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31/12/2012

Evangelho do dia e comentário



TEMPO DE NATAL







Oitava do Natal


Evangelho: Jo 1, 1-18

1 No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada foi feito. 4 N'Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, 5 e a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam. 6 Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. 7 Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. 8 Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 9 O Verbo era a luz verdadeira, que vindo a este mundo ilumina todo o homem. 10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu. 11 Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. 12 Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus; 13 eles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. 14 E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, glória como de Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João dá testemunho d'Ele e clama: «Este era Aquele de Quem eu disse: O que há-de vir depois de mim é mais do que eu, porque existia antes de mim». 16 Todos nós participamos da Sua plenitude, e recebemos graça sobre graça; 17 porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo.18 Ninguém jamais viu a Deus; o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.

Comentário:

Este capítulo de S. João pode ser – é, de facto – uma declaração das principais razões para fazer um profundo acto de fé na Redenção e no Redentor.
Explica-se porque devemos acreditar e, até, as ‘vantagens’ em acreditar no próprio testemunho do Precursor.
Porque acreditar em Jesus Cristo?
Porque, Ele, é: «o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.»
Porque nos convém acreditar?
Porque: «a todos os que O receberam, àqueles que crêm no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus»

(ama, comentário sobre Jo 1, 1-18, 2012.11.27)

Leitura espiritual para 31 Dez 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

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A luta contra a soberba há-de ser constante


 “Grande coisa é saber-se nada diante de Deus, porque é assim mesmo” (Sulco, 260).

O outro inimigo, escreve S. João, é a concupiscência dos olhos, uma avareza de fundo que nos leva a valorizar apenas o que se pode tocar. Os olhos ficam como que pegados às coisas terrenas e, por isso mesmo, não sabem descobrir as realidades sobrenaturais. Podemos, portanto, socorrer-nos desta expressão da Sagrada Escritura para nos referirmos à avareza dos bens materiais e, além disso, àquela deformação que nos leva a observar o que nos rodeia - os outros, as circunstâncias da nossa vida e do nosso tempo - só com visão humana.
Os olhos da alma embotam-se; a razão crê-se auto-suficiente para compreender todas as coisas, prescindindo de Deus. É uma tentação subtil, que se apoia na dignidade da inteligência, da inteligência que o nosso Pai, Deus, deu ao homem para que O conheça e O ame livremente. Arrastada por essa tentação, a inteligência humana considera-se o centro do universo, entusiasma-se de novo com a falsa promessa da serpente, sereis como deuses, e, enchendo-se de amor por si mesma, volta as costas ao amor de Deus.

(...) A luta contra a soberba há-de ser constante, pois não se disse já, dum modo tão gráfico, que essa paixão só morre um dia depois da morte da pessoa? É a altivez do fariseu, a quem Deus se mostra renitente em justificar por encontrar nele uma barreira de auto-suficiência. É a arrogância que conduz a desprezar os outros homens, a dominá-los, a maltratá-los, porque, onde houver soberba aí haverá também ofensa e desonra. (Cristo que passa, 6).

Tratado da bem-aventurança 27


Questão 4: Do necessário à bem-aventurança.


Art. 3 — Se a bem-aventurança supõe a compreensão.

(I, q. 12, a. 7. ad I, I Sent., dist. I, q. a . 1, IV, dist. XLIV, q. 4, a. 5, q ª 1).

O terceiro discute-se assim. — Parece que a bem-aventurança não supõe a compreensão.



1. — Pois, diz Agostinho: Alcançar a Deus com a mente é grande bem-aventurança, porém é impossível compreender (1). Logo, sem compreensão há bem-aventurança.

2. Demais. — A bem-aventurança é a perfeição do homem, quanto à parte intelectiva, que não abrange outras potências, senão o intelecto e a vontade, como já se disse na primeira parte (2). Ora, o intelecto aperfeiçoa-se suficientemente pela visão de Deus e a vontade, pelo deleite nele. Logo, não é necessária, como terceiro elemento, a compreensão.

