Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho: Jo 13, 1-17
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Evangelho: Jo 13, 1-17
1 Antes da festa da
Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a Sua hora de passar deste mundo ao
Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. 2
Durante a ceia, tendo já o demónio posto no coração de Judas Iscariotes, filho
de Simão, a determinação de O entregar, 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha posto
nas Suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e voltava para Deus, 4
levantou-Se da mesa, depôs as vestes e, pegando numa toalha, cingiu-Se com ela.
5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, e a
enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou, pois, a Simão Pedro.
Pedro disse-Lhe: «Senhor, Tu lavares-Me os pés?».7 Jesus respondeu-lhe: «O que
Eu faço, tu não o compreendes agora, mas compreendê-lo-ás depois». 8 Pedro
disse-Lhe: «Jamais me lavarás os pés!». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu não te
lavar não terás parte comigo». 9 Simão Pedro disse-Lhe: «Senhor, não somente os
pés, mas também as mãos e a cabeça». 10 Jesus disse-lhe: «Aquele que tomou
banho não tem necessidade de se lavar, pois todo ele está limpo. Vós estais
limpos, mas não todos». 11 Ele sabia quem era o que O ia entregar, por isso
disse: «Nem todos estais limpos». 12 Depois que lhes lavou os pés e que retomou
as Suas vestes, tendo tornado a pôr-Se à mesa disse-lhes: «Compreendeis o que
vos fiz? 13 Chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem porque o sou. 14 Se Eu,
pois, sendo vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés também vós deveis lavar os
pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim
façais vós também. 16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do
que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. 17 Já que
compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes.
Ioannes
Paulus PP. II
Dominum et vivificantem
sobre
o Espírito Santo
na
Vida da Igreja e do Mundo
/…7
TERCEIRA PARTE - O ESPÍRITO QUE DÁ A
VIDA
1. Motivo do Jubileu do ano 2000:
Cristo, «que foi concebido do Espírito Santo»
49.
O pensamento e o coração da Igreja voltam-se para o Espírito Santo, neste final
do século XX e na perspectiva do terceiro Milénio depois da vinda de Jesus
Cristo ao mundo, ao mesmo tempo que começamos a olhar para o grande Jubileu,
com o qual a mesma Igreja irá celebrar o acontecimento. Essa vinda, de facto,
coloca-se na escala do tempo humano, como um acontecimento que pertence à
história do homem sobre a terra. A medida do tempo, usada comummente, determina
os anos, os séculos e os milénios, segundo decorrem antes ou depois do
nascimento de Cristo. Mas é necessário ter presente também que este
acontecimento significa, para nós cristãos, segundo o Apóstolo, a «plenitude
dos tempos», 193 porque, nele, a
história do homem foi completamente penetrada pela «medida» do próprio Deus:
uma presença transcendente no «nunc», no Hoje eterno. «Aquele que é, que era e
que há-de-vir»; Aquele que é «o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o
Princípio e o Fim». 194 «Com efeito, Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu
Filho unigénito, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça mas tenha a
vida eterna». 195 «Ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o seu Filho,
nascido de mulher... para que nós recebêssemos a adopção de filhos». 196 E esta
Incarnação do Filho-Verbo deu-se «por obra do Espírito Santo».
Os
dois Evangelistas, aos quais ficámos a dever a narração do nascimento e da
infância de Jesus de Nazaré, exprimem-se da mesma maneira sobre este ponto.
Segundo São Lucas, perante a anunciação do nascimento de Jesus, Maria pergunta:
«Como se realizará isso se eu não conheço homem?» E recebe esta resposta: «O
Espírito Santo descerá sobre ti e a potência do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra. Por isso, aquele que vai nascer será santo e chamar-se-á Filho de
Deus». 197
São
Mateus narra directamente: «Ora o nascimento de Jesus foi assim: estando Maria,
sua mãe, desposada com José, antes de habitarem juntos, achou-se que tinha
concebido por virtude do Espírito Santo». 198
José, perturbado por este estado de coisas, recebeu num sonho a seguinte
explicação: «Não temas receber contigo Maria, tua esposa, pois o que nela se
gerou é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de
Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados». 199
Assim,
a Igreja professa desde as suas origens o mistério da Incarnação, mistério chave
da sua fé, referindo-se ao Espírito Santo. O Símbolo dos Apóstolos exprime-se
deste modo: «O qual foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu de Maria
Virgem». Não diversamente atesta o Símbolo Niceno-Costantinopolitano: «Incarnou
por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem».
