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03/09/2011

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 37

Jesus de NazaréQue papel têm as mulheres na cruz e na ressurreição?



“Assim como sob a cruz se encontravam unicamente mulheres - com excepção de João -, assim também o primeiro encontro com o Ressuscitado estava destinado a elas. A Igreja, na sua estrutura jurídica, está fundada sobre Pedro e os Onze, mas na forma concreta da vida eclesial são sempre as mulheres que abrem a porta ao Senhor, o acompanham até ao pé da cruz e assim o podem encontrar também como Ressuscitado”



55 Preguntas e respuestas sobre Jesus de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesus de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 81-82, marc argemí, trad. ama

Deus pode fazer que coisas passadas não tenham existido?

Jan Metsys,
Santa Maria Madalena,
séc. XVI
Parece que Deus pode fazer que coisas passadas não tenham existido:
1. Com efeito, o que é impossível por si é mais impossível do que é impossível por acidente. Ora, Deus pode realizar o que é impossível por si; por exemplo, recuperar a vista a um cego ou ressuscitar um morto. Logo, com muito mais razão pode realizar o impossível por acidente. Ora, que as coisas passadas não tenham existido, isso é impossível por acidente, pelo fato de que já passou. Logo, Deus pode fazer que coisas passadas não tenham existido.
2. Além disso, tudo o que Deus pôde fazer, Ele o pode, pois sua potência não se encontra diminuída. Ora, Deus pôde fazer, antes que Sócrates corresse, que não corresse. Logo, depois que correu, Deus pode fazer que não tenha corrido.
3. Ademais, o amor é uma virtude maior do que a virgindade. Ora, Deus pode restabelecer o amor perdido. Logo, também a virgindade, e pode fazer com que aquela que foi violada não o tenha sido.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, Jerónimo escreve: “Deus, que pode tudo, não pode fazer que uma mulher violada seja não-violada”. Logo, pela mesma razão, não pode fazer de algo passado que não tenha existido.

Como foi dito acima (no artigo anterior), o que implica contradição não está sob a omnipotência de Deus. Ora, que as coisas passadas não tenham existido implica contradição. Com efeito, assim como há contradição em dizer que Sócrates está e não está sentado, também há em dizer que esteve e não esteve sentado. Ora, dizer que ele esteve sentado é declarar uma coisa passada; dizer que não esteve é dizer que essa coisa passada não existiu. Então, que as coisas passadas não tenham existido, isto não está na dependência da potência divina. É o que assevera Agostinho: “Aquele que diz: ‘Se Deus é omnipotente, faça que o que foi feito não tenha sido feito’, não percebe o que está dizendo: ‘Se Deus é omnipotente que ele faça que o que é verdadeiro, enquanto tal, seja falso’.” E o Filósofo escreve no livro VI da Ética: “A Deus só lhe falta isso: tornar não feito o que foi feito”.
Suma Teológica, I, 25, 4.

Quanto aos argumentos iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Embora seja impossível por acidente que o passado não tenha existido, se se considera o que já passou, por exemplo, a corrida de Sócrates, entretanto se se considera o passado como tal, é impossível que não tenha existido, não só por si, mas absolutamente, pois implica contradição. Assim, é mais impossível do que a ressurreição de um morto, o que não implica contradição e se diz impossível com relação a certa potência, a da natureza. Tais impossibilidades estão sujeitas à potência de Deus.
2. Deus pode tudo em razão da perfeição de sua potência; no entanto, existem coisas que não estão sujeitas à sua potência, porque lhes falta a razão do possível. Assim, ao considerarmos a imutabilidade da potência divina, Deus pode tudo o que pôde; certas coisas, porém, foram possíveis outrora, quando eram factíveis; e hoje não mais o são, porque já foram feitas. E assim, Deus não pode fazê-las, porque não podem ser feitas.
3. Deus pode retirar toda mancha da alma do corpo da mulher violada, mas não pode remover que tenha sido violada e assim também não pode retirar de um pecador que tenha pecado e perdido o amor.


Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

Pode pôr-se um exemplo biológico?

