13/04/2012

Leitura Espiritual para 13 Abr 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Lc 22, 39-62

39 Tendo saído foi, segundo o Seu costume, para o monte das Oliveiras. Seus discípulos seguiram-n'O. 40 Quando chegou àquele lugar disse-lhes: «Orai, para não cairdes em tentação». 41 Afastou-Se deles a distância de um tiro de pedra; e, posto de joelhos, orava, 42 dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice; não se faça, contudo, a Minha vontade, mas a Tua». 43 Então apareceu-Lhe um anjo do céu que O confortava. Entrando em agonia, orava mais intensamente. 44 O Seu suor tornou-se como gotas de sangue que corriam até à terra. 45 Tendo-Se levantado da oração e indo ter com os Seus discípulos, encontrou-os a dormir por causa da tristeza. 46 Disse-lhes: «Porque dormis? Levantai-vos e orai para não cairdes em tentação». 47 Estando Ele ainda a falar, eis que chega um tropel de gente. Aquele que se chamava Judas, um dos doze, vinha à frente. Aproximou-se de Jesus para O beijar. 48 Jesus disse-lhe: «Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?». 49 Os que estavam com Jesus, vendo o que ia acontecer, disseram-Lhe: «Senhor e se os feríssemos à espada?». 50 E um deles feriu um servo do Sumo Sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. 51 Mas Jesus, tomando a palavra disse: «Deixai, basta». E tendo-lhe tocado na orelha curou-o. 52 Disse depois Jesus aos príncipes dos sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos que tinham vindo contra Ele: «Viestes armados de espadas e varapaus como contra um ladrão. 53 Quando Eu estava todos os dias convosco no templo nunca estendestes a mão contra Mim; porém, esta é a vossa hora e a do poder das trevas». 54 Prendendo-O, e levaram-n'O a casa do Sumo Sacerdote. Pedro seguia-O de longe. 55 Tendo eles acendido fogo no meio do pátio e, sentando-se em roda, estava também Pedro sentado no meio deles. 56 Uma criada, vendo-o sentado ao lume e fixando-o bem, disse: «Este estava também com Ele». 57 Mas Pedro negou, dizendo: «Mulher, não O conheço». 58 Daí a pouco, vendo-o outro, disse-lhe: «Tu também és um deles». Pedro disse: «Ó homem, não sou». 59 Passado o intervalo de quase uma hora, um outro dizia com insistência: «Certamente que este também estava com Ele, pois é galileu». 60 Pedro respondeu: «Ó homem, não sei o que dizes». Imediatamente, quando ele ainda falava, o galo cantou; 61 e, tendo-Se voltado, o Senhor olhou para Pedro. Pedro então lembrou-se das palavras que lhe tinham sido ditas pelo Senhor: «Antes que o galo cante, Me negarás três vezes». 62 E, saindo para fora, chorou amargamente.


 



Ioannes Paulus PP. II
Redemptor hominis
aos veneráveis Irmãos no Episcopado
aos Sacerdotes
às Famílias religiosas
aos Filhos e Filhas da Igreja
e a todos os Homens de Boa Vontade
no início do Seu Ministério Pontifical

1979.03.04

Bênção

Veneráveis Irmãos e caríssimos Filhos:
Saúde e Bênção Apostólica!

I. HERANÇA

1. No final do segundo Milénio

O Redentor do homem, Jesus Cristo, é o centro do cosmos e da história. Para Ele se dirigem o meu pensamento e o meu coração nesta hora solene da história, que a Igreja e a inteira família da humanidade contemporânea estão a viver. Efectivamente, este tempo, no qual, depois do predilecto Predecessor João Paulo I, por um seu misterioso desígnio Deus me confiou o serviço universal ligado com a Cátedra de São Pedro em Roma, está muito próximo já do ano Dois Mil. É difícil dizer, neste momento, o que aquele ano virá a marcar no quadrante da história humana, e como é que ele virá a ser para cada um dos povos, nações, países e continentes, muito embora se tente, já desde agora, prever alguns eventos. Para a Igreja, para o Povo de Deus que se estendeu — se bem que de maneira desigual — até aos mais longínquos confins da terra, esse ano virá a ser o ano de um grande Jubileu. Estamos já, portanto, a aproximar-nos de tal data que — respeitando embora todas as correcções devidas à exactidão cronológica — nos recordará e renovará em nós de uma maneira particular a consciência da verdade-chave da fé, expressa por São João nos inícios do seu Evangelho: «O Verbo fez-se carne e veio habitar entre nós»; 1 e numa outra passagem «Deus, de facto, amou de tal modo o mundo, que lhe deu o Seu filho unigénito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna». 2

