PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Terça-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Aplicação no trabalho.
Senhor,
ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito
para to poder oferecer.
Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.
Senhor,
lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às
suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno
exame: Cumpri o propósito que me propus
ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Lc VIII, 1-62
1 Tendo convocado os Doze,
deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. 2
Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, 3 e
disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro;
nem tenhais duas túnicas. 4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao
vosso regresso. 5 Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o
pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» 6 Eles puseram-se a
caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas
por toda a parte.
Jesus e Herodes
7 O tetrarca Herodes ouviu
dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João
ressuscitara dos mortos; outros, 8 que Elias aparecera, e outros, que um dos
antigos profetas ressuscitara. 9 Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar,
mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.
Regresso dos
Apóstolos
10 Ao regressarem, os
Apóstolos contaram-lhes tudo o que tinham feito. Tomando-os consigo, Jesus
retirou-se para um lugar afastado na direcção de uma cidade chamada Betsaida.
11Mas as multidões, que tal souberam, seguiram-no. Jesus acolheu-as e pôs-se a
falar-lhes do Reino de Deus, curando os que necessitavam.
Primeira
multiplicação dos pães
12 Ora, o dia começava a
declinar. Os Doze aproximaram-se e disseram-lhe: «Despede a multidão, para que,
indo pelas aldeias e campos em redor, encontre alimento e onde pernoitar, pois
aqui estamos num lugar deserto.» 13 Disse-lhes Ele: «Dai-lhes vós mesmos de
comer.» Retorquiram: «Só temos cinco pães e dois peixes; a não ser que vamos
nós mesmos comprar comida para todo este povo!» 14 Eram cerca de cinco mil
homens. Jesus disse aos discípulos: «Mandai-os sentar por grupos de cinquenta.»
15 Assim procederam e mandaram-nos sentar a todos. 16 Tomando, então, os cinco
pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os
aos discípulos, para que os distribuíssem à multidão. 17 Todos comeram e ficaram
saciados; e, do que lhes tinha sobrado, ainda recolheram doze cestos cheios.
Confissão de Pedro
e profecia da Paixão
18 Um dia, quando orava em
particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem
as multidões que Eu sou?» 19 Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias;
outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» 20 Disse-lhes Ele: «E vós, quem
dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» 21
Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; 22 acrescentou:
«O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos
sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia,
ressuscitar.»
Abnegação
23 Depois, dirigindo-se a
todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua
cruz, dia após dia, e siga-me. 24 Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de
perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. 25 Que
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si
mesmo? 26 Porque, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele
se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória do Pai
e dos santos anjos. 27 E Eu vos asseguro: Alguns dos que estão aqui presentes
não experimentarão a morte, enquanto não virem o Reino de Deus.»
Transfiguração
28 Uns oito dias depois
destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para
orar. 29 Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes
tornaram-se de uma brancura fulgurante. 30 E dois homens conversavam com Ele:
Moisés e Elias, 31 os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua
morte, que ia acontecer em Jerusalém. 32 Pedro e os companheiros estavam a cair
de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam
com Ele. 33 Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é
bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra
para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. 34 Enquanto dizia isto, surgiu uma
nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. 35 E da
nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.» 36
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e,
naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.
Cura do menino
possesso
37 No dia seguinte, ao
descerem do monte, veio ao encontro de Jesus uma grande multidão. 38 E, de
entre a multidão, um homem gritou: «Mestre, peço-te que olhes para o meu filho,
porque é o meu filho único. 39 Um espírito apodera-se dele e, subitamente,
começa a gritar e a sacudi-lo com violência, fazendo-o espumar. Só a custo se
retira dele, deixando-o num estado miserável. 40 Pedi aos teus discípulos que o
expulsassem, mas eles não puderam.» 41 Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e
pervertida! Até quando estarei convosco e terei de vos suportar? Traz cá o teu
filho.» 42 E, quando ele se aproximava, o demónio atirou-o ao chão e sacudiu-o violentamente.
Jesus, porém, ameaçou o espírito maligno, curou o menino e entregou-o ao pai.
43 E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus.
Segunda profecia
da Paixão
44 Estando todos admirados
com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos: «Prestai bem atenção
ao que vou dizer-vos: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.»
45 Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de
modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.
