26/07/2013

Resumos da Fé cristã 54

TEMA 38. O nono e o décimo mandamentos do Decálogo


3. O combate pela pureza 
Pureza de coração significa possuir uma maneira santa de sentir. Com a ajuda de Deus, e o esforço pessoal, consegue-se ser cada vez mais “limpos de coração”: limpeza nos “pensamentos” e nos desejos.

No que se refere ao nono mandamento, o cristão consegue esta pureza com a graça de Deus, bem como através da virtude e do dom da castidade, da pureza de intenção, da pureza do olhar e da oração 6. A pureza do olhar não se limita a rejeitar a contemplação de imagens claramente inconvenientes, mas exige a purificação do uso dos nossos sentidos externos, que nos levem a olhar, a contemplar o mundo e as outras pessoas com visão sobrenatural. Trata-se de luta positiva que permite ao homem descobrir a verdadeira beleza de toda a criação, de modo particular, a beleza dos que foram criados à imagem e semelhança de Deus 7.

«A pureza exige o pudor. O pudor é parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se à castidade e comprova-lhe a delicadeza. Orienta os olhares e as atitudes em conformidade com a dignidade das pessoas e com a união que existe entre elas» (Catecismo, 2521).

pablo requena

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2514-2557. 

Leituras recomendadas:
S. Josemaria, homilia «Porque verão a Deus», em Amigos de Deus, 175-189; homilia «Desprendimento», em Amigos de Deus, 110-126.
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Notas:
5 «O décimo mandamento incide sobre a intenção do coração e resume, com o nono, todos os preceitos da Lei» (Catecismo, 2534).
6 Com a graça de Deus, consegui-lo-ei: pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração recto e sem partilha; pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o verdadeiro fim do homem: com um olhar simples, o baptizado procura descobrir e cumprir em tudo a vontade de Deus (cf. Rm 12, 2; Cl 1, 10) pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentidos e da imaginação; pela rejeição da complacência em pensamentos impuros que o levariam a desviar-se do caminho dos mandamentos divinos: “a vista excita a paixão dos insensatos” (Sb 15, 5); pela oração» (Catecismo, 2520).
7 «Os olhos! Por eles entram na alma muitas iniquidades. - Quantas experiências como a de David!... - Se guardardes a vista, tereis assegurado a guarda do vosso coração». (S. Josemaria, Caminho, 183. «- Meu Deus!: encontro graça e beleza em tudo o que vejo: guardarei a vista a toda a hora, por Amor» (S. Josemaria, Forja, 415).


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