Tempo comum - IIII Semana
Evangelho: Mc 3, 22-30
22 Os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: «Está possesso de Belzebu, e é pelo poder do príncipe dos demónios que expulsa os demónios». 23 Jesus, tendo-os chamado, dizia-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? 24 Se um reino está dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir.25 E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode subsistir. 26 Se, pois, Satanás se levanta contra si mesmo, o seu reino está dividido e não poderá subsistir, antes está para acabar. 27 Ninguém pode entrar na casa dum homem forte, para roubar os seus bens, se primeiro não o amarrar. Então saqueará a sua casa. 28 Na verdade vos digo que serão perdoados aos filhos dos homens todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem; 29 porém, o que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais terá perdão; mas será réu de pecado eterno». 30 Jesus falou assim por terem dito: «Está possesso dum espírito imundo».
Comentário:
À argumentação capciosa dos escribas, Jesus responde com a evidência do contra-senso que a mesma argumentação representa.
Quando se tem o espírito retorcido e má fé, não se pode ver nem constatar a verdade. O mau critério impede a visão clara das coisas de Deus e impossibilita a compreensão dos factos mais evidentes.
Quando assim procede, o homem afasta-se voluntariamente da Verdade, nega e repele o que o poderia salvar, numa palavra, rejeita a sua própria salvação.
Por isso, não merece perdão porque, este, não lhe interessa, e Deus, que respeita a liberdade do homem mesmo quando o mau uso desta o leva por caminhos de perdição; não força, não impõe a Fé e, o resultado, é a condenação eterna.
Pode, portanto, afirmar-se, que Deus tal como não concede o perdão a quem não o deseja, porque não faria sentido, não condena efectivamente ninguém, porque é o homem que se condena a si mesmo.
(ama, comentário sobre Mc 3, 22-30, 2010.12.28)
(ama, comentário sobre Mc 3, 22-30, 2010.12.28)
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