Contra a ambição e
a inveja
46 Veio-lhes então ao
pensamento qual deles seria o maior. 47 Conhecendo Jesus os seus pensamentos,
tomou um menino, colocou-o junto de si 48 e disse-lhes: «Quem acolher este
menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele
que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande.» 49
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu
nome e impedimo-lo, porque ele não te segue juntamente connosco.» 50 Jesus
disse-lhe: «Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.»
Os samaritanos não
recebem Jesus
51 Como estavam a chegar os
dias de ser levado deste mundo, Jesus dirigiu-se resolutamente para Jerusalém
52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram
numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem. 53 Mas não o
receberam, porque ia a caminho de Jerusalém. 54 Vendo isto, os discípulos Tiago
e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os
consuma?» 55 Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os. 56 E foram para outra
povoação.
Condições para seguir
Jesus
57 Enquanto iam a caminho,
disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.» 58 Jesus
respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho
do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» 59 E disse a outro: «Segue-me.» Mas
ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.» 60 Jesus
disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai
anunciar o Reino de Deus.» 61 Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor,
mas primeiro permite que me despeça da minha família.» 62 Jesus respondeu-lhe:
«Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não é apto para o Reino
de Deus.»
Comentário
A estes setenta e dois hão-de seguir-se, ao longo dos
tempos, muitos milhares que irão a todos os recantos do mundo levar a palavra
de Deus.
Ainda neste último Natal - 2016 - numa pequena povoação
perdida nos desertos da Mongólia se celebrou a Santa Missa quer na véspera quer
no próprio dia. O celebrante - para uma escassa assistência de umas dezenas de
pessoas - foi um sacerdote oriundo Nigéria! Sim, um missionário que veio de
milhares de quilómetros de distância para alimentar com a palavra a celebração
a fé desses cristãos. E ficamos nós, todos os cristãos, algo envergonhados pela
resistência que muitas vezes manifestamos quando se trata de fazer apostolado
quase pé da nossa porta!
Temos
de tomar estas palavras de Jesus como dirigidas a nós, homens de hoje. Aliás,
somos ainda mais afortunados que aqueles aos quais o Senhor se dirigia porque,
na verdade, sabemos muito mais que eles e temos meios de conhecer intimamente o
Senhor como se com Ele estivéssemos fisicamente. Basta pensar que, quando O
comungamos nas Espécies Eucarísticas, o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade se
“misturam” com o nosso corpo e sangue e, a Sua Divindade toma inteira posse da
nossa alma. Como não nos considerar-mos os mais felizes dos homens?
«Jesus estremeceu de alegria sob a acção do
Espírito Santo». A alegria
do Senhor!
Muito
mais que as honras possíveis – e merecidas – ou os êxitos apostólicos – tantas
vezes patentes – a fé e confiança dos Seus discípulos são, para o Senhor,
motivo de intensa e profunda alegria e, mais, a confirmação do que tantas vezes
afirmou que o Reino dos Céus está guardado para os simples e puros e coração. Se
por um lado as simplicidade nada tem a ver com o grau de cultura ou sabedoria
já a pureza de coração é um bem imprescindível “para ver a Deus” e compreender,
aceitando, quanto nos revela.
É verdade, Ele próprio afirma que os campos já estão
prontos para a ceifa e que não se deve esperar mais. Também cresceu joio no
meio das searas e há que evitar que acabe por dominar o trigo. Ceifeiros
competentes que façam bem o seu trabalho, com extrema dedicação e entrega;
ceifeiros disponíveis para trabalhar sem descanso para que não se perca uma só
espiga.
Os
enviados de Cristo são, principalmente, os transportadores da paz. Como se Ele,
Príncipe da Paz, delegasse de alguma forma os Seus poderes nesses homens
dedicados de simples de modo a atrair todos para o Seu Reino. Mas apesar de
tudo são sempre poucos porque a seara não para de crescer e os que desejam
dedicar-se a essa tarefa extraordinária precisam de vontade firme e mente
esclarecida. Em boa verdade o Senhor deveria contar com todos os baptizados se
estes assumissem, como deveriam, o seu papel de propagadores do Reino de Deus.