Estamos também nós, de alguma maneira, no tempo de um novo Advento, que é tempo de expectativa. «Deus, depois de ter falado outrora aos nossos pais, muitas vezes e de muitos modos, pelos Profetas, falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho...», 3 por meio do Filho-Verbo, que se fez homem e nasceu da Virgem Maria. Com este acto redentor a história do homem atingiu, no desígnio de amor de Deus, o seu vértice. Deus entrou na história da humanidade e, enquanto homem, tornou-se sujeito à mesma, um dos milhares de milhões e, ao mesmo tempo, Único! Deus, através da Encarnação, deu à vida humana aquela dimensão, que intentava dar ao homem já desde o seu primeiro início e deu-lha de maneira definitiva — daquele modo a Ele somente peculiar, segundo o seu eterno amor e a sua misericórdia, com toda a divina liberdade — e, simultaneamente, com aquela munificência, que, perante o pecado original e toda a história dos pecados da humanidade e perante os erros da inteligência, da vontade e do coração humano, nos dá azo a repetir com assombro as palavras da Sagrada Liturgia: «Ó ditosa culpa, que tal e tão grande Redentor mereceu ter». 4

2. Primeiras palavras do novo Pontificado

A Cristo Redentor elevei os meus sentimentos e pensamentos a 16 de Outubro do ano passado, quando, após a eleição canónica, me foi feita a pergunta: «Aceitais?» E eu respondi então: «Com obediência de fé em Cristo, meu Senhor, e confiando na Mãe de Cristo e da Igreja, não obstante as muitas dificuldades, eu aceito». Quero hoje dar a conhecer publicamente aquela minha resposta a todos, sem excepção alguma, tornando assim manifesto que está ligado com a verdade primeira e fundamental da Encarnação o ministério que, com a aceitação da eleição para Bispo de Roma e para Sucessor do Apóstolo Pedro, se tornou meu específico dever na sua mesma Cátedra.

Escolhi os mesmos nomes que havia escolhido o meu amadíssimo Predecessor João Paulo I. Efectivamente, quando a 26 de Agosto de 1978 ele declarou ao Sacro Colégio (dos Cardeais) que queria ser chamado João Paulo — um binómio deste género não tinha antecedentes na história do Papado — já então reconheci nisso um eloquente bom auspício da graça sobre o novo Pontificado. E dado que esse Pontificado durou apenas trinta e três dias, cabe-me a mim não somente continuá-lo, mas, de certo modo, retomá-lo desse mesmo ponto de partida. Isto precisamente é confirmado pela escolha, feita por mim, desses dois nomes. E ao escolhê-los assim, em seguida ao exemplo do meu venerável Predecessor, desejei como ele também eu exprimir o meu amor pela singular herança deixada à Igreja pelos Sumos Pontífices João XXIII e Paulo VI; e, ao mesmo tempo, manifestar a minha disponibilidade pessoal para a desenvolver com a ajuda de Deus.

Através destes dois nomes e dos dois pontificados, quero vincular-me a toda a tradição desta Sé Apostólica, com todos os Predecessores no espaço de tempo deste século vinte e dos séculos precedentes, ligando-me gradualmente, segundo as diversas épocas até às mais remotas, àquela linha da missão e do ministério que confere à Sé de Pedro um lugar absolutamente particular na Igreja. João XXIII e Paulo VI constituem uma etapa, à qual desejo referir-me directamente, como a um limiar do qual é minha intenção, de algum modo juntamente com João Paulo I, prosseguir no sentido do futuro, deixando-me guiar por confiança ilimitada e pela obediência ao Espírito, que Cristo prometeu e enviou à sua Igreja. Ele, efectivamente dizia aos seus Apóstolos, na véspera da sua Paixão: «É melhor para vós que eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei». 5 «Quando vier o Consolador, que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, o Espírito da verdade que do Pai procede, ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho de Mim, porque estais comigo desde o princípio». 6 «Quando, porém, Ele vier, o Espírito da verdade, Ele guiar-vos-á para a verdade total, porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas vindouras». 7

