18/12/2019

Nota de AMA

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NUNC COEPI (Agora começo), é um blog católico cujo único fim é o Apostolado.


Tem sempre publicações diárias fixas como:

Textos de São Josemaria Escrivá-Evangelho diário com comentário-Leitura Espiritual-Pequena Agenda do Cristão e ainda outras cujos temas variam.


Nesta data tem uns milhares de visitas diárias oriundas de vários Países: Portugal, Espanha, Polónia, EUA, México, Sri Lanka, Indonésia, Japão, Ucrânia. Rússia, Vietnam, Bélgica, Holanda, UK, Índia, Brasil, Colômbia, Irlanda e muitos outros.


As suas páginas no FACEBOOK e no Tweeter têm mais de 15.000 "amigos" e "seguidores" regulares.


É um blog de minha exclusiva responsabilidade. 


Assim, fica bem evidente - para todos e, principalmente para mim - que Deus Nosso Senhor Se serve dos instrumentos mais rudimentares para difundir a Sua Palavra e propagar o Seu Reino por toda a terra.

Deus costuma procurar instrumentos fracos


– Estamos gostosamente, Senhor, na tua mão chagada. Aperta-nos com força!, espreme-nos!, de modo que percamos toda a miséria terrena!, que nos purifiquemos, que nos inflamemos, que nos sintamos empapados no teu Sangue! E depois, lança-nos longe!, longe, com fome de messe, para uma sementeira cada dia mais fecunda, por Amor de Ti. (Forja, 5)

Sem grande dificuldade, poderíamos encontrar na nossa família, entre os nossos amigos e companheiros – para não me referir já ao imenso panorama do mundo – tantas pessoas mais dignas do que nós de receber o chamamento de Cristo. Mais simples, mais sábias, mais influentes, mais importantes, mais gratas, mais generosas...

Eu, ao pensar nisto, fico envergonhado. Mas compreendo também que a nossa lógica humana não serve para explicar as realidades da graça. Deus costuma procurar instrumentos fracos para que se manifeste com evidente clareza que a obra é sua. O próprio S. Paulo evoca com estremecimento a sua vocação; e por último, depois de todos, foi também visto por mim, como por um aborto. Porque eu sou o mínimo dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Assim escreve Paulo de Tarso, homem de uma personalidade e de um vigor que a história não fez mais do que engrandecer.
Fomos chamados sem mérito algum da nossa parte, dizia-vos. Realmente, na base da nossa vocação está o conhecimento da nossa miséria, a consciência de que as luzes que iluminam a alma – a fé – o amor com que amamos – a caridade – e o desejo que nos mantém – a esperança – são dons gratuitos de Deus. Por isso, não crescer em humildade significa perder de vista o objectivo da escolha divina: ut essemus sancti, a santidade pessoal.
Agora, tomando como ponto de partida essa humildade, podemos compreender toda a maravilha da chamada divina. A mão de Cristo colheu-nos num trigal: o semeador aperta na sua mão chagada o punhado de trigo; o sangue de Cristo banha a semente, empapa-a. Depois, o Senhor lança ao ar esse trigo, para que, morrendo, seja vida e, afundando-se na terra, seja capaz de multiplicar-se em espigas de oiro. (Cristo que passa, 3)


THALITA KUM 42


THALITA KUM 42

(Cfr. Lc 8, 49-56)



‘Desprendido de tudo: O que tenho e o que não tenho. Desprendido dos "desejos de ter", mesmo daqueles que parecem legítimos. Desprendido das coisas grandes e das pequenas que quase não têm importância. Desprendido das "minhas coisas", das "minhas vontades", daquilo que é "meu". Coração grande, aberto a todos e, sobretudo, aberto a Deus para que o encha o amor a Si e aos outros, não deixando lugar a mais nada.’ [1]  

Se eu pudesse, melhor, se eu realmente quiser ser íntimo de Jesus, nada mais tenho a fazer que deixá-Lo tomar posse de mim, entregar-me, gostosamente nas Suas mãos amorosas com plena confiança e a certeza que não poderia estar melhor.
Nem as considerações do pouco que sou, dos meus defeitos, das minhas faltas de coerência e tantas… tantas pequenas coisas que arrasto como um lastro que me mantém sujeito a uma quase servidão de manias, tiques, falsas depressões, a minha dignidade ofendida por tantos e tantas vezes, o não reconhecimento de como sou bom, especial… nada disto e muito mais, é desconhecido de Jesus Cristo.