Jesus
termina a conversa com os setenta e dois que tinha enviado em missão
apostólica, a primeira de uma sucessão de muitos milhares ao longo dos tempos,
exactamente com palavras que nos enchem de alegria. Nós, cristãos, não vimos
nem ouvimos o que os setenta e dois tiveram a graça de ver e ouvir, mas, a
verdade, é que sabemos muito mais que eles, na altura sabiam, conhecemos Jesus
Cristo tão intimamente que O recebemos na Comunhão Eucarística. Mas a verdade é
sem esses setenta e dois e os milhares que lhes sucederam, sem o seu
testemunho, exemplo e perseverança, não teríamos tido essa oportunidade,
recebido essa graça.
Deve
encher-nos de consolação e alegria estas palavras do Senhor: «escondeste estas verdades aos sábios e aos
inteligentes e as revelaste aos pequeninos», porque temos a felicidade de
conhecer as verdades reveladas por Deus de forma tão clara e simples sejamos
nós quem formos, tenhamos a “cultura” que tivermos. Ser
“pequenino” no sentido que Jesus considera, é ser simples e ter o coração
despido de preconceitos e falsos critérios. Ser “pequenino” é, no fim e ao
cabo, confiar e entregar o nosso coração a Jesus Cristo Nosso Senhor.
São
Lucas repete com palavras suas o episódio do envio dos setenta e dois. Ainda
bem que o faz porque se trata de uma autêntica “direcção espiritual” dada pelo
Senhor aos primeiros enviados. Diz-lhes sem evasivas como devem proceder,
alerta-os para os perigos, assegura-lhes que a missão de que os encarrega é
vital para que todos saibam que o Reino de Deus está próximo. E, eles, partem,
com entusiasmo e com a certeza que nenhum mal os atingirá. Foi
a primeira “grande missão” de apostolado que se praticou dando início ao
anúncio do Reino de Deus. O Senhor quer pôr à prova os Seus discípulos e, ao
mesmo tempo, envia-os dois a dois para que se assistam mutuamente nesse
trabalho absolutamente novo para eles. Explica-lhes com detalhe como hão-de
proceder, como se apresentarão às multidões que os esperam ávidas de doutrina e
ensinamentos novos. Não são como os Escribas nem como os Doutores da Lei mas
simples homens que só se distinguem do resto das pessoas pela sua fé e
confiança absolutas em Cristo em nome de Quem se dedicam a essa tarefa.
Mais
uma vez deixo-me arrastar pelo desejo de fazer alguma “contabilidade”. Jesus
envia 36 grupos de dois discípulos a visitar cidades – povoações - de Israel
numa primeira missão evangelizadora. Se admitirmos que cada grupo visitou pelo
menos 2 povoações teremos algo como 72! Mas se acaso visitaram mais que 2,
então teremos de convir que poucas povoações mais populosas de Israel ficaram
sem o anúncio da chegada do Reino de Deus. Assim, estamos perante de algo
extraordinário valor e alcance! Dá-lhes,
também, poderes excepcionais para “cimentar” a sua missão e sustentar a sua
acção. Nós, cristãos de hoje, também precisamos de instruções claras e precisas
para levar a bom termo o nosso apostolado. É para isso que devemos recorrer à
direcção espiritual onde, a nossa iniciativa, será “temperada” com o conselho
de quem melhor sabe o que convém fazer. Mas… e os “poderes excepcionais”? Como
podemos contar com eles? Certamente com a oração perseverante confiada. ‘Senhor,
que queres que faça?’ No silêncio do nosso coração ouviremos a Sua resposta e,
o Espírito Santo guiará as nossas acções. Não tenhamos dúvidas!
Pode
parecer, num primeiro relance, que o Senhor critica Marta por não proceder como
a irmã. Mas não é assim. O que Jesus quer que Marta entenda é que há tempo e
ocasiões para tudo e que, a actividade – ou melhor super-actividade – pode ser
inimiga de uma vida equilibrada. De “unidade de vida”. Entendemos perfeitamente
o que é a unidade de vida para um cristão: que a sua actividade não colida nem
com o culto a prestar a Deus nem com a oração que devemos ter sempre presente. Há,
de facto, uma forma de “resolver” este assunto: Trabalhar por amor de Deus,
oferecer esse trabalho – seja qual for – ao Senhor e, assim, o trabalho
converter-se-á em oração.