3. Confiança no Espírito da Verdade e do Amor

É, pois, confiando plenamente no Espírito da verdade, que eu entro na posse da rica herança dos pontificados recentes. Esta herança acha-se fortemente radicada na consciência da Igreja de maneira absolutamente nova, nunca dantes conhecida, graças ao Concílio Vaticano II, convocado e inaugurado por João XXIII e, em seguida, concluído felizmente e actuado com perseverança por Paulo VI, cuja actividade eu próprio pude observar de perto. Fiquei sempre maravilhado com a sua profunda sapiência e com a sua coragem, e igualmente com a sua constância e paciência no difícil período pos-conciliar do seu Pontificado. Como timoneiro da Igreja, barca de Pedro, ele sabia conservar uma tranquilidade e um equilíbrio providenciais mesmo nos momentos mais críticos, quando parecia que ela estava a ser abalada por dentro, mantendo sempre uma inquebrantável esperança na sua capacidade. Aquilo, de facto, que o Espírito disse à Igreja mediante o Concílio do nosso tempo, e aquilo que esta Igreja diz a todas as Igrejas 8 não pode — apesar das inquietudes momentâneas — servir para outra coisa senão para uma capacidade mais maturada ainda de todo o Povo de Deus, bem consciente da sua missão salvífica.

Desta consciência contemporânea da Igreja precisamente, Paulo VI fez o primeiro tema da sua fundamental Encíclica, que se inicia com as palavras Ecclesiam Suam; e seja-me permitido fazer referência e pôr-me em conexão, antes de mais nada, com esta Encíclica, neste primeiro e, por assim dizer, inaugural documento do presente Pontificado. Com as luzes e com o apoio do Espírito Santo a Igreja tem uma consciência cada vez mais aprofundada quer pelo que se refere ao seu mistério divino, quer pelo que se refere à sua missão humana, quer mesmo, finalmente, quanto a todas as suas fraquezas humanas: esta consciência, precisamente, é e deve permanecer a primeira fonte do amor por esta Igreja, assim como o amor, da sua parte, contribui para consolidar e para aprofundar tal consciência. Paulo VI deixou-nos o testemunho de uma consciência da Igreja assim, extremamente perspicaz. Através das multíplices e não raro sofridas componentes do seu Pontificado, ele ensinou-nos o amor destemido pela Igreja, a qual — como afirma o Concílio — é «sacramento, ou sinal, e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano». 9

4. Referência à primeira Encíclica de Paulo VI

Por tal razão, exactamente, a consciência da Igreja há-de andar unida com uma abertura universal, a fim de que todos possam nela encontrar «as imperscrutáveis riquezas de Cristo», 10 das quais fala o Apóstolo das gentes. Uma tal abertura, organicamente conjunta com a consciência da própria natureza, com a certeza da própria verdade, da qual o mesmo Cristo disse «não é minha, mas do Pai que me enviou», 11 determina o dinamismo apostólico, que o mesmo é dizer missionário, da Igreja, professando e proclamando integralmente toda a verdade transmitida por Cristo. E simultaneamente ela, a Igreja, deve conduzir aquele diálogo que Paulo VI na sua Encíclica Ecclesiam Suam chamou «diálogo da salvação», diferenciando com precisão cada um dos círculos no âmbito dos quais ele deveria ser conduzido. 12

Quando assim me refiro hoje a este documento programático do Pontificado de Paulo VI, não cesso de dar graças a Deus, pelo facto de este meu grande Predecessor e ao mesmo tempo verdadeiro pai ter sabido — não obstante as diversas fraquezas internas, por que foi afectada a Igreja no período pós-conciliar — patentear «ad extra», «para o exterior», o seu autêntico rosto. De tal maneira, também grande parte da família humana, nas diversas esferas da sua multiforme existência, se tornou — na minha opinião — mais consciente do facto de lhe ser necessária verdadeiramente a Igreja de Cristo, a sua missão e o seu serviço. E esta consciência algumas vezes demonstrou-se mais forte do que as diversas atitudes críticas, que atacavam «ab intra», vindas «de dentro», a mesma Igreja, as suas instituições e estruturas, e os homens da Igreja e as suas actividades.

