Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho: Lc 14, 15-35
15 Tendo ouvido estas coisas um dos convivas disse-Lhe: «Bem-aventurado quem participar do banquete no reino de Deus».16 Jesus respondeu-lhe: «Um homem fez uma grande ceia para a qual convidou a muitos. 17 À hora da ceia, mandou um servo dizer aos convidados: Vinde, porque tudo está preparado. 18 Mas todos à uma começaram a escusar-se. O primeiro disse-lhe: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo; peço que me dês por escusado. 19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las; peço-te que me dês por escusado.20 Disse também outro: Casei-me, por isso não posso ir.21 «Voltando o servo, referiu estas coisas ao seu senhor. Então, irado, o pai de família disse ao seu servo: Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade; traz cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. 22 Disse o servo: Senhor, está feito como mandaste e ainda há lugar. 23 Disse o senhor ao servo: Vai pelos caminhos e ao longo dos cercados; e força-os a vir, para que se encha a minha casa. 24 Pois eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia». 25 Ia com Ele grande multidão de povo. Jesus, voltando-Se, disse-lhes: 26 «Se alguém vem a Mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até a sua vida, não pode ser Meu discípulo. 27 Quem não leva a sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo. 28 Porque qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a acabar? 29 Para que, se depois de ter feito as fundações não a puder terminar, não comecem todos os que a virem a troçar dele, dizendo: 30 Este homem começou a edificar e não pôde terminar. 31 Ou qual é o rei que, estando para entrar em guerra contra outro rei, não se assenta primeiro a considerar se com dez mil homens pode ir enfrentar-se com aquele que traz contra ele vinte mil? 32 Doutra maneira, quando o outro ainda está longe, enviando embaixadores, pede-lhe paz. 33 «Assim pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo. 34 O sal é bom; porém, se o sal perder a força, com que se há-de temperar? 35 Não é bom nem para a terra, nem para a estrumeira; mas será lançado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, oiça».
TERTIO MILLENNIO ADVENIENTE
DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II
AO EPISCOPADO
AO CLERO E AOS FIÉIS
SOBRE A PREPARAÇÃO
PARA O JUBILEU DO ANO 2000
/…5
III ano: Deus Pai
49. O ano 1999, terceiro e último ano preparatório, terá por função alargar os horizontes do crente até à própria perspectiva de Cristo: a perspectiva do” Pai que está nos céus” (cf. Mt 5, 45), que O enviou e a Quem Ele retornou (cf. Jo 16, 28).
« A vida eterna consiste nisto: Que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo 17, 3). Toda a vida cristã é como uma grande peregrinação para a casa do Pai, de Quem se descobre todos os dias o amor incondicional por cada criatura humana e, em particular, pelo” filho perdido” (cf. Lc 15, 11-32). Tal peregrinação parte do íntimo da pessoa, alargando-se depois à comunidade crente até alcançar a humanidade inteira.
O Jubileu, centrado sobre a pessoa de Cristo, torna-se assim um grande acto de louvor ao Pai:” Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, do alto dos céus, nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que n'Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos” (Ef 1, 3-4).
50. Neste terceiro ano, o sentido do” caminho para o Pai”deverá impelir todos a empreenderem, na adesão a Cristo Redentor do homem, um caminho de autêntica conversão, que compreende seja um aspecto” negativo”com a libertação do pecado, seja um aspecto” positivo”com a escolha do bem, expresso pelos valores éticos contidos na lei natural, confirmada e aprofundada pelo Evangelho. É este o contexto adequado para a descoberta e a intensa celebração do sacramento da Penitência, no seu significado mais profundo. O anúncio da conversão, qual exigência imprescindível do amor cristão, é particularmente importante na sociedade actual, onde tantas vezes parecem perdidos os próprios fundamentos de uma visão ética da existência humana.
Convirá, portanto, especialmente neste ano, pôr em relevo a virtude teologal da caridade, recordando a sintética e densa afirmação da primeira Carta de João:” Deus é amor” (4, 8. 16). A caridade, na sua dupla face de amor a Deus e aos irmãos, é a síntese da vida moral do crente. Ela tem em Deus a sua nascente e a sua meta de chegada.