3. Demais. — A bem-aventurança consiste na operação. Ora, as operações determinam-se pelos objectos e os objectos gerais são dois, a verdade e o bem. A verdade porém corresponde à visão e o bem, ao deleite. Logo, não é necessária a compreensão, como terceiro elemento.

Mas, em contrário, dia o Apóstolo (1 Cor 9, 24): Correi de tal maneira que o alcanceis. Ora, a carreira espiritual termina em a bem-aventurança, Donde, diz o mesmo (2 Tm 4, 7): Eu pelejei uma boa peleja, acabei a minha carreira, guardei a fé. Pelo mais me está reservada a coroa da justiça. Logo, a bem-aventurança exige a compreensão.

Consistindo a bem-aventurança na consecução do último fim, o que ela supõe devemos considerá-lo quanto à ordem própria do homem em relação ao fim. Ora, o homem ordena-se a um fim inteligível, em parte, pelo intelecto e, em parte, pela vontade. Pelo intelecto, enquanto nele preexiste um conhecimento imperfeito do fim. Pela vontade, antes de tudo pelo amor, que é o seu movimento primeiro para algum objecto, em segundo lugar, pela relação real entre o amante e o amado, e que pode ser tríplice. Assim, umas vezes o amado, estando presente ao amante, já não é buscado. Outras, não o estando, mas sendo impossível alcança-lo, não é buscado. Outras, enfim, é possível obtê-lo, mas sendo de tal modo superior à faculdade de quem deve alcança-lo, não pode ser obtido imediatamente, donde resulta uma relação entre quem espera e o que é esperado, a única que leva à busca do fim. E a cada uma desta tríplice relação corresponde algo na bem-aventurança. Assim, o conhecimento perfeito corresponde à relação imperfeita, enquanto a presença do fim, sem si, corresponde à relação de esperança, e afinal o deleite no fim já presente resulta do amor, como já se disse (3). Donde, é necessária, para a bem-aventurança, esta tríplice concorrência: a visão, conhecimento perfeito do fim inteligível, a compreensão, que supõe a presença do fim, o deleite ou fruição, que supõe o repouso do amante no amado.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Compreensão tem duplo sentido. Num significa a inclusão do compreendido no compreensor, e assim tudo o que é compreendido pelo finito é finito, e então, Deus não pode ser compreendido por nenhum intelecto criado. Noutro sentido, compreensão não significa mais do que a posse de uma coisa já tida presencialmente, assim, diz-se que quem busca a outrem o compreende quando o possui. E neste sentido a compreensão é necessária à bem-aventurança.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Assim como à vontade pertence à esperança e o amor, porque quem ama alguma coisa não adquirida tende para ela, assim também lhe pertence à compreensão e o deleite, porque quem tem alguma coisa nela repousa.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A compreensão não é operação diferente da visão, mas relação com o fim já adquirido. Donde, mesmo a visão, em si, ou a coisa vista, enquanto existente presencialmente, é o objecto da compreensão.

Nota: Revisão da tradução portuguesa por ama.
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Notas:

1. Ad Paulinam de Videndo Deum.
2. Q. 79ss.
3. Q. 4, a. 2 ad 3.

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 11


Exemplo dos primeiros cristãos

11. Insisto em que, com frequência, devemos voltar a considerar a conduta dos Apóstolos e dos nossos primeiros irmãos na fé. Eram poucos, careciam de meios humanos, não contavam nas suas fileiras, assim sucedeu pelo menos durante muito tempo, com grandes pensadores ou pessoas de prestígio público. Viviam num ambiente social de indiferentismo, de carência de valores, semelhante, em muitos aspetos, ao que agora temos de enfrentar. No entanto, não se amedrontaram. «Tiveram uma conversa maravilhosa com todas as pessoas que encontraram, que procuraram, nas suas viagens e peregrinações. Não haveria Igreja, se os Apóstolos não tivessem mantido esse diálogo sobrenatural com todas aquelas almas» [16]. Mulheres e homens, seus contemporâneos, experimentaram uma profunda transformação ao ser tocados pela graça divina. Não aderiram simplesmente a uma nova religião, mais perfeita do que a que eles já conheciam, mas, pela fé, descobriram Jesus Cristo e enamoraram-se d’Ele, do Deus-Homem, que se tinha oferecido em sacrifício por eles e tinha ressuscitado para lhes abrir as portas do Céu. Este facto inaudito penetrou com enorme força nas almas daqueles primeiros, conferindo-lhes uma fortaleza à prova de qualquer sofrimento. «Ninguém acreditou em Sócrates até morrer pela sua doutrina», escrevia com simplicidade S. Justino em meados do século II, «mas por Cristo, até os artesãos e os ignorantes desprezaram não só a opinião do mundo, mas também o medo da morte» [17].