Uma tal crítica crescente teve sem dúvida diversas causas e, por outro lado, estamos certos de que ela não foi sempre destituída de um sincero amor à Igreja. Manifestou-se nela, indubitavelmente, entre outras coisas, a tendência para superar o chamado triunfalismo, de que se discutia com frequência durante o Concílio. No entanto, se é uma coisa acertada que a Igreja, seguindo o exemplo do seu Mestre que era «humilde de coração», 13 esteja bem assente também ela na humildade, que possua o sentido crítico a respeito de tudo aquilo que constitui o seu carácter e a sua actividade humana e que seja sempre muito exigente para consigo própria, é óbvio igualmente que também a crítica deve ter os seus justos limites. Caso contrário, ela deixa de ser construtiva, não revela a verdade, o amor e a gratidão pela graça, da qual principal e plenamente nos tornamos participantes exactamente na Igreja e mediante a Igreja. Além disto, o espírito crítico não exprime a atitude de serviço, mas antes a vontade de orientar a opinião de outrem segundo a própria opinião, algumas vezes divulgada de maneira assaz imprudente.

Deve-se gratidão a Paulo VI ainda, porque, respeitando toda e qualquer parcela de verdade contida nas várias opiniões humanas, ele conservou ao mesmo tempo o equilíbrio providencial do timoneiro da Barca. 14 A Igreja que — através de João Paulo I — quase imediatamente depois dele me foi confiada, não se acha certamente isenta de dificuldades e de tensões internas. Entretanto, ela encontra-se interiormente mais premunida contra os excessos do auto-criticismo; poder-se-ia dizer, talvez, que ela é mais crítica diante das diversas críticas imprudentes, e está mais resistente no que respeita às várias «novidades», mais maturada no espírito de discernimento e mais idónea para tirar do seu perene tesouro «coisas novas e coisas velhas», 15 mais centrada no próprio mistério e, graças a tudo isto, mais disponível para a missão da salvação de todos: «Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade». 16

5. Colegialidade e apostolado

Esta Igreja — contra todas as aparências — está mais unida na comunhão de serviço e na consciência do apostolado. Tal união nasce daquele princípio de colegialidade, recordado pelo Concílio Vaticano II, que o próprio Cristo enxertou no Colégio Apostólico dos Doze, com Pedro na chefia, e que renova continuamente no Colégio dos Bispos, o qual cresce cada vez mais sobre toda a terra, permanecendo unido com o Sucessor de São Pedro e sob a sua orientação. O Concílio não se limitou a recordar este princípio de colegialidade dos Bispos, mas vivificou-o imensamente, além do mais, auspiciando a instituição de um órgão permanente, que Paulo VI estabeleceu constituindo o Sínodo dos Bispos, cuja actividade não somente deu uma nova dimensão ao seu Pontificado, mas, em seguida, se reflectiu claramente logo desde os primeiros dias no Pontificado de João Paulo I e no do seu indigno Sucessor.

O princípio de colegialidade demonstrou-se particularmente actual no difícil período pós-conciliar, quando a comum e unânime posição do Colégio dos Bispos — o qual manifestou a sua união ao Sucessor de Pedro sobretudo através do Sínodo — contribuía para dissipar as dúvidas e indicava ao mesmo tempo as justas vias da renovação da Igreja, na sua dimensão universal. Do Sínodo, efectivamente, se originou, entre outras coisas, aquele impulso essencial para a evangelização que teve a sua expressão na Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, 17 acolhida com tanta alegria como programa da renovação de carácter apostólico e conjuntamente pastoral. A mesma linha foi seguida também nos trabalhos da última sessão ordinária do Sínodo dos Bispos, aquela que se realizou cerca de um ano antes da morte do Sumo Pontífice Paulo VI, a qual foi dedicada, como é sabido, à Catequese. Os resultados daqueles trabalhos requerem ainda uma sistematização e uma enunciação por parte da Sé Apostólica.