51. Nesta perspectiva e recordando que Jesus veio” evangelizar os pobres” (Mt 11, 5; Lc 7, 22), como não sublinhar com maior decisão a opção preferencial da Igreja pelos pobres e os marginalizados? Antes, deve-se afirmar que o empenho pela justiça e pela paz num mundo como o nosso, marcado por tantos conflitos e por intoleráveis desigualdades sociais e económicas, é um aspecto qualificante da preparação e da celebração do Jubileu. Assim, no espírito do livro do Levítico (25, 8-12), os cristãos deverão fazer-se voz de todos os pobres do mundo, propondo o Jubileu como um tempo oportuno para pensar, além do mais, numa consistente redução, se não mesmo no perdão total da dívida internacional, que pesa sobre o destino de muitas nações. O Jubileu poderá ainda oferecer a oportunidade para meditar sobre outros desafios do momento, tais como, por exemplo, as dificuldades de diálogo entre culturas diversas e as problemáticas ligadas com o respeito dos direitos da mulher e com a promoção da família e do matrimónio.
52. Recordando, além disso, que” Cristo (...) na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime”, [i] dois empenhos serão inevitáveis especialmente no curso deste terceiro ano preparatório: o confronto com o secularismo e o diálogo com as grandes religiões.
Quanto ao primeiro, será conveniente afrontar a vasta temática da crise de civilização, como acabou por se manifestar sobretudo no Ocidente, tecnologicamente mais desenvolvido mas interiormente empobrecido pelo esquecimento ou pela marginalização de Deus. À crise de civilização, há que responder com a civilização do amor, fundada sobre os valores universais de paz, solidariedade, justiça e liberdade, que encontram em Cristo a sua plena actuação.
53. No que se refere, pelo contrário, ao horizonte da consciência religiosa, a vigília do ano 2000 será uma grande ocasião — como se vê pelos acontecimentos destes últimos decénios — para o diálogo interreligioso, segundo as indicações claras emanadas pelo Concílio Vaticano II na Declaração Nostra aetate sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs.
Neste diálogo, deverão ter lugar proeminente, os hebreus e os muçulmanos. Queira Deus que, como sigilo de tais intenções, se possam realizar também encontros comuns em lugares significativos para as grandes religiões monoteístas.
A propósito disto, está-se a estudar como predispor quer encontros históricos em Belém, em Jerusalém e no Sinai, lugares de grande valência simbólica, para intensificar o diálogo com os hebreus e os fiéis do Islão, quer encontros com representantes das grandes religiões do mundo noutras cidades. Contudo haverá que prestar sempre atenção a não dar ensejo a perigosos equívocos, vigiando de perto sobre o risco de sincretismo e de um irenismo fácil e enganador.
54. Em todo este amplo horizonte de compromissos, Maria Santíssima, filha predestinada do Pai, apresentar-se-á ao olhar dos crentes como exemplo perfeito de amor a Deus e ao próximo. Como Ela própria afirma no cântico do Magnificat, grandes coisas fez n'Ela o Omnipotente, cujo nome é Santo (cf. Lc 1, 49). O Pai escolheu Maria para uma missão única na história da salvação: ser Mãe do Salvador esperado. A Virgem respondeu à chamada de Deus com plena disponibilidade:” Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). A sua maternidade, iniciada em Nazaré e sumamente vivida em Jerusalém ao pé da Cruz, será sentida neste ano como afectuoso e premente convite dirigido a todos os filhos de Deus, para que regressem à casa do Pai, escutando a sua voz materna:” Fazei aquilo que Cristo vos disser” (cf. Jo 2, 5).
c) Com vista à celebração
55. Um capítulo aparte é constituído pela celebração mesma do Grande Jubileu, que se verificará contemporaneamente na Terra Santa, em Roma e nas Igrejas locais do mundo inteiro. Sobretudo nesta fase, a fase celebrativa, o objectivo será a glorificação da Santíssima Trindade, da Qual tudo procede e à Qual tudo se orienta no mundo e na história. Para esse mistério apontam os três anos de preparação imediata: em Cristo e por Cristo, no Espírito Santo, ao Pai. Neste sentido, a celebração jubilar actualiza e simultaneamente antecipa a meta e o cumprimento da vida do cristão e da Igreja em Deus uno e trino.
