Na consideração séria da vida interior a pessoa é confrontada, inevitavelmente, com o problema da sua origem e do seu fim, para que nasceu e existe, de onde vem e para onde, tendencialmente, vai. E, aqui depara-se com Deus como a figura central de toda a vida humana, o elemento que tudo liga, a referência sempre presente de tudo quanto pensa ou faz.
Esta relação do homem com Deus, a forma como se desenvolve, os laços que estabelece, a dependência que surge como consequência natural da tomada de consciência de “criatura do Criador”, leva a vida interior da pessoa a uma finura exigente de comportamento pessoal que se traduz num constante começar e recomeçar que é, no fim e ao cabo, o que se traduz na melhoria pessoal.
A pessoa que tem a clara consciência de Deus como seu Criador progride no seu todo como ser humano porque se vai aproximando, por assim dizer, do objectivo “implantado” em cada um que é a proximidade e contemplação de Deus.
Falamos de pessoas normais e correntes, que vivem a vida de todos os dias no meio da sociedade, exercendo as mais variadas profissões e trabalhos, intelectuais ou não, independentemente dos seus conhecimentos académicos ou outros, das suas capacidades, virtudes ou defeitos.
Toda a gente – para aplicar uma expressão comum – tem o seu valor intrínseco inalienável e insubstituível e, este valor expressa-se numa verdade indiscutível:
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