E uma vez que estamos a tratar do manifesto desenvolvimento das formas em que se exprime a Colegialidade episcopal, devemos pelo menos recordar o processo de consolidação das Conferências Episcopais Nacionais em toda a Igreja e de outras estruturas colegiais de carácter internacional ou continental. Referindo-nos, depois, à tradição secular da Igreja, convém salientar a actividade dos diversos Sínodos locais. Foi de facto ideia do Concílio, coerentemente actuada por Paulo VI, que as estruturas deste género, de há séculos comprovadas pela Igreja, bem como as outras formas de colaboração colegial dos Bispos — por exemplo a que se centra nas metrópoles, para não falar já de cada uma das dioceses singularmente tomadas — pulsassem em plena consciência da própria identidade e conjuntamente da própria originalidade, na unidade universal da Igreja.

Um idêntico espírito de colaboração e de co-responsabilidade se está a difundir também entre os sacerdotes, o que é confirmado pelos numerosos Conselhos Presbiteriais que surgiram após o Concílio. O mesmo espírito se difundiu também entre os leigos, não apenas confirmando as organizações de apostolado laical já existentes, mas criando outras novas, que não raro se apresentam com um perfil diverso e uma dinâmica excepcional. Além disto, os leigos, conscientes da sua responsabilidade pela Igreja, aplicaram-se de boa vontade na colaboração com os Pastores e com os representantes dos Institutos de vida consagrada, no âmbito dos Sínodos diocesanos, e dos Conselhos pastorais nas paróquias e nas dioceses.

Para mim importa ter em mente tudo isto nos inícios do meu Pontificado, para agradecer a Deus, para exprimir um vivo encorajamento a todos os Irmãos e Irmãs e, além disto, para recordar com sentida gratidão a obra do Concílio Vaticano II e os meus grandes Predecessores, que deram início a esta nova «vaga» a animar a vida da Igreja, movimento muito mais forte do que os sintomas de dúvida, de abalo e de crise.

Copyright © Libreria Editrice Vaticana

(Nota: Revisão da tradução para português por ama)

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Notas (em latim):
(1) Jo 1, 14.
(2) Jo 3, 16.
(3) Hebr. l, l s.
(4) Ex Praeconio paschali
(5) Jo 16, 7.
(6) Jo 15, 26 s.
(7) Jo 16, 13.
(8) Cfr. Ap 2, 7.
(9) Const. dogm. de Ecclesia Lumen Gentium, 1: AAS 57 (1965), p. 5.
(10) Eph 3, 8.
(11) Jo 14, 24.
(12) Cfr. Paulus PP. VI, Litt. Enc. Ecclesiam Suam: AAS 56 (1964), pp. 650 ss.
(13) Mt. 11, 29.
(14) Sunt hic memoranda praecipua documenta Pontificatus Pauli VI, nonnullorum ex quibus ipse mentionem fecit, cum intra Missam in Sollemnitate SS. Apostolorum Petri et Pauli anno 1978 orationem haberet: Litt. Encycl. Ecclesiam Suam: AAS 56 (1964). pp. 609-659; Ep. Apost. Investigabiles Divitias Christi: AAS 57 (1965), pp. 298-3011 Litt. Encycl. Mysteriurn Fidei: AAS 57 (1965), pp. 753-774; Litt. Encycl. Sacerdotalis Caelibatus: AAS 59 (1967), pp. 657-697; Sollemnis Professio Fidei: AAS 60 (1968), pp. 433-445; Litt. Enc. Humanae Vitae: AAS 60 (1968), pp. 481-503, Adhort. Apost. Quinque iam Anni: AAS 63 (1971), pp. 97-106; Adhort. Apost. Evangelica Testificatio: AAS 63 (1971), pp. 497535; Adhort. Apost. Paterna cum Benevolentia: AAS 67 (1975), pp. 5-23.; Adhort. Apost. Gaudete in Domino: AAS 67 (1975), pp. 289-322; Adhort. Apost. Evamgelii Nuntiandi: AAS 68 (1976), pp. 5-76.
(15) Mt 13, 52.
(16)1 Tim 2, 4. 

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