o
amor do Pai que está nos Céus: a parábola do filho pródigo.
Ainda estava longe – diz a Escritura –
quando o pai o viu e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao
pescoço, cobrindo-o de beijos. Estas são as palavras do livro sagrado:
cobrindo-o de beijos! Pode-se falar mais humanamente? Pode-se descrever com mais
viveza o amor paternal de Deus para com os homens? (Cristo
que passa, 64)
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