Sendo, porém, Cristo o único caminho de acesso ao Pai, para sublinhar a sua presença viva e salvífica na Igreja e no mundo, realizar-se-á em Roma, por ocasião do Grande Jubileu, o Congresso Eucarístico Internacional. O ano 2000 será intensamente eucarístico: no sacramento da Eucaristia o Salvador, que encarnou no seio de Maria vinte séculos atrás, continua a oferecer-Se à humanidade como fonte de vida divina.
A dimensão ecuménica e universal do Jubileu Sagrado poderá oportunamente ser evidenciada com um significativo encontro pan-cristão. Trata-se de um gesto de grande valor e por isso, para evitar equívocos, terá de ser proposto correctamente e preparado com solicitude, em atitude de fraterna colaboração com os cristãos de outras confissões e tradições, e ainda de grata abertura àquelas religiões cujos representantes quisessem exprimir a sua consideração pela alegria comum de todos os discípulos de Cristo. Uma coisa é certa: cada um é convidado a fazer tudo quanto esteja ao seu alcance para que não fique descurado o grande desafio do ano 2000, ao qual está seguramente ligada uma particular graça do Senhor para a Igreja e para a humanidade inteira.
V
«JESUS CRISTO É O MESMO (...) SEMPRE” (Heb 13, 8)
56. A Igreja perdura há 2000 anos. Como o pequeno grão de mostarda do evangelho, ela cresce até se tornar uma grande árvore, capaz de cobrir com a sua ramagem a humanidade inteira (cf. Mt 13, 31-32). O Concílio Vaticano II, na Constituição dogmática Lumen gentium, ao considerar a questão da pertença à Igreja e da ordenação ao Povo de Deus, assim se exprime:” Todos os homens são chamados a esta unidade católica do Povo de Deus, à qual (...) pertencem, de vários modos, ou a ela se ordenam, quer os católicos quer os outros que acreditam em Cristo quer, finalmente, todos os homens em geral, pela graça de Deus chamados à salvação”. [ii] Por seu lado, Paulo VI, na Encíclica Ecclesiam suam, ilustra a inclusão universal dos homens no desígnio de Deus, ao sublinhar os vários círculos do diálogo da salvação. [iii]
À luz desta impostação, pode-se compreender melhor também a parábola evangélica do fermento (cf. Mt 13, 33): Cristo, como fermento divino, penetra cada vez mais profundamente no momento presente da vida da humanidade, comunicando a obra da salvação cumprida no Mistério pascal. Além disso, Ele abraça no seu domínio salvífico também todo o passado do género humano, a começar do primeiro Adão. [iv] A Ele pertence o futuro:” Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre” (Heb 13, 8). Por seu lado, a Igreja visa” unicamente este objectivo: continuar, sob a direcção do Espírito Consolador, a obra de Cristo que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, para salvar e não para julgar, para servir e não para ser servido”. [v]
57. E por isso, desde os tempos apostólicos, continua sem interrupção a missão da Igreja no seio da família humana universal. A primeira evangelização estendeu-se sobretudo à região do Mediterrâneo. No decorrer do primeiro milénio, as missões, partindo de Roma e de Constantinopla, levaram o cristianismo a todo o continente europeu. Contemporaneamente, aquelas dirigiram-se para o coração da Ásia, até à Índia e à China. O fim do século XV, com a descoberta da América, marcou o início da evangelização naquele grande continente, ao Sul e ao Norte. Pelo mesmo tempo, as costas subsaarianas da África acolheram a Luz de Cristo, e S. Francisco Xavier, padroeiro das missões, chegou ao Japão. Na passagem do século XVIII para o XIX, um leigo, André Kim, levou o cristianismo para a Coreia; naquela época, o anúncio evangélico atingiu a Península da Indochina, como também a Austrália e as ilhas do Pacífico.
