Evangelho: Mt 8, 28-34
28 Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram-Lhe ao encontro dois endemoninhados, que saíam dos sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém ousava passar por aquele caminho. 29 E puseram-se a gritar, dizendo: «Que tens Tu connosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?». 30 Estava não longe deles uma vara de muitos porcos, que pastavam.31 Os demónios suplicaram a Jesus: «Se nos expulsas daqui, manda-nos para aquela vara de porcos». 32 Ele disse-lhes: «Ide». Eles, saindo, entraram nos porcos, e imediatamente toda a vara se precipitou, com ímpeto, de um despenhadeiro, no mar e morreram nas águas. 33 Os pastores fugiram, e indo à cidade, contaram tudo o que se tinha passado com os possessos do demónio. 34 Então toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e, quando O viram, pediram-Lhe que se retirasse do seu território.
Meditação:
O que vale mais a vida de dois homens ou uma vara de porcos? (Valor, intrínseco, aos olhos humanos e aos olhos de Deus). Decerto que a vida humana. Nada no mundo, tem maior valor.
A atitude dos gadarenos demonstra exactamente o contrário, a inversão destes valores.
Felizmente que, o Senhor, não se guia por critérios humanos, sempre falíveis e curtos, mas sim pelo Seu, que é divino. Se assim não fosse estaríamos perdidos, condenados. Entregues a nós próprios e aos nossos critérios e juízos acabaríamos por ter o mesmo fim dos porcos dos gadarenos: possuídos pelo demónio enfrentaríamos a perdição.
(AMA, comentário sobre Mt 8, 28-34, Julho 2008)
Que sentido teria falar da dignidade do homem, do seus direitos fundamentais, se não se protege um inocente o se chega inclusive a facilitar os meios ou serviços, privados ou públicos, para destruir vidas humanas indefesas?
(joão Paulo II, Homília da missa para as famílias cristãs em Madrid, 1982.11.02) (citado por ama)
Nota Histórica
Na primeira perseguição contra a Igreja, desencadeada pelo imperador Nero, depois do incêndio da cidade de Roma no ano 64, muitos cristãos foram martirizados com atrozes tormentos. Este facto é atestado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15, 44) e por S. Clemente, bispo de Roma, na sua Epístola aos Coríntios (cap. 5-6).
(SNL) (cita. AMA)
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