Num mundo que desejava ardentemente a salvação, sem saber onde encontrá-la, a doutrina cristã irrompeu como uma luz acesa no meio da escuridão. Aqueles primeiros souberam, com o seu comportamento, fazer brilhar diante dos seus concidadãos essa claridade salvadora e converteram-se em mensageiros de Cristo, simplesmente, com naturalidade, sem ostentações estridentes, com a coerência entre a sua fé e as suas obras. «Nós não dizemos coisas grandes, mas fazemo-las» [18], escreveu um deles. E mudaram o mundo pagão.

Na Carta apostólica que dirigiu a toda a Igreja, na preparação para o grande jubileu do ano 2000, o beato João Paulo II explicava que «em Cristo a religião já não é um “buscar Deus às apalpadelas” (cfr. Act 17, 27), mas uma resposta de fé a Deus, que se revela: resposta em que o homem fala a Deus como o seu Criador e Pai; resposta tornada possível por aquele único Homem, que é ao mesmo tempo o Verbo consubstancial com o Pai, e por quem Deus fala a cada homem e cada homem é capaz de responder a Deus» [19].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[19] Beato João Paulo II, Carta Apost. Tértio Millénnio adveniénte, 10-XI-1994, n. 6.

30/12/2012

Evangelho do dia e comentário




TEMPO DE NATAL






Oitava do Natal


Evangelho: Lc 2, 41-52

41 Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. 42 Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, 43 acabados os dias que ela durava, quando voltaram, o Menino ficou em Jerusalém, sem que os Seus pais o advertissem. 44 Julgando que Ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e depois procuraram-no entre os parentes e conhecidos. 45 Não O encontrando, voltaram a Jerusalém à procura d'Ele. 46 Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os que O ouviam estavam maravilhados da Sua sabedoria e das Suas respostas. 48 Quando O viram, admiraram-se. E Sua mãe disse-lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Eis que Teu pai e eu Te procurávamos cheios de aflição». 49 Ele disse-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de Meu Pai?». 50 Eles, porém, não entenderam o que lhes disse. 51 Depois desceu com eles e foi para Nazaré; e era-lhes submisso. A Sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração. 52 Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

Comentário:

Parece uma resposta um tanto intempestiva ou, pelo menos, sem considerar a aflição de Sua Mãe e São José.

Jesus tem, assim, a primeira atitude ‘desconcertante’ que os Evangelhos relatam.
Jesus é pouco delicado com a Sua Mãe?

Não me parece, o Evangelista relata este episódio que obviamente lhe foi referido pela própria Virgem, sinal seguro que não ficou nem magoada ou, sequer, surpreendida coma resposta do seu Filho.

Seguramente – e não nos é possível conhecer a entoação das palavras de Jesus – o Filho deseja ir como que preparando a Sua Mãe para muitas outras situações que surgirão nas suas vidas e que, essas sim, serão causa de amargura e inquietação para a Santíssima Virgem.

Como sabemos, a Senhora «conservava todas estas coisas no seu coração» o que quer dizer que as iria compreendendo aos poucos, a seu tempo. 

(ama, comentário sobre Lc 2, 41-51, 2012.12.12)

Leitura espiritual para 30 Dez 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

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PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 300



Apenas dás conselhos,
ou vives o que aconselhas?

