Art.
2 — Se Cristo é a cabeça dos homens quanto aos corpos.
O segundo discute-se assim. — Parece
que Cristo não é a cabeça dos homens quanto aos corpos.
1. — Pois, Cristo é chamado cabeça da
Igreja, enquanto influi o sentido espiritual e o movimento da graça na Igreja.
Ora, o corpo não é capaz desse sentido nem desse movimento espiritual. Logo,
Cristo não é a cabeça de todos, quanto aos corpos.
2. Demais. — Temos o corpo em comum
com os brutos. Se pois Cristo fosse a cabeça dos homens quanto aos corpos,
resultaria que também o seria dos brutos. O que é inadmissível.
3. Demais. — Cristo tinha um corpo da
mesma natureza que o dos outros homens, como se lê no Evangelho. Ora, a cabeça
ocupa o primeiro lugar entre os outros membros, como se disse. Logo, não é a
cabeça da Igreja, quanto aos corpos.
Mas, em contrário, o Apóstolo:
Reformará o nosso corpo abatido para o fazer conforme ao seu corpo glorioso.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO.
— O sentido espiritual da graça não chega ao corpo, primária e principalmente,
mas, secundária e instrumentalmente, como se disse.
RESPOSTA À SEGUNDA. — O corpo do
animal bruto não tem nenhuma aptidão para a alma racional, como a tem o corpo
humano. Logo, a comparação não colhe.
RESPOSTA À TERCEIRA. — Embora Cristo
tivesse o seu corpo feito da matéria igual à do corpo dos outros homens,
contudo, a vida imortal do corpo todos os homens a recebem dele, segundo o
Apóstolo: Assim como em Adão morrem todos, assim também todos serão vivificados
em Cristo.
Nota:
Revisão da versão portuguesa por ama.
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