Realmente não se pode afirmar que Calvino fosse o iniciador da heresia que admite a predestinação, seja esta predestinação para o mal ou para o bem. Face à doutrina dos reformadores, segundo a qual cada um tem de acreditar na sua predestinação o Magistério da Igreja condenou a dupla predestinação à salvação e à perdição, já anteriormente ao Concilio de Trento que condenou Calvino e as teses protestantes dos auto-chamados reformadores, estas teses, já tinham sido condenadas nos concílios de Arles e no de Orange, no século IX. No concilio de Quiercy no ano 853, afirma-se contra Godescalco de Orbais, que os que se salvam são salvos por um dom de Deus, enquanto os que se perdem, perdem-se por sua própria culpa. No concilio de Trento afirma-se contra Huss, Wycliff e sobre tudo contra Calvino que não há uma predestinação para o mal e estabelece que não há nenhuma certeza infalível de facto, a não ser por uma revelação particular de Deus. O motivo desta incerteza reside na possibilidade que temos de rejeitar o amor que Deus oferece a todos os homens.
(JUAN DO CARMELO, trad AMA)
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