Poder-se-ia dizer que estas duas irmãs são como que o
paradigma da sociedade. Ambas activas e interessadas com modos diferentes de
actuar. Uma preocupa-com os factos da vida corrente empenhando-se para que nada
falte sendo útil, serviçal e solidária. A outra está mais interessada em
escutar, saber a verdade das coisas e a razão de ser da vida. O que aprender
ser-lhe-á muito útil para transmitir a outros sendo guia e exemplo.
(AMA, 2099)
SANTÍSSIMA VIRGEM
A
Imaculada Conceição 1
A
história do homem sobre a terra é a história da misericórdia de Deus. Desde a
eternidade, escolheu-nos Ele, antes da criação do mundo, para sermos santos e
imaculados a seus olhos, pelo amor (Ef 1, 4).
No entanto, por instigação do demónio, Adão e
Eva revoltaram-se contra o plano divino: tornar-vos-eis como deuses,
conhecedores do bem e do mal (Gn 3, 5,
tinha-lhes sussurrado o príncipe da mentira. E ouviram-no. Não quiseram dever
nada ao amor de Deus. Procuraram conseguir, apenas pelas suas forças, a
felicidade a que tinham sido chamados. Mas Deus não desistiu. Desde a
eternidade, na Sua Sabedoria e no Seu Amor infinitos, prevendo o mau uso da
liberdade por parte dos homens, tinha decidido fazer-se um de nós mediante a
Encarnação do Verbo, segunda Pessoa da Trindade. Por isso, dirigindo-se a
Satanás, que sob a figura de serpente tinha tentado o Adão e a Eva, o intimou:
Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e os
descendentes dela (Gn 3, 15) É o
primeiro anúncio da Redenção, no qual se antevê já a figura de uma Mulher,
descendente de Eva, que será a Mãe do Redentor e, com Ele, esmagará a
cabeça da serpente infernal. Uma luz de esperança se acende diante do género
humano a partir do próprio instante em que pecamos. Começavam assim a cumprir-se as palavras
inspiradas — escritas muitos séculos antes de que a Virgem viesse ao mundo —
que a liturgia põe nos lábios de Maria de Nazaré. Javé criou-me como primeiro
fruto da sua obra, no começo dos seus feitos mais antigos... Desde a
eternidade, desde o princípio, antes que a terra começasse a existir. Fui
gerada quando o oceano não existia e antes que existissem as fontes de água.
Fui gerada antes que as montanhas e colinas fossem implantadas, quando Javé
ainda não tinha feito a terra e a erva nem os primeiros elementos do mundo (Pr
8, 22-26.
SÃO LOURENÇO,
diácono e mártir
REFLEXÃO
Gostaria
de ter um amor que fosse maior que o que tenho.
Sim...
o amor próprio que sinto como fardo incomportável.
Um
amor simples, verdadeiro...
Amor
por todos os que conheço ou me são próximos e por todos os outros, tal e como é
O Amor d'Ele por nós.
Por
mim, sei que não conseguirei por isso recorro a Ti meu Deus e Senhor, à
Santíssima Virgem, ao Anjo da minha Guarda a São Tomás Moro que me ajudem a
consegui-lo.
(AMA, 2021)
SÃO JOSEMARIA – textos
São Pedro e São Paulo, apóstolos
Ânimo!
Tu... podes. – Vês o que fez a graça de Deus com aquele Pedro dorminhoco
negador e cobarde...; com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz? (Caminho,
483)
Pedro
diz-Lhe: «Senhor, Tu lavares-me os pés, a
mim?!». Responde Jesus: «O que Eu
faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: «Tu nunca me lavarás os pés!». Replicou
Jesus: «Se Eu não te lavar, não terás
parte coMigo». Simão Pedro rende-se: «Senhor,
não só os pés, mas também as mãos e a cabeça»!Ao chamamento a uma entrega
total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a
de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não
admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim:
– Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu
quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)
«Pesa sobre mim a solicitude por todas as
igrejas», escrevia São Paulo; e este suspiro do Apóstolo recorda a todos os
cristãos – também a ti! – a responsabilidade de pôr aos pés da Esposa de Jesus
Cristo, da Igreja Santa, o que somos e o que podemos, amando-a muito fielmente,
mesmo à custa de bens, da honra e da vida. (Forja, 584)