02/07/2021

NUNC COEPI: Publicações em Julho 2

 



Sexta-Feira 

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

 

PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Pequena mortificação

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


VIRTUDES

Prudência

É precisamente aqui que a relação íntima entre a prudência e a liberdade se pode apreciar melhor. Para pôr em prática o que se considerou conveniente, é necessário não nos deixarmos dominar pelo medo, pela preguiça, por nenhum laço que, em última análise, o egoísmo ou o orgulho nos lancem. Embora possa ser aconselhável saber aguardar conselhos e deliberações, logo que se tomou uma decisão, ela deve executar-se com rapidez e diligência. Aqui a palavra diligência (de diligo, amar) diz mais do que pode ser entendido na linguagem comum. Trata-se, neste caso, de actuar com prontidão, impelido pelo amor ao bem.


 

REFLEXÃO

The bread you do not use is the bread of the hungry.  The garment hanging in your wardrobe is the garment of the person who is naked.  The shoes you do not wear are the shoes of the one who is barefoot.  The money you keep locked away is the money of the poor.  The acts of charity you do not perform are the injustices you commit.

(St. Basil the Great)

 


SÃO JOSEMARIA – textos

Anda, voa!

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevado..., por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)

O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais! Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora. Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida! (Amigos de Deus, 306–307)