21/08/2013

Cultivar a Fé 5

Confiar em Deus 4

A vida interior é uma tarefa da graça que requer a nossa cooperação. O Espírito Santo sopra e impulsiona a nossa barca. Para a nossa correspondência dispomos dos remos, por assim dizer: por um lado, o nosso esforço pessoal; por outro, a confiança em Deus, a segurança de que Ele não nos deixa. Os dois remos são necessários e temos de desenvolver os dois braços se queremos que a vida interior avance. Se falha um, a barca gira sobre si própria, é muito difícil de governar; a alma caminha então como que a pé coxinho, não avança, esgota-se, acaba por desfalecer e cai facilmente.

Se falta a decisão eficaz de lutar, a piedade é sentimental, as virtudes escasseiam; a alma parece encher-se de bons desejos, que se tornam, no entanto, ineficazes quando chega o momento do esforço. Se, pelo contrário, se confia tudo a uma vontade forte, à decisão de luta sem contar com o Senhor, o fruto é aridez, tensão, cansaço, fastio de uma luta que não traz peixes às redes da vida interior e do apostolado; a alma encontra-se, como Pedro e os seus companheiros, na noite infrutífera.

Se nos apercebemos de que algo deste tipo nos acontece, se por vezes caímos em desânimos por nos apoiarmos demasiado nos nossos conhecimentos ou experiência, na nossa vontade decidida e forte... e pouco em Jesus Cristo, peçamos ao Senhor que suba para a nossa barca. É muito importante a Sua presença; muito mais do que os resultados do nosso esforço. É de notar que o Senhor não promete uma grande pesca, e Simão não a espera. Mas adverte que de qualquer modo vale a pena trabalhar pelo Senhor: in verbo autem tuo laxabo retia 5.

j. diéguez - 2012/02/05

(Cultivar a Fé © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:          
5 Lc 5, 5.


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