Há múltiplos exemplos nos seres vivos. Um menino pedala na sua bicicleta, derrapa e cai. Ao raspar-se, sangra um pouco de um joelho e de uma mão, mas limpa as feridas e a coisa não tem importância de maior. Porquê não tem importância de maior? Porque o sangue nas feridas coagula. De contrário, o menino sangraria. E o que passaria se a ordem de coagulação se estendesse a tudo o sangue do ferido? Pois que o pequeno ciclista ficaria coagulado dos pés à cabeça. E se o coágulo fosse pequeno e interno? Então produzir-se-ia uma hemiplexia ou um enfarto. Por fortuna, o menino não sangra nem se coagula, e tampouco sofre um enfarto, precisamente porque só se coagula o sangue exposto ao ar. É possível que este sistema tenha evoluído segundo a teoria darwiniana? Não, porque a simples ausência do factor anti-hemofílico, ou a presença isolada da trombina, sem o seu correspondente inibidor, seriam mortais. Ou concorrem ao mesmo tempo as doze proteínas implicadas, ou o sistema falha. Que se coagule o sangue de uma ferida é algo normal e corrente, mas a bioquímica leva meio século estudando este assombroso processo e não é capaz de identificar as suas causas. Tudo quanto que diz o professor Doolittle, primeira autoridade mundial, é que o factor tissural aparece, que o fibrinógeno nasce, que a antiplasmia surge, que o ATP se manifesta, e assim sucessivamente.

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo
O entendimento, por seu lado, não tem que demonstrar que as coisas são uma realidade. O facto de que as coisas são uma realidade é algo evidente e é o fundamento inamovível de toda especulação realista. De Aristóteles disse-se que a primeira coisa que captamos é que há realidades. A partir daí e não antes começa a filosofia. É algo que goza de evidência e não pode ser submetido a demonstração. Contudo, é necessário insistir em que, quando captamos que uma essência determinada (o homem) é uma realidade, não captamos o ser em geral. Se assim fosse, não distinguiríamos o ser percebido do sujeito preceptor, pois ambos estariam abarcados e confundidos na generalidade desse ser. Captar que o homem é uma realidade é captar. Pelo contrário, que o homem se opõe ao nada, mas limitadamente, como uma realidade, como uma substância e não como a totalidade dos reais. Dito de outra forma, não se opõe ao nada como o ser, mas como um ser, como uma substância, como algo que implica absolutez e limitação na sua entidade.

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Reanimação dos neonatos

Medicina e Apostolado

Talvez a diferença entre o tratamento que se dá a um adulto e aquele que  se dá aos recém-nascidos esteja em que, para muitos, estes últimos são pessoas.
Com a finalidade de escapar ao risco de eugenia proponho um protocolo para regular a reanimação dos recém-nascidos:

A reanimação deve ser tentada em todas as crianças com uma idade gestacional em que a literatura científica mostre probabilidade de sobrevivência (actualmente o limite é de 22 semanas), tendo em conta os limites legais e as possibilidades técnicas locais, que variam de umas nações para outras.
A reanimação pode ser negada abaixo da idade gestacional comentada e poderá interromper-se uma vez que se demonstre a sua ineficácia.

Os tratamentos que sejam excessivamente agressivos para a criança podem ser suspensos, assim como aqueles que não são capazes de evitar a morte ou de melhorar a vida do recém-nascido.

A possibilidade de uma deficiência, ainda que se preveja grave, não é motivo suficiente para suspender um tratamento que pode salvar a vida.

O tratamento não pode ser interrompido ou negado em relação com os interesses dos pais, mas apenas em função dos interesses das crianças.

Os pais devem ser sempre informados e o seu acordo deve ser obrigatório. Mas, na eleição entre a vida e a morte, deve prevalecer a objectividade científica da possibilidade de tratamento sobre os interesses dos pais, tal como deve prevalecer o interesse do recém-nascido.

carlo bellini, A reanimação doa neonatos,[i] trad als


[i] Comunicação apresentada na XVII Assembleia da Academia Pontifícia para a Vida, Roma, 24-26 de Fevereiro de 2011

Música e repouso


Toccata & Fugue in d minor (BACH, J.S.) Kurt Ison



agrad ALS

Tema para breve reflexão

Santíssima Virgem Refúgio e Consolo

Nós, os pecadores, sabemos que Ela é a nossa advogada, que jamais se cansa de nos estender a sua mão uma e outra vez, tantas quantas caímos e fazemos tenção de nos levantar-mos; nós, os que andamos pela vida aos trancos e barrancos, que somos débeis até ao ponto de não podermos evitar que nos atinjam vivamente essas aflições que são condição da natureza humana, nós sabemos que é o consolo dos aflitos, o refúgio onde, em último termo, podemos encontrar um pouco de paz, um pouco de serenidade, esse consolo peculiar que só uma mãe pode dar e que faz com que tudo volte a estar bem de novo. Nós sabemos também que, nesses momentos em que a nossa impotência se manifesta em termos de quase exasperação ou de desespero