15/10/2010

Bom Dia! Outubro 15, 2010


Em tempos passados, estava muito incutido no povo cristão a chamada “desobriga”, que era a Confissão por alturas da Quaresma.
Viam-se famílias inteiras – Pais e filhos – nas filas dos confessionários aguardando a sua vez de cumprirem essa obrigação. Pode admitir-se que, algumas, talvez muitas, dessas confissões o fossem com o objectivo de cumprir um preceito, um hábito arreigado no povo de Deus e não, como seria desejável, uma Confissão desejada intimamente como uma necessidade concreta de reconciliação com Deus e pacificação do espírito e da alma.
Numa consideração diametralmente oposta, podemos constatar que muitos dos Templos modernos nem sequer têm espaços – confessionários – destinados à audição das pessoas que querem confessar-se com a privacidade e decoro que o Direito Canónico prevê e regulamenta.
É uma pena e, algo grave e sério a ter em conta mas que, não pode servir de desculpa a ninguém que queira, de facto confessar-se.

Por exagero, poder-se-ia opor que, seria necessário que o Sacerdote viesse ter comigo, a um local escolhido por mim – a minha casa, por exemplo – para que eu aceitasse confessar-me. Pensar desta forma é considerar que se faz um favor a Deus, como se o cumprimento da Sua Vontade expressa de tantos modos não fosse uma obrigação grave mas tão só uma decisão tomada adrede quando nos convém.

Talvez pareça que este tema da Confissão tenha uma extensão que não se coaduna com o tema geral do escrito, mas, de facto, é intencional. Porque se nos propomos discorrer sobre a “Melhoria Pessoal e a Vida Interior” não podemos deixar de nos deter com mais detalhe sobre algo tão fundamental para o tema como de facto é a Confissão Sacramental.

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