Evangelho: Lc 12, 32-48
32 Não temais ó pequenino rebanho, porque foi do agrado do vosso Pai dar-vos o reino. 33 Vendei o que possuís e dai esmola; fazei para vós bolsas que não envelhecem, um tesouro inesgotável no céu, onde não chega o ladrão, nem a traça corrói. 34 Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. 35 «Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas.36 Fazei como os homens que esperam o seu senhor quando volta das núpcias, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. 37 Bem-aventurados aqueles servos, a quem o senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingirá, os fará pôr à sua mesa e, passando por entre eles, os servirá. 38 Se vier na segunda vigília, ou na terceira, e assim os encontrar, bem-aventurados são aqueles servos. 39 Sabei que, se o pai de família soubesse a hora em que viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria arrombar a sua casa. 40 Vós, pois, estai preparados porque, na hora que menos pensais, virá o Filho do Homem».
Comentário:
Quantas vezes o Senhor repete este aviso solene: Estai preparados, vigiai e orai, não sabeis nem o dia nem a hora!
Ao contrário do que possa inferir-se, não é uma ameaça velada mas antes um aviso, um conselho amigo e preocupado com a felicidade dos homens – todos os homens -.
A tal “teoria” que se houve: “quando chegar a altura, arrependo-me e, já está, Deus é misericordioso e não deixará de salvar-me”, é uma estranha e perigosa decisão.
Estranha porque se alguém pensa assim é porque realmente, bem no fundo, se preocupa com o seu futuro eterno; perigosa, porque ninguém pode garantir que terá tempo – um milésimo de segundo que seja – para o arrependimento.
Lembro-me sempre do que se terá passado com Voltaire na hora da morte:
Tendo pedido um padre disseram-lhe, estranhando: Um padre?! Mas tu passaste toda a tua vida a afirmar que para lá da morte não há mais nada! O moribundo, com voz apagada, terá respondido: Pois… mas… e se há?!
Parece inteligente e aceitável que nos preocupemos, hoje, agora, com o futuro que não sabemos quando será. De certa forma, poder-se-ia dizer: mais vale prevenir…
Se não nos arrependemos e confessamos as nossas faltas movidos pelo amor a Deus e a dor de O ter ofendido, façamo-lo, ao menos, por nós porque, sim, é verdade, Deus quer que todos os homens se salvem!
(ama, comentário sobre Lc 12, 32-48, 2010.07.07)
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