Dizer a verdade é uma obrigação mas que pode não ser conveniente se a sua revelação constituir um mal ou um perigo considerável.
Nestes casos não se podendo mentir porque é um mal e não se pode evitar um mal com outro mal, mas pode omitir-se a verdade, sobretudo se o outro não tem direito a ela.
Que direito pode ter alguém a saber se outro é ou não católico praticante?
Em princípio não tem nenhum direito a essa informação que pertence ao foro mais íntimo e, o inquirido, não mentindo, pode, legitimamente não responder se considerar que a pergunta pode ter um fim mau.
O segredo, aquilo que alguém nos revela em confidência, não deve ser revelado a outrem mesmo que, aparentemente, pareça ter direito a essa informação. Realmente aquilo de que tomamos conhecimento resultado de um desabafo que alguém nos fez circunstâncias de confidência, não nos pertence porque somos, tão só, fiéis depositários desse conhecimento sendo-nos vedada a sua publicidade ou revelação seja a que título for.
Existe como que uma generalizada curiosidade mórbida sobre as pessoas que por esta ou aquela circunstância têm alguma notoriedade pública.
Tal curiosidade é explorada até níveis inaceitáveis, desprezando em absoluto o facto de essas pessoas terem um nome que é comum a outros, principalmente família, que têm direito a que a sua privacidade não seja invadida.
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