06/10/2010

Bom Dia! Outubro 06, 2010




O carácter é, chamemos-lhe assim, o disco formatado da nossa estrutura humana. É o conjunto de capacidades, virtudes, defeitos, desejos, anseios de cada um e a estrutura combinada destes mesmos atributos que nos leva a eleger a prática desta ou aquela acção, a aceitar ou repudiar este ou aquele sentimento.
É o que os psicólogos chamam: Personalidade.

Sabemos que houve a tentativa de separar as duas definições como sendo, o carácter o conjunto que a pessoa tem desde que nasce, ao passo que, a personalidade seria a súmula dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida.
Não se deve concordar com esta articulação, principalmente porque tal equivaleria dizer que o carácter se atém a uma imutabilidade inicial e a personalidade dependeria de uma variação constante, o que, não se pode considerar como possível.
A personalidade forma-se, de facto, como o carácter, na sucessão de acontecimentos ao longo da vida mas, até um certo ponto, quer dizer, há um momento a partir do qual o carácter (a personalidade) estão definidos e assentes e já não mudam substancialmente na sua estrutura.
Esse momento é aquilo a que chamamos a “idade madura” ou seja, quando a pessoa sabe, definitivamente o que quer e o que lhe convém e, também, o que não deve querer nem lhe deve interessar para a sua vida.
Quando?
Esse momento surge em cada um em tempo e de forma diferente e, claro dependendo do que recebeu, e quanto recebeu, nos primeiros anos de vida.
Daqui, repete-se, o contributo fundamental dos Pais, em primeiríssimo lugar, os professores e demais formadores depois.
Mas não frisemos apenas o “contributo fundamental” mas a obrigação inalienável, o dever grave de cada um dos actores mencionados cumprir com rigor o seu papel.
Quem não recebe esta formação em devido tempo terá muito maior dificuldade em afirmar-se na vida como ser individual e independente, com uma capacidade de opção e liberdade de escolha a que tem direito como qualquer ser humano. Pode vir a colmatar esta lacuna no futuro, é evidente, mas, voltamos a mencionar, a formatação inicial não existindo levá-lo-á a vaguear por conta própria por diversos caminhos que, se não o conduzirem a más soluções, pelo menos, o farão perder um tempo precioso porque, sempre, escasso.


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