«No fundo todos os homens são bons, mas alguns são ignorantes, nunca ouviram falar de Deus. Muitos dizem este é irrecuperável, mas eu vi aqui as maiores preciosidades de converso», defende. Sor Mari Luz ingressou aos 19 anos na congregação das Filhas da Caridade, ainda que já desde os sete sentisse que «ninguém podia encher o meu coração mais que Deus». Estudou magistério e dedicou-se à educação de crianças até que começou a notar que muitas crianças com problemas de estudos tinham algum familiar preso.
Então pediram-lhe que visitasse uma mulher adulta que estava desesperada porque a sua ficha tinha desaparecido. Finalmente encontraram a jovem no cárcere de Picassent, Valencia, e, depois, trasladaram-na para a ex prisão de Yeserías em Madrid e Sor Mari Luz começou a visita-la. Ao principio ia aos locutórios, porque não pensava entrar, mas me fizeram-me passar ao pátio das internas e esta rapariga vinha juntamente com outras para que lhes falasse de Deus», acrescente. A sua obra estendeu-se quando começou a visitar em Carabanchel os maridos o pais destas mulheres. Ao mesmo tempo assistia aos retiros da Renovação Carismática Católica, onde surgiu o desejo de formar um grupo de oração em todas as prisões de Espanha.
Muitos dos presos já tinham estado em assembleias de oração. «Cada vez que voltam para a prisão os funcionários perguntam-me: irmã, o que lhes fez durante a saída que todos os internos vêm cheios de alegria? E eu digo-lhes que é Deus, que é tão bom e tão precioso». Muitos pesos também a conhecem como «Torvelinho Mari Luz» por tudo o que provoca quando vai visitá-los. Num cárcere chegou a formara reuniões de oração a que assistiram 120 pessoas privadas de liberdade. Uma vez chamaram-na de Nanclares da Oca (uma prisão de Álava) porque havia um preso que tinha tentado suicidar-se. «Não tenho a mais ninguém que a irmãzita Mari Luz», segredou aos guardas. «Fui correndo ver o rapaz e não acreditas que a alegria que teve», recorda.
(mónica vázquez, trad ama)
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