«E, mesmo assim, Ele quer, procura a minha intimidade. Lembro-me do publicano que nem coragem tinha de levantar os olhos ao alto. Mantinha-os baixos e batia no peito dizendo: «Senhor, tem piedade de mim que sou um pecador» [2] e encho-me de coragem já que, tenho a certeza, (…) devemos sentir-nos fortes com tais jaculatórias, feitas com actos de dor amorosa e com desejos de divina reconciliação a fim de que, por meio delas, exprimindo diante do Salvador as nossas angústias, confiemos a alma ao Seu Coração misericordioso que a receberá com piedade». [3]

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] AMA, orações pessoais.
[2] Lc 18, 13
[3] S. Francisco de Sales, Tratado do amor de Deus, liv. 2, cap. 20.

Temas para reflectir e meditar

Reflexões no Advento – 1

Vigilância

Aconteceu que, ontem, passei a noite sozinho. A minha casa é muito grande, 3 pisos e com cerca de duzentos anos.
Dei comigo a "ouvir" a casa: os pequenos ruídos que normalmente passam despercebidos, as madeiras que estalam, uma janela que bate com a força do vento ou da chuva, os soalhos que estremecem quando os autocarros passam na rua.
Fiquei, assim, um bocado, vigilante e atento e, quanto mais apurava os sentidos, mais ruídos, sons, barulhos me parecia ouvir com fantástica nitidez. Conseguia identificá-los: agora foi na sala; este foi na escada...

Agora ocorre-me que é assim que desejo estar durante o Advento que hoje começa: Desperto, vigilante, atento.
Quero distinguir tudo aquilo - e muito será - que normalmente não me dou conta e que anda à minha volta numa zoada tremenda; identificar bem as "armadilhas" que se me deparam ao longo do dia; estar consciente do mundo que me rodeia.
Desprendido, mas interessado;
Confiante, mas atento;
Sereno, mas vigilante.

(ama, reflexões, 03.12.2006)

Evangelho e comentário

          
Tempo do Advento


Evangelho: Mt 1, 18-25

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.

Comentário:

São José, pode dizer-se, é o que pode chamar “um homem bom”.

O insólito da situação da inesperada gravidez de Maria não altera o seu comportamento e respeito para com a prometida esposa.
Evidentemente que conheceria bem aquela que lhe estava prometida e embora desconhecendo as razões ou motivos não quis de modo nenhum prejudicar o seu bom nome.

Com serenidade resolve que o que acha que deve ser feito, será com descrição e recato.

O anúncio do Anjo vem modificar tudo e quase que podemos sentir a alegria que o Patriarca terá sentido quando fica inteirado dos planos de Deus.


A sua discrição e confiança são tais que nem faz perguntas nem se interroga sobre um futuro que, adivinha, não será fácil.


Aceita, acredita, cumpre o que lhe compete.
O que for preciso o Senhor providenciará.


(AMA, comentário sobre Mt 1, 18-25, 18.12.2018)


Leitura espiritual


Carta aos Filipenses

Fl 1

INTRODUÇÃO (1,1-11)

Apresentação e saudação –

1 Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com seus bispos e diáconos: 2 a vós a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

Acção de graças pelos Filipenses –

3 Todas as vezes que me lembro de vós, dou graças ao meu Deus, 4 sempre, em toda a minha oração por todos vós. É uma oração que faço com alegria, 5 por causa da vossa participação no anúncio do Evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6 E é exactamente nisto que ponho a minha confiança: aquele que em vós deu início a uma boa obra há-de levá-la ao fim, até ao dia de Cristo Jesus. 7 É justo que eu tenha tais sentimentos por todos vós, pois tenho-vos no coração, a todos vós que, nas minhas prisões e na defesa e consolidação do Evangelho, participais na graça que me foi dada. 8 Pois Deus é minha testemunha de quanto anseio por todos vós, com a afeição de Cristo Jesus. 9 E é por isto que eu rezo: para que o vosso amor aumente ainda mais e mais em sabedoria e toda a espécie de discernimento, 10 para vos poderdes decidir pelo que mais convém, e assim sejais puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo, 11 repletos do fruto da justiça, daquele que vem por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

I. PRISÃO DE PAULO (1,12-26)

Alegria pelo progresso do Evangelho –

12 Quero comunicar-vos, irmãos, que o que se passa comigo acabou até por contribuir para o progresso do Evangelho. 13 Assim, foi em Cristo que as minhas prisões se tornaram conhecidas em todo o pretório e de todos os restantes. 14 E a maior parte dos irmãos no Senhor, é pela confiança ganha devido às minhas prisões, que têm ainda mais coragem para, sem medo anunciar a Palavra. 15 É certo que alguns é por inveja e rivalidade, mas outros é mesmo com boa intenção que pregam a Cristo: 16 os que o fazem por amor sabem que estou designado para a defesa do Evangelho; 17 mas os que anunciam a Cristo por ambição, sem sinceridade, pensam que estão a agravar a tribulação que sofro nas minhas prisões. 18 Mas que importa? Desde que, de qualquer modo, com segundas intenções ou com verdade, Cristo seja anunciado. É com isso que me alegro.

Alegria por estar em Cristo –

Mais ainda: continuarei a alegrar-me; 19 pois sei que isto irá resultar para mim em salvação, graças às vossas orações e ao apoio do Espírito de Jesus Cristo, 20 de acordo com a ansiedade e a esperança que tenho de que em nada serei envergonhado. Pelo contrário: com todo o desassombro, agora como sempre, Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida quer pela morte. 21 É que, para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro. 22 Se, entretanto, eu viver corporalmente, isso permitirá que dê fruto a obra que realizo. Que escolher então? Não sei. 23 Estou pressionado dos dois lados: tenho o desejo de partir e estar com Cristo, já que isso seria muitíssimo melhor; 24 mas continuar a viver é mais necessário por causa de vós. 25 E é confiado nisto que eu sei que ficarei e continuarei junto de todos vós, para o progresso e a alegria da vossa fé, 26 a fim de que a glória, que tendes em Cristo Jesus por meio de mim, aumente com a minha presença de novo junto de vós.

II. DEVERES DA COMUNIDADE (1,27-2,18)

Viver de acordo com o Evangelho –

27 Só isto é necessário: comportai-vos em comunidade de um modo digno do Evangelho de Cristo, para que - quer eu vá ter convosco, quer esteja ausente - ouça dizer isto de vós: que permaneceis firmes num só espírito, lutando juntos, numa só alma, pela fé no Evangelho 28 e não vos deixando intimidar em nada pelos adversários - o que para eles é sinal de perdição, porém, é sinal da vossa salvação; e isto vem de Deus. 29 Porque, a vós foi dada a graça de assim actuardes por Cristo: não só a de nele acreditar, mas também a de sofrer por Ele, 30assumindo o mesmo combate que vistes em mim e de que agora ouvis falar a respeito de mim.




A magia do Natal


Não há publicidade natalícia que não fale de ‘magia’. A palavra não tem nada de ofensivo, mas tende a transportar o nascimento de Cristo para um reino lendário, que é o cenário mitológico das coisas ‘mágicas’.

Do mesmo modo como os contos infantis estão cheios de princesas boazinhas e bruxas más, feitiços e amores impossíveis, maçãs envenenadas e varinhas mágicas, belas adormecidas e galãs cavaleiros, dragões fantasmagóricos e duendes saltitões, assim também o nascimento de Jesus mais não seria de que uma lenda piedosamente alimentada pelos cristãos, mas sem qualquer relação com a realidade histórica.

É verdade que a imaginação popular acrescentou algumas personagens ao relato bíblico do nascimento de Jesus de Nazaré. Imaginou a presença, por certo muito razoável, da vaca e do burro: a primeira, como inquilina habitual daquele estábulo; e o jumento, como provável meio de transporte utilizado por Maria e José, na sua longa viagem de Nazaré da Galileia até Belém de Judá. Foi também a fé do povo que fixou em três o número dos magos e lhes deu nomes próprios – Gaspar, Baltazar e Melchior – aos quais atribuiu a dignidade real, quando o relato bíblico se limita a registar a sua presença plural e os seus três dons, sem especificar o seu número, nem lhes atribuir a condição real. A tradição cristã também preencheu uma outra lacuna dos relatos evangélicos, supondo a data do nascimento de Cristo no dia 25 de Dezembro, muito embora não haja, nas Sagradas Escrituras, nenhum indício que permita sustentar a veracidade desta hipótese, afinal tão verosímil como outra qualquer.

Que não se saiba tudo acerca do nascimento de Cristo, não quer dizer que nada se saiba sobre um acontecimento de tanta transcendência para a história mundial e, em particular, para o Cristianismo. Com efeito, sabe-se que Jesus, filho de Maria, casada com José, habitantes de Nazaré, nasceu em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes. Sabe-se igualmente que foi homenageado pelos pastores, que acampavam nas redondezas, e por uns magos, vindos do Oriente, que possivelmente eram sacerdotes-astrólogos, talvez persas.

Sabe-se também que, antes do nascimento de Cristo, não houve nenhuma ‘magia’. Houve, é certo, alguns acontecimentos sobrenaturais, mas não mágicos: Maria, sendo virgem e não conhecendo varão, concebeu virginalmente a Jesus, que é o Filho unigénito de Deus. Muito embora a concepção tenha sido absolutamente extraordinária, a gestação decorreu com naturalidade e por isso, a Igreja celebra o nascimento de Cristo nove meses depois da sua concepção. Também foi extraordinária a forma como Isabel, mãe de João Baptista, se apercebeu, por inspiração do seu filho ainda não-nascido, não apenas da gravidez, na altura ainda imperceptível, de Nossa Senhora, mas também de que o seu filho era o Senhor, ou seja, o tão esperado Messias de Israel.

Nenhuma ‘magia’ houve também na iminência do nascimento de Cristo. Não conseguiram, por nenhuma palavra mágica, como um qualquer ‘abracadabra’, abrir as portas das casas de Belém, nem da estalagem local, que se lhes fecharam, com brutal insensibilidade ante o estado de Maria. Também não vão ter a nenhuma gruta encantada, nem são transportados por anjos, ou quaisquer outros seres lendários, no seu penoso caminho para o exílio, no Egipto.

Não, no Natal não há nenhuma ‘magia’, na beleza encantadora desta cena histórica, que o Papa Francisco, em belíssimo texto, nos convida a contemplar. Não há dragões que cospem fogo, nem fadas madrinhas que convertem abóboras em carruagens reais. Não há tamancos convertidos em sapatos de gala para bailes no palácio real. Não há animais alados que transportam heróis nas suas asas. Não há palavras, poções ou varinhas mágicas que, num instante, convertem as dificuldades em ruidosas festas e bailes.

Há apenas Deus, no seu propósito de a todos salvar, e um jovem casal apaixonado, com o seu filho recém-nascido. Há a indiferença dos habitantes de Belém, desde os parentes e amigos de José, até aos estalajadeiros. Há o silêncio e o frio da noite estrelada. Há o alegre trotar de um burrinho cansado, montado por Maria e levado, pela arreata, por José. Há dificuldades e perseguições, há temores e preocupações, esperas e desatenções, mas nunca falta o auxílio da providência divina, nem a alegria e o amor de Nossa Senhora e do Santo Patriarca.

‘Magia’ do Natal? Nenhuma, decerto. Mas quanta graça de Deus e quanto amor humano no mistério do nascimento de Jesus, filho de Maria, esposa de José!

Santo Natal!



Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in Voz da V

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?