«Por
obra do Espírito Santo» fez-se homem Aquele que a Igreja, com as palavras do
mesmo Símbolo, proclama ser consubstancial ao Pai: «Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado». Fez-se homem
«incarnando no seio da Virgem Maria». Eis o que se cumpriu «ao chegar a
plenitude dos tempos».
50.
O grande Jubileu, com que se concluirá o segundo Milénio, para o qual a Igreja
se está a preparar já, tem directamente um perfil cristológico: trata-se,
efectivamente, de celebrar o nascimento de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, porém,
ele tem um perfil pneumatológico, dado que o mistério da Incarnação se realizou
«por obra do Espírito Santo». «Operou-o» aquele Espírito que — consubstancial
ao Pai e ao Filho — é, no mistério absoluto de Deus uno e trino, a Pessoa-Amor,
o Dom incriado, que é fonte eterna de toda a dádiva que provém de Deus na ordem
da criação, o princípio directo e, em certo sentido, o sujeito da auto-comunicação
de Deus na ordem da graça. O mistério da Incarnação constitui o ápice da dádiva
suprema, dessa auto-comunicação de Deus.
Com
efeito, a concepção e o nascimento de Jesus Cristo são a obra maior realizada
pelo Espírito Santo na história da criação e da salvação: a graça suprema — «a
graça da união» — fonte de todas as outras graças, como explica Santo Tomás. 200 O grande Jubileu relaciona-se com esta
graça e também, se penetrarmos na sua profundidade, com o artífice desta obra,
a Pessoa do Espírito Santo.
À
«plenitude dos tempos» corresponde, efectivamente, uma particular plenitude da
auto-comunicação de Deus uno e trino no Esptrito Santo. Foi «por obra do
Espírito Santo» que se realizou o mistério da união hipostática, ou seja, da
união da natureza divina com a natureza humana, da divindade e da humanidade,
na única Pessoa do Verbo-Filho. Quando Maria, no momento da anunciação,
pronuncia o seu «fiat»: «Faça-se em mim segundo a tua palavra», 201 ela concebe de modo virginal um homem, o
Filho do homem, que é o Filho de Deus. Graças a esta «humanização» do
Verbo-Filho, a auto-comunicação de Deus atinge a sua plenitude definitiva na
história da criação e da salvação. Esta plenitude adquire uma densidade
particular e uma eloquência muito expressiva no texto do Evangelho de São João:
«O Verbo fez-se carne». 202 A
Incarnação de Deus-Filho significa que foi assumida à unidade com Deus não
apenas a natureza humana, mas também, nesta, em certo sentido, tudo o que é
«carne»: toda a humanidade, todo o mundo visível e material. A Incarnação, por
conseguinte, tem também um significado cósmico, uma dimensão cósmica. O «gerado
antes de toda criatura», 203 ao
incarnar-se na humanidade individual de Cristo, une-se, de algum modo, com toda
a realidade do homem, que também é «carne» 204
e, nela, com toda a «carne», com toda a criação.
51.
Tudo isto se realiza «por obra» do Espírito Santo; e, por conseguinte, faz
parte do conteúdo do grande Jubileu futuro. A Igreja não pode preparar-se para
esse Jubileu de outro modo que não seja no Espírito Santo. Aquilo que «na
plenitude dos tempos» se realizou por obra do Espírito Santo, só por sua obra
pode emergir agora da memória da Igreja. É por sua obra, que isso pode
tornar-se presente na nova fase da história do homem sobre a terra: o ano 2000
depois do nascimento de Cristo.