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 10


VOLTAR ÀS ORIGENS DO EVANGELHO

10. Muitas vezes, no passado, a Europa teve de enfrentar difíceis períodos de transformação e de crise, mas «sempre os superou, conseguindo seiva nova inesgotável reserva de energia vital do Evangelho» [15]. Estas palavras do beato João Paulo II, pronunciadas em 1995, confirmam-nos no caminho que é preciso seguir. Não há outro: recorrer às raízes da nossa fé para nos impregnarmos da seiva vivificante que nos transmitem (a tal se dirige a formação doutrinal que nos dá a Obra) e, a partir daí, pôr os homens e as mulheres em contacto vital com Cristo, em todos os lugares.

S. Josemaria afirmava que «viver a fé é também transmiti-la aos outros». Para consegui-lo, é preciso caminhar com eles. E no caminho devemos ouvir as dificuldades que têm ante a mensagem cristã, entendê-las e demonstrar-lhes que os entendemos, de modo que se sintam compreendidos e esclarecidos com a nossa conversa orientadora; e assim, caminhando com elas ou com eles, comunicar-lhes com afeto e amabilidade o Evangelho, a palavra viva do Senhor, isto é, mostrar a maravilha do espírito cristão, que harmoniza razão e fé e oferece respostas a todas as perguntas e aquieta as preocupações dos corações humanos; e, deste modo, vamo-los preparando para desejarem os sacra­mentos e para se disporem a recebê-los.

Em muitos casos, a graça divina terá de construir nas almas o edifício sobrenatural desde os alicerces. Aproveitemos a oportunidade desses desejos de fazer o bem e de solidariedade, que se advertem nas novas gerações, e não apenas nestas, para que descubram o Salvador, anunciando-lhes a doutrina com dom de línguas e lançando as bases, pouco a pouco, por um plano inclinado, até adquirirem uma vida cristã firme.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[15] Beato João Paulo II, Discurso, 9-IX-1995.

Tratado da bem-aventurança 26


Questão 4: Do necessário à bem-aventurança.



Art. 2 — Se o deleite, na bem-aventurança, tem prioridade sobre a visão.

(II Sent., dist. XXXVIII, a . 2, ad 6, III Cont. Gent., cap. XXVI, X Ethic., lect VI).

O segundo discute-se assim. — Parece que o deleite tem, na bem-aventurança, prioridade sobre a visão.




29/12/2012

Evangelho do dia e comentário



TEMPO DE NATAL
Oitava do NATAL






Evangelho: Lc 2, 22-35

22 Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-n'O a Jerusalém para O apresentar ao Senhor 23 segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, 24 e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. 25 Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26 Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. 27 Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino J esus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, 28 ele tomou-O nos braços e louvou a Deus, dizendo: 29 «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; 30 porque os meus olhos viram a Tua salvação, 31 que preparaste em favor de todos os povos; 32 luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». 33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição.

Comentário:

É apresentado no Templo o Senhor do Templo!
Outra magnifica manifestação de humildade da Família Sagrada! Cumpre as prescrições da Lei em tudo agindo com tanta naturalidade e discrição que ninguém se dá conta excepto os que, iluminados pelo Espírito Santo reconhecem naquele Menino o Filho de Deus incarnado.
Que lição para nós que tanto gostamos de ser vistos e as nossas acções reconhecidas!
Aprendamos, pois, do Rei dos Reis a submeter-nos às nossas obrigações com diligência e simplicidade.

(ama, comentário sobre Lc 2, 22-40, P de Lima, 2011.12.29)

Leitura espiritual para 29 Dez 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

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Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 9


