Textos de S. Josemaria Escrivá
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Para
que não o imites, copio de uma carta este exemplo de covardia: "Antes de
mais, agradeço-lhe muito que se lembre de mim, porque necessito de muitas
orações. Mas também lhe agradeço que, ao suplicar ao Senhor que me faça
“apóstolo”, não se esforce em pedir-Lhe que me exija a entrega da
liberdade". (Sulco, 11)
Precisamente
por isso, percebo muito bem aquelas palavras do Bispo de Hipona (Santo Agostinho),
que soam como um cântico maravilhoso à liberdade: Deus, que te criou sem ti,
não te salvará sem ti, porque cada um de nós, tu, eu, temos sempre a
possibilidade – a triste desventura – de nos levantarmos contra Deus, de
rejeitá-lo – talvez só com a nossa conduta – ou de exclamar: não queremos que
reine sobre nós. (...)
Queres pensar – pela minha
parte também farei o meu exame – se manténs imutável e firme a tua escolha da
Vida? Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade,
respondes livremente que sim? Dirijamos o olhar para o nosso Jesus, quando
falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina. Não pretende impor-se.
Se queres ser perfeito..., diz ao jovem rico. Aquele rapaz rejeitou o convite e
o Evangelho conta que abiit tristis , que se retirou entristecido. Por isso,
alguma vez lhe chamei a ave triste: perdeu a alegria, porque se negou a
entregar a liberdade a Deus. (Amigos de Deus, 23–24)
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