18/10/2010

Bom Dia! Outubro 18, 2010


Vem outra vez ao de cima o “pauca fidelis”, mentir nas pequenas coisas cria, nos outros uma disposição a não acreditar em nada do que esse outro diga ou faça o que, não sendo justo, é, porém, uma consequência natural do comportamento que se tem.
Um dos maiores elogios que Jesus Cristo faz a alguém e que o Evangelho nos relata é o acontecido com Bartolomeu:
«Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»([i]), referindo claramente a importância que tem o comportamento veraz, autêntico, sem duplicidades ou levado pela fantasia.

Onde esta faceta humana adquire, talvez, maior relevância é entre os profissionais da comunicação social, falada ou escrita. Da tendência a construir uma história a partir de meia dúzia de coisas que se conheceram de forma esparsa e desgarrada de contexto até à especulação pura e simples é tão frequente que quase se aceita como inevitável.
Tenho o direito de informar – dizem – ao que se pode contrapor, tenho igualmente direito a ser bem informado.

Os direitos e os deveres das pessoas nunca são isolados, quer dizer, ninguém tem só direitos como, também, não tem só deveres.
Ao direito de alguém corresponde sempre o dever de outrem a única diferença, talvez, resida em que se os direitos são iguais os deveres não o são.

Retomando o assunto sobre a veracidade, o dever de falar com verdade é tanto mais importante e pode revestir-se de gravidade especial como a circunstância particular ou a pessoa a quem se aplique; uma pessoa adulta tem mais obrigações que uma outra que seja ainda criança.

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[i] Jo 1,43-51

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