9. Que grande tarefa temos pela frente! Com humildade, com o desejo pessoal de santidade, havemos de chegar às pessoas, acima de tudo, com o nosso exemplo. Estejamos cientes de que o esforço por nos comportarmos como cristãos autênticos, apesar das nossas misérias pessoais, faz parte da luz que o Senhor deseja acender no mundo. Não tenhamos medo de chocar com o ambiente, nos pontos incompatíveis com a fé católica, mesmo que essa atitude possa trazer-nos até prejuízos materiais ou sociais: «convencei-vos, e suscitai nos outros a convicção de que os cristãos havemos de navegar contra a corrente. Não vos deixeis levar por falsas ilusões. Pensai bem nisto: contra a corrente andou Jesus, contra a corrente foram Pedro e os outros primeiros e quantos, ao longo dos séculos, quiseram ser discípulos fiéis do Mestre. Tende, pois, a firme convicção de que não é a doutrina de Jesus que tem de se adaptar aos tempos, mas são os tempos que se hão de abrir à luz do Salvador» [12].
Por isso, voltando os olhos para o Redentor, pedindo-lhe que nos conceda a sua paz e a capacidade de perdoar e amar os que promovem essas incompreensões, rezemos com obstinação pelos que obstinadamente pretendem pôr no pelorinho a Igreja, a Hierarquia, os católicos. Conscientes da nossa debilidade pessoal, procuremos incansavelmente retribuir o bem pelo mal; e, como consequência da união com Deus, amemos aqueles que tentam perseguir ou reduzir a religião à sacristia, à exclusiva esfera privada.

Por outro lado, se os respeitos humanos não hão-de travar o zelo apostólico, menos ainda o deterá o pensamento real da debilidade pessoal ou da falta de meios, porque não confiamos nas nossas forças, mas na graça do Céu: ómnia possum in eo, qui me confórtat (Fl 4, 13). A este respeito, o Fundador do Opus Dei comentava: «permanecer todos unidos na oração: esta é (...) a origem da nossa alegria, da nossa paz, da nossa serenidade e, portanto, da nossa eficácia sobrenatural» [13]. E noutro momento, acrescentava: «que outros conselhos hei-de dar? Usar os procedimentos que sempre usaram os cristãos que pretendiam, de verdade, seguir Cristo. Os mesmos que os primeiros a escutar o apelo de Jesus seguiram: o encontro assíduo com o Senhor na Eucaristia, a invocação filial da Santíssima Virgem, a humildade, a temperança, a mortificação dos sentidos (…) e a penitência» [14], uma fé forte, bem fundada no Senhor Omnipotente. Difícil de explicar é o optimismo e a firmeza de S. Josemaria, a quem, entre muitos outros textos, sempre estimularam as palavras do Salmo: et in lúmine tuo vidébimus lumen (Sl 35/36, 10), porque, com Ele, todas as trevas se dissipam.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[12] S. Josemaria, Carta 28-III-1973, n. 4.
[13] S. Josemaria, Carta 19-III-1954, n. 27.
[14] S. Josemaria, Amigos de Deus, n. 186.

Tratado da bem-aventurança 25


Questão 4: Do necessário à bem-aventurança.


Em seguida deve-se tratar do necessário à bem-aventurança. E sobre esta Questão oito artigos se discutem:

Art. 1 — Se o deleite é necessária à bem-aventurança.
Art. 2 — Se a deleite  , na bem-aventurança, tem prioridade sobre a visão.
Art. 3 — Se a bem-aventurança supõe a compreensão.
Art. 4 — Se a rectidão da vontade é necessária para a bem-aventurança.
Art. 5 — Se o corpo é necessário à bem-aventurança.
Art. 6 — Se a perfeição do corpo é necessária à perfeita bem-aventurança do homem.
Art. 7 — Se para a bem-aventurança são também necessários bens externos.
Art. 8 — Se os amigos são necessários à bem-aventurança.

Art. 1 — Se o deleite é necessária à bem-aventurança.


A vida matrimonial, um caminhar divino pela Terra


Vê quantos motivos para venerar S. José e para aprender da sua vida: foi um varão forte na fé...; sustentou a sua família – Jesus e Maria – com o seu trabalho esforçado...; guardou a pureza da Virgem, que era sua Esposa...; e respeitou – amou! – a liberdade de Deus que fez a escolha, não só da Virgem como Mãe, mas também dele como Esposo de Santa Maria. (Forja, 552)

Ao pensar nos lares cristãos, gosto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. A mensagem de Natal ressoa com toda a força: Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade. Que a Paz de Cristo triunfe nos vossos corações, escreve o Apóstolo. Paz por nos sabermos amados pelo nosso Pai, Deus, incorporados em Cristo, protegidos pela Virgem Santa Maria, amparados por S. José. Esta é a grande luz que ilumina as nossas vidas e que, perante as dificuldades e misérias pessoais, nos impele a seguir animosamente para diante. Cada lar cristão deveria ser um remanso de serenidade, em que se notassem, por cima das pequenas contrariedades diárias, um carinho e uma tranquilidade, profundos e sinceros, fruto de uma fé real e vivida.