O
Espírito Santo, que com a sombra da sua potência cobriu o corpo virginal de
Maria, dando assim início à maternidade divina nela, ao mesmo tempo tornou o
seu coração perfeitamente obediente pelo que respeita àquela auto-comunicação
de Deus, que superava qualquer conceito e todas as faculdades do homem.
«Bem-aventurada aquela que acreditou»: 205
assim foi saudada Maria, pela sua parente Isabel, também ela «cheia do Espírito
Santo». 206 Nas palavras de
saudação àquela que «acreditou» parece delinear-se um contraste longínquo (mas,
na realidade, muito próximo) com relação a todos aqueles de quem Cristo dirá
que «não acreditaram». 207 Maria
entrou na história da salvação do mundo mediante a obediência da fé. E a fé, na
sua essência mais profunda, é a abertura do coração humano diante do Dom:
diante da auto-comunicação de Deus no Espírito Santo. São Paulo escreve: «O
Senhor é espírito, e onde está o espírito do Senhor, aí há liberdade». 208 Quando Deus uno e trino se abre ao homem
no Espírito Santo, esta sua «abertura» revela e, ao mesmo tempo, doa à criatura-homem
a plenitude da liberdade. Esta plenitude manifesta-se de um modo sublime na fé
de Maria, pela sua «obediência de fé»; 209
sim, verdadeiramente, «bem-aventurada aquela que acreditou»!
2. Motivo do Jubileu: manifestou-se a
graça
52.
No mistério da Incarnação, a obra do Espírito, «que dá a vida», atinge o seu
vértice. Não é possível dar a vida, que está em Deus de um modo pleno, senão
fazendo dela a vida de um Homem, como é Cristo na sua humanidade personalizada
pelo Verbo na união hipostática. Ao mesmo tempo, com o mistério da Incarnação
jorra, de um modo novo, a fonte dessa vida divina na história da humanidade: o
Espírito Santo. O Verbo «gerado antes de toda a criatura», torna-se «o
primogénito entre muitos irmãos» 210
e torna-se assim também a cabeça do Corpo que é a Igreja — que nascerá da Cruz
e será revelada no dia do Pentecostes — e, na Igreja, a cabeça da humanidade:
dos homens de cada nação, de todas as raças, de todos os países e culturas, de
todas as línguas e continentes, todos eles chamados à salvação. «O Verbo fez-se
carne, (aquele Verbo no qual) estava a vida e a vida era a luz dos homens... A
quantos o receberam deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». 211 Mas tudo isto se realizou e se realiza
incessantemente «por obra do Espírito Santo».
«Filhos
de Deus» são, com efeito — como ensina o Apóstolo — «todos aqueles que são
movidos pelo Espírito de Deus». 212
A filiação pela adopção divina nasce nos homens sobre a base do mistério da
Incarnação; e, portanto, graças a Cristo, que é o Filho eterno. Todavia, o
nascer ou renascer dá-se quando Deus Pai «envia aos nossos corações o Espírito
do seu Filho». 213 É então que,
na verdade, «recebemos o espírito de adopção filial, pelo qual bradamos:
"Aba, ó Pai!"». 214
Portanto, esta filiação divina, enxertada na alma humana com a graça
santificante, é obra do Espírito Santo. «O próprio Espírito atesta ao nosso
espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos igualmente
herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo». 215 A graça santificante é no homem o
princípio e a fonte da vida nova: vida divina, sobrenatural.
