Deste-me
asas para voar
E
eu não voo.
Tenho
uma âncora de orgulho,
De
vaidade,
Ligada
a uma corrente de mundo,
De
dinheiro, de sociedade,
Que
não me deixa voar
Nas
asas que Tu me deste…
E
eu puxo, Senhor,
Luto,
revolto-me
Mas
acabo por deixar-me ficar
Preso
a este mesmo chão
Rasteiro
sem poder voar…
Tens
que ser Tu,
Senhor,
A
partir a corrente,
A
libertar a âncora,
E
dar-me o golpe de asa
Que
me levante aos Céus
E
me faça partir à desfilada
Nas
nuvens da Tua graça.
Quero
voar no vento
Que
sopra do Teu amor
Agora
e sempre,
Em
cada momento
Quero
voar para Ti
Voar,
sempre, sempre,
Cada
vez mais alto e melhor.
Derruba,
Senhor,
As
barreiras,
Os
medos,
Dá
força às minhas asas
Que
me levantem aos céus
E
todos os dias me tragam
Para
junto dos filhos Teus.
Quero
voar aqui,
Sem
nunca daqui sair,
Pois
é aqui que se voa
Até
ao momento de partir…
E
quando então me chamares,
Que
as asas que Tu me deste
Se
aquietem, Senhor,
Porque
apenas quero ser levado
Nas
asas do Teu amor…
Monte Real, 20 de Maio de 2008.
joaquim mexia alves, In ‘Orando em
verso’.
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