20/11/2010

Bom Dia! 52



O terceiro personagem tem uma atitude completamente diferente. 
Recebendo apenas uma mina– mesmo assim uma quantia não despicienda – não se preocupa a não ser em conservar intacto o que recebera. Não arrisca nada, não procura a melhor forma de cumprir a ordem « Negociai com elas até eu voltar”, é cobarde e desleixado.


De facto, devolve o que recebera o que, em si, não é mau, já que, pelo menos, não esbanjou em proveito próprio aquilo que não lhe pertencia, mas esqueceu-se do encargo que vinha junto. 
Por isso, não só o Senhor o reprova como lhe retira o que lhe tinha dado.

Pode dizer-se que enquanto este ficou “agarrado” ao que recebera, preocupando-se em mantê-lo seguro – enterrando-o – sem nenhuma preocupação de utilizar esse bem da maneira possível e honesta de forma a desenvolvê-lo e, eventualmente, aumentá-lo que era o que lhe tinha sido ordenado. 
Além de não cumprir demonstrou incapacidade para lhe serem confiados quaisquer bens, já que se presume que teria agido de igual forma caso o bem que lhe fora confiado fosse de valor diferente.

O que cumpriu as instruções e levou a cabo com coragem e destemor a tarefa que lhe fora cometida, sem o medo da responsabilidade por ter de cuidar de tão avultados bens, mostrou um desprendimento notável porque, de facto, deu mais valor ao que lhe foi mandado fazer do que àquilo que lhe foi entregue. 

Também não cedeu à possível tentação de se apropriar de uma autêntica fortuna, fazendo-a sua, dando-lhe o destino e aproveitamento que melhor lhe aprouvesse. 

O resultado foi que recebeu como seu, definitivamente, o que lhe fora confiado acrescido do resultado da sua acção e, ainda, muitíssimo mais benefícios e bens.

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