O século XIX registou grande actividade missionária entre os povos da África. Todas estas obras deram frutos que perduram até hoje. O Concílio Vaticano II disso nos dá conta no Decreto Ad Gentes sobre a actividade missionária. Após o Concílio, a questão missionária foi tratada na Encíclica Redemptoris missio, relativa aos problemas das missões nesta última parte do nosso século. A Igreja continuará também no futuro a ser missionária: é que ser missionária faz parte da sua natureza. Com a queda dos grandes sistemas anticristãos no continente europeu — o nazismo primeiro e depois o comunismo —, impõe-se a tarefa urgente de oferecer de novo aos homens e mulheres da Europa a mensagem libertadora do Evangelho. [vi]] Além disso, como afirma a Encíclica Redemptoris missio, reproduz-se no mundo a situação do Areópago de Atenas, onde falou S. Paulo. [vii] Muitos são hoje os” areópagos”, e bastante diversos: os vastos campos da civilização contemporânea e da cultura, da política e da economia. Quanto mais o Ocidente se separa das suas raízes cristãs, tanto mais se torna terreno de missão, nas formas mais diversificadas de” areópagos”.
58. O futuro do mundo e da Igreja pertence às gerações jovens, que, nascidas neste século, serão maduras no próximo, o primeiro do novo milénio. Cristo acolhe os jovens, como acolhera o jovem que lhe pôs a pergunta:” Que hei-de fazer de bom para alcançar a vida eterna?” (Mt 19, 16). À admirável resposta que Jesus lhe deu, fiz referência na recente Encíclica Veritatis splendor, como já o fizera antes na Carta Apostólica aos jovens de todo o mundo em 1985. Os jovens, em qualquer situação e região da terra, não cessam de fazer perguntas a Cristo: encontram-n'O e procuram-n'O para O interrogarem de novo. Se souberem seguir o caminho que Ele indica, terão a alegria de dar o próprio contributo para a presença d'Ele no próximo século e nos sucessivos, até à conclusão dos tempos.” Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre”.
59. Na conclusão, revelam-se novamente oportunas as palavras da Constituição conciliar Gaudium et spes:” A Igreja acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens pelo seu Espírito a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos. Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e Mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre. Quer, portanto, o Concílio, à luz de Cristo, imagem de Deus invisível e primogénito de toda a criação, dirigir-se a todos, para iluminar o mistério do homem e cooperar na solução das principais questões do nosso tempo». [viii]
Ao mesmo tempo que convido os fiéis a elevarem ao Senhor instantes preces para obter as luzes e auxílios necessários para a preparação e a celebração do Jubileu, já próximo, exorto os Venerados Irmãos no Episcopado e as comunidades eclesiais a eles confiadas a abrirem o coração às sugestões do Espírito. Este não deixará de mover os ânimos para se disporem a celebrar com renovada fé e generosa participação o grande evento jubilar.
Confio este empenho de toda a Igreja à celeste intercessão de Maria, Mãe do Redentor. Ela, a Mãe do belo amor, será para os cristãos a caminho do grande Jubileu do terceiro milénio, a Estrela que lhes guia os passos com segurança ao encontro do Senhor. A humilde Jovem de Nazaré que, dois mil anos atrás, ofereceu ao mundo inteiro o Verbo encarnado, oriente a humanidade do novo milénio para Aquele que é”a luz verdadeira, que a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9).
Com estes sentimentos, sobre todos estendo a minha Bênção.
Vaticano, 10 de Novembro do ano 1994, décimo sétimo de pontificado.
JOÃO PAULO II
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[i] Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 22.
[ii] N. 13.
[iii] Cf. PAULO VI, Carta Enc. Ecclesiam suam (6 de Agosto de 1964), III: AAS 56 (1964), 650-657.
[iv] Cf. PAULO VI, Carta Enc. Ecclesiam suam (6 de Agosto de 1964), III: AAS 56 (1964), 650-657.2.
[v] Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 3.
[vi] Cf. Declaração da Assembleia Especial para a Europa do Sínodo dos Bispos, 3.
[vii] Cf. Carta Enc. Redemptoris missio (7 de Dezembro de 1990), 37, C: AAS 83 (1991), 284-286.
[viii] N.10.
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