14.
Causava profunda impressão a fé, a piedade e o recolhimento com que S.
Josemaria se metia, corpo e alma, no momento da Consagração Eucarística.
Maravilhava-se diariamente, com renovado agradecimento e nova devoção, ante o
mistério da transubstanciação, ante essa entrega do Filho de Deus ao Pai, com o
Espírito Santo, pelas almas. Penso que não exagero ao afirmar que, sabendo-se
nesses instantes ipse Christus, daí extraía toda a força da sua eficácia e da
sua extensa actuação apostólica. Com idêntica fé ardente o contemplávamos
enquanto repetia, antes de dar a Sagrada Comunhão, as palavras de S. João
Baptista: ecce Agnus Dei! Exortou todos os católicos, e repetia-o às suas filhas
e filhos, aos sacerdotes, que é necessário identificar-se com Cristo, porque
Ele assim nos convidou e porque assim atrairemos as almas para o Amor de Deus.
Actualizar a nossa fé, como o nosso Padre, precisamente no momento da transubstanciação,
é uma ajuda poderosa para fazer de cada dia uma missa.
Esta
certeza de que Deus quer contar connosco pode e deve constituir um firme ponto
de apoio para renovar diariamente o nosso zelo apostólico; há-de ser um
estímulo que nos impulsione, cheios de esperança e optimismo sobrenatural, para
o serviço das pessoas que passam ao nosso lado: «havemos de nos inflamar no
desejo e na realidade de levar a luz de Cristo, o afã de Cristo, as dores e a
salvação de Cristo, a tantas almas de colegas, amigos, parentes, conhecidos,
desconhecidos, sejam quais forem as suas opiniões nas coisas da terra, para
lhes dar a todos um bom abraço fraterno. Então seremos rubi aceso, e deixaremos
de ser este nada, este carvão pobre e miserável, para ser a voz de Deus, luz de
Deus, fogo de Pentecostes!» [24].
Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et
Operis Dei
Nota: Publicação devidamente
autorizada
____________________
Notas:
[24]
S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 2-VI-1974.
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