A
dádiva desta vida nova é como que a resposta definitiva de Deus ao grito do
Salmista, no qual ecoa, de certo modo, a voz de todas as criaturas: «Se enviais
o vosso Espírito, serão criados e renovais a face da terra». 216 Aquele que, no mistério da criação, dá
ao homem e ao cosmos a vida sob as suas múltiplas formas, visíveis e
invisíveis, renova-a ainda pelo mistério da Incarnação. A criação é assim
completada pela Incarnação e, desde esse momento, penetrada pelas forças da
Redenção, que investem a humanidade e a criação inteira. É o que nos diz São
Paulo, cuja visão cósmico-teológica parece retomar os termos do antigo Salmo: a
criação «aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus», 217 ou seja, daqueles que Deus, tendo-os
«conhecido desde sempre», também os «predestinou para serem conformes à imagem
do seu Filho». 218 Dá-se, assim,
uma «adopção filial» sobrenatural dos homens, da qual é origem o Espírito
Santo, Amor e Dom. Como tal Ele é dado com prodigalidade aos homens. E na superabundância
do Dom incriado tem início, no coração de cada homem, aquele particular dom criado,
mediante o qual os homens «se tornam participantes da natureza divina». 219 Deste modo, a vida humana é impregnada
pela participação na vida divina e adquire também ela uma dimensão divina,
sobrenatural. Tem-se assim a vida nova, pela qual, como participantes do
mistério da Incarnação, «os homens... têm acesso ao Pai no Espírito Santo». 220 Existe, pois, uma estreita dependência
de causalidade entre o Espírito, que dá a vida, e a graça santificante, com
aquela vitalidade sobrenatural multiforme que dela deriva no homem: entre o
Espírito incriado e o espírito humano criado.
53.
Pode dizer-se que tudo isto é abrangido no âmbito do grande Jubileu, acima
mencionado. Com efeito, impõe-se ir além da dimensão histórica do facto,
considerado somente à superfície. É necessário chegar a atingir, no próprio
conteúdo cristológico do facto, a dimensão pneumatológica, abarcando com o
olhar da fé o conjunto dos dois milénios da acção do Espírito da verdade, o qual,
ao longo dos séculos, indo aurir do tesouro da Redenção de Cristo, foi dando
aos homens a vida nova, realizando neles «a adopção filial» no Filho unigénito
e santificando-os, de tal modo que eles podem repetir com São Paulo: «Recebemos
o Espírito que vem de Deus». 221
Mas
ao considerar este motivo do Jubileu, não é possível limitar-se aos dois mil
anos decorridos desde o nascimento de Cristo. É necessário retroceder no tempo,
abarcar toda a acção do Espírito Santo mesmo antes de Cristo, desde o
princípio, em todo o mundo e, especialmente, na economia da Antiga Aliança.
Esta acção, de facto, em todos os lugares e em todos os tempos, ou antes, em
cada homem, desenrolou-se segundo o eterno desígnio de salvação, no qual ela
anda estreitamente unida ao mistério da Incarnação e da Redenção; este mistério
já tinha exercido a sua influência naqueles que acreditavam em Cristo que havia
de vir. Isto é atestado, de modo particular, na Epístola aos Efésios. 222 A graça, portanto, comporta um carácter
cristológico e, conjuntamente, um carácter pneumatológico, que se realiza
sobretudo naqueles que expressamente aderem a Cristo: «N'Ele (em Cristo)...
fostes marcados com o selo do Espírito Santo, que fora prometido, o qual é o
penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção». 223
No
entanto, sempre na perspectiva do grande Jubileu, também devemos alargar as
nossas vistas para mais longe, «para o largo», conscientes de que «o vento
sopra onde quer», segundo a imagem usada por Jesus no colóquio com Nicodemos. 224 O Concílio Vaticano II, centrando a
atenção sobretudo no tema da Igreja, recorda-nos a acção do Espírito Santo
mesmo «fora» do corpo visível da Igreja. Ele fala precisamente de «todos os
homens de boa vontade, no coração dos quais invisivelmente opera a graça. Na
verdade, se Cristo morreu por todos e a vocação última do homem é realmente uma
só, a saber, a divina, nós devemos manter que o Espírito Santo oferece a todos,
de um modo que só Deus conhece, a possibilidade de serem associados ao mistério
pascal». 225
54.
«Deus é espírito, e os seus adoradores em espírito e verdade é que devem
adorá-lo». 226 Jesus pronunciou
estas palavras num outro dos seus colóquios: aquele que teve com a Samaritana.
