Daqui - e parece ser muito a propósito - a obrigação grave de votar nas eleições que se destinam a escolher os que devem exarar as leis e demais normas que regem uma sociedade. Exercer esse direito reveste-se de capital importância já que, das escolhas efectuadas dependerá o futuro legislativo, leis boas, más ou, mesmo como já se tem verificado, leis iníquas.
Participar da Vida social é um direito e uma obrigação que vem com as características da cidadania.
Como a única forma legal - aceitável e legítima - de participar na vida pública alterando a forma de governo ou legislação é através do sufrágio este torna-se, assim, numa obrigação inalienável.
Não cabe aqui discorrer sobre o assunto já que o mesmo se insere na esfera da política o que está for a do que estamos a tratar.
Dar a César pode muito bem ser, também, ter a disponibilidade para aceitar responsabilidades públicas, como, por exemplo, fazendo parte dos órgãos do Estado.
É claro que, para o cristão, isto quererá dizer disponibilizar-se para servir os outros, a sociedade nos moldes em que esse serviço requeira.
Como serviço nunca poderá ser sacrifício - porque o trabalho nunca o deve ser - mas o desempenho de um trabalho dedicadamente e nele empenhando todas as capacidades e potências que se possuem.
Engana-se gravemente quem aceitar um encargo para o qual não esteja apto ou possua as qualificações que o mesmo requeira. Mais grave porém será - se o fizer - as consequências que daí podem advir para o bem da sociedade, para César.
Como se um pianista principiante aceitasse ser cabeça de cartaz na execução de uma peça musical de relevância excepcional.
Enganaria as justas expectativas dos que acorressem ao evento, defraudaria os promotores da iniciativa, ridiculizaria o autor da obra e, sobretudo, enganar-se-ia a si próprio ao pretender executar algo para o qual sabe não ter nem capacidade nem qualificação bastante.
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