Para o cristão o matrimónio não é uma simples instituição social e menos ainda um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja, como diz S. Paulo, é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, contrato que um homem e uma mulher fazem para sempre, pois, quer queiramos quer não, o matrimónio instituído por Jesus Cristo é indissolúvel, sinal sagrado que santifica, acção de Jesus, que invade a alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino pela Terra. (Cristo que passa, nn. 22–23

28/12/2012

Evangelho do dia e comentário


TEMPO DE NATAL
Oitava do NATAL


Santos Inocentes


 
Evangelho: Mt 2, 13-18

13 Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e lhe disse: «Levanta-te, toma o Menino e Sua mãe, foge para o Egipto, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para O matar». 14 ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e Sua mãe, e retirou-se para o Egipto. 15 Lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta: “Do Egipto chamei o Meu filho”. 16 Então Herodes, percebendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo, e mandou matar, em Belém e em todos os seus arredores, todos os meninos de idade de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. 17 Cumpriu-se então o que estava anunciado pelo profeta Jeremias: 18 “Uma voz se ouviu em Ramá, pranto e grande lamentação; Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem”.

Comentário:

De uma forma ou outra, todos os homens procuram Cristo.
“De uma forma ou outra” porque sendo natural que a criatura procure o seu Criador muitos não saibam como o fazer.
O apostolado é isso mesmo: ensinar os outros como procurar e encontrar Jesus Cristo e, mais que ensinar, levar até Ele os que andam perdidos e angustiados como “ovelhas sem pastor”. E são muitos os que esperam, às vezes longo tempo ou, até, em vão, uma oportunidade para esse encontro.
Que nunca ouçamos o que Jesus ouviu do homem da piscina de Siloé: Hominem non habeo! Não tive ninguém que me ajudasse…

(ama, comentário sobre Mt 2, 13-18, 2011.12.28)

Leitura espiritual para 28 Dez 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

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PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 299



A má-língua é um veneno
que mata muito lentamente.

Tratado da bem-aventurança 24


Questão 3: Que é a bem-aventurança.


Art. 8 — Se a bem-aventurança do homem consiste na visão da essência divina em si mesma.

(I. q. 12, a . 1, De Verit., q. 8, a . 1, Quodl. X, q. 8, Compend. Theol., part. I. cap. CIV, CVI, part. II, cap. IX, In Matth., cap. V, In Ion., cap. I lect. XI).

O oitavo discute-se assim. — Parece que a bem-aventurança do homem não consiste na visão da divina essência em si mesma.


Não podemos ensinar o que não praticarmos


"Coepit facere et docere". – Jesus começou a fazer e depois a ensinar: tu e eu temos de dar o testemunho do exemplo, porque não podemos levar uma vida dupla: não podemos ensinar o que não praticarmos. Por outras palavras, temos de ensinar o que, pelo menos, lutamos por praticar. (Forja, 694)


Veio ensinar, mas fazendo; veio ensinar, mas sendo modelo, sendo o Mestre e o exemplo, com a sua conduta. Agora, diante de Jesus Menino, podemos continuar o nosso exame pessoal: estamos decididos a procurar que a nossa vida sirva de modelo e de ensinamento aos nossos irmãos, aos nossos iguais, os homens? Estamos decididos a ser outros Cristos? Não basta dizê-lo com a boca. Tu – pergunto-o a cada um de vós e pergunto-o a mim mesmo – tu, que por seres cristão estás chamado a ser outro Cristo, mereces que se repita de ti que vieste facere et docere, fazer tudo como um filho de Deus, atento à vontade de seu Pai, para que deste modo possas levar todas as almas a participar das coisas boas, nobres, divinas e humanas, da Redenção? Estás a viver a vida de Cristo na tua vida de cada dia no meio do mundo?