O grande Jubileu, que será celebrado no final deste Milénio e no início do
seguinte, deve constituir um forte apelo dirigido a todos aqueles que «adoram a
Deus em espírito e verdade». Deve ser para todos uma ocasião especial para
meditar no mistério de Deus uno e trino que, em si mesmo, é absolutamente
transcendente em relação ao mundo, de modo especial em relação ao mundo
visível; é, na realidade, Espírito absoluto: «Deus é espírito». 227 Mas, simultaneamente e de um modo
admirável, não só está próximo deste mundo, mas está aí presente e, em certo
sentido, imanente, compenetra-o e vivifica-o por dentro. Isto é válido, em
especial, quanto ao homem: Deus está no íntimo do seu ser, como pensamento,
consciência e coração; é uma realidade psicológica e ontológica que levava
Santo Agostinho, ao considerá-la, a dizer de Deus: «interior intimo meo» (mais
íntimo do que o meu íntimo). 228
Estas palavras ajudam-nos a compreender melhor as que Jesus dirigiu à
Samaritana: «Deus é espírito». Somente o Espírito pode ser «mais íntimo do que
o meu íntimo», quer no ser quer na experiência espiritual; só o Espírito pode
ser a tal ponto imanente ao homem e ao mundo, permanecendo inviolável e
imutável na sua transcendência absoluta.
Mas,
em Jesus Cristo, a presença divina no mundo e no homem manifestou-se de uma
maneira nova e sob forma visível. N'Ele, verdadeiramente, «manifestou-se a graça».
229 O amor de Deus Pai, dom,
graça infinita e princípio de vida, tornou-se patente em Cristo e, na sua
humanidade, tornou-se «parte» do universo, do género humano e da história. Esta
«manifestação» da graça na história do homem, mediante Jesus Cristo,
realizou-se por obra do Espírito Santo, que é o princípio de toda a acção
salvífica de Deus no mundo: Ele, «Deus escondido», 230 que como Amor e Dom «enche o universo». 231 Toda a vida da Igreja, tal como se irá
manifestar no grande Jubileu, significa um caminhar ao encontro de Deus
escondido, ao encontro do Espírito, que dá a vida.
(Nota: Revisão da tradução para português por ama)
____________________
Notas:
193 Cf. Gál 4, 4.
194 Apoc 1, 8; 22, 13.
195 Jo 3, 16.
196 Gál 4, 4 s.
197 Lc 1, 34 s.
198 Mt 1, 18.
199 Mt 1 , 20 s.
200 Cf. S. TOMÁS DE AQUINO, Summa Theol. IIIa, q. 2,
aa. 10, 12 q.6, a.6; q. 7, a. 13.
201 Lc 1, 38.
202 Jo 1, 14.
203 Col 1, 15.
204 Cf. por exemplo, Gén 9, 11; Dt 5, 26, Jó 34, 15; Is
40. 6; 52, 10; Sl 145 [144], 21; Lc 3, 6; 1 Pdr 1, 24.
205 Lc 1, 45.
206 Cf. Lc 1, 41.
207 Cf. Jo 16, 9.
208 2 Cor 3, 17.
209 Cf. Rom 1, s.
210 Rom 8, 29.
211 Cf. Jo 1, 14. 4. 12 s.
212 Cf. Rom 8, 14.
213 Cf. Gál 4, 6; Rom 5, 5: 2 Cor 1, 22.
214 Rom 8, 15.
215 Rom 8, 16 s.
216 Cf. Sl 104 [103], 30.
217 Rom 8, 19.
218 Rom 8, 29.
219 Cf. 2 Pdr 1, 4.
220 Cf. Ef 2, 18; Const. dogm. sobre a Divina Revelação
Dei Verbum, 2.
221 Cf. 1 Cor 2, 12.
222 Cf. Ef 1, 3-14.
223 Ef 1, 13 s.
224 Cf. Jo 3, 8.
225 Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo
Gaudium et spes, 22; cf. Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 16.
226 Jo 4, 24.
227 Ibid.
228 Cf. S. AGOSTINHO, Confess. III, 6, 11: CCL 27, 33.
229 Cf. Tit 2, 11.
230 Cf. Is 45, 15.
231 Cf. Sab 1, 7.
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