20/07/2013

Resumos da Fé cristã 49

TEMA 37. O oitavo mandamento do Decálogo


2. Verdade e caridade 
A Sagrada Escritura ensina que é preciso dizer a verdade com caridade (Ef 4, 15). A sinceridade, tal como as outras virtudes, deve-se viver por amor e com amor (a Deus e aos homens): com delicadeza e compreensão.

A correcção fraterna: é a prática evangélica (cf. Mt 18,15) que consiste em fazer notar a outro uma falta cometida ou um defeito para que se corrija. É uma grande manifestação de amor à verdade e de caridade. Em certas ocasiões pode ser um dever grave.

A simplicidade na relação com os outros. Há simplicidade quando a intenção se manifesta com naturalidade na conduta. A simplicidade surge do amor à verdade e do desejo de que esta se reflicta fielmente nos próprios actos com naturalidade, sem afectação: isto é o que também se conhece por sinceridade de vida. Como as outras virtudes morais, a simplicidade e a sinceridade hão-de ser dirigidas pela prudência para que sejam verdadeiras virtudes.

Sinceridade e humildade. A sinceridade é caminho para crescer em humildade («caminhar na verdade» dizia Santa Teresa de Jesus). A soberba, que tão facilmente vê as faltas alheias – exagerando-as ou mesmo inventando-as –, não se dá conta das próprias faltas. O amor desordenado da excelência pessoal procura sempre impedir que nos vejamos tal como somos, com todas as nossas misérias.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

juan ramón areitio

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2464-2499.

Leituras recomendadas:
S. Josemaria, Homilia «O Respeito Cristão pela pessoa e pela sua liberdade», em Cristo que Passa, 67-72.
T. Trigo, «El bien de la verdad», em A. Sarmiento, T. Trigo, E. Molina, Moral de la persona, Eunsa, Pamplona 2006, Quinta Parte, pp. 302-391.


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