Fazer as obras de Deus não é um bonito jogo de palavras, mas um convite a gastar-se por Amor. Temos de morrer para nós mesmos a fim de renascermos para uma vida nova. Porque assim obedeceu Jesus, até à morte de Cruz, mortem autem crucis. Propter quod et Deus exaltavit illum. Por isso Deus O exaltou. (Cristo que passa, 21)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 8


8. A realidade do «ser missionário – com missão – e não te chamares missionário», a que S. Josemaria se refere no ponto 848 de Caminho, situa-se no momento radical e originário da missão – como o Pai Me enviou, assim também Eu vos envio a vós (Jo 20, 21) – que configura as formas históricas de que a missão de Cristo se virá a revestir na vida da Igreja: desde o cuidado da vida de fé dos católicos (pastoral, fraternidade), ao anúncio de Cristo Salvador aos pagãos (primeiro anúncio, evange­lização); do convívio fraterno com os cristãos não católicos para estimulá-los à plena comunhão (ecumenismo), ao novo anúncio de Cristo e da sua doutrina aos batizados que O deixaram e rejeitaram a Sua doutrina (nova evangelização). Os fiéis do Opus Dei, a partir da sua plena secularidade, estão chamados a assumir essas diferentes dimensões da única missão da Igreja.
S. Josemaria repetia insistentemente: «Somos missionários com missão, sem nos chamarmos missionários. Missionários, tanto nas ruas asfaltadas de Roma, Nova York, Paris, México, Tóquio, Buenos Aires, Lisboa ou Madrid, Dublin ou Sydney, como no coração da África» [10]. A necessidade de comunicar o primeiro anúncio da fé não se limita aos países tradicionalmente conhecidos como terras de missão, mas, infelizmente, afeta o mundo inteiro, e a esta grande tarefa havemos de dedicar-nos.

Mas essa responsabilidade não pode ficar-se em meras considerações; cada uma e cada um há-de pensar: eu, como contribuo? E ainda antes, havemos de ponderar como influi a fé no nosso atuar e também se sabemos agradecer diariamente este dom e, como consequência, se procuramos transmitir aos outros tão grande tesouro. Levantemos a nossa alma ao Senhor, implorando: adáuge nobis fidem (Lc 17, 5) para todos rezarmos melhor; adáuge mihi fidempara trabalhar santificando-me e santificando os outros; para dar à minha amizade um contínuo sentido cristão. Não esqueçamos o ditado de que o exemplo é o melhor pregador, seguindo os passos de Jesus Cristo, que cœpit fácere et docére (cfr. Act 1, 1), começou a fazer e ensinar.

Persuadamo-nos de que, nos mais diferentes lugares, «há necessidade dum renovado anúncio, mesmo para quem já está batizado. Muitos (…) contemporâneos pensam que sabem o que é o cristianismo, mas realmente não o conhecem. Frequentemente ignoram os próprios rudimentos da fé» [11], e devemos enfrentar este desafio com a nossa vida e a nossa formação doutrinal. Sem pessimismo, consideremos que a missão apostólica, a que o Senhor urge os cristãos, os que nos sabemos filhos de Deus, adquire no nosso tempo tonalidades diversas, dependendo das circunstâncias do ambiente, do lugar, das pessoas que cada uma ou cada um encontra. Em qualquer caso, havemos de pôr as pessoas que nos rodeiam ou com quem convivemos em contacto com Cristo, ajudando-as a conhecer ou reconhecer o rosto do nosso Redentor, e ajudálas a caminhar na sua companhia, mesmo que tenham de ir contra a corrente.

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Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[10] S. Josemaria, Instrução, maio-1935/14-IX-1950, nota 231.
[11] Beato João Paulo II, Exort. Apost. Ecclésia in Europa, 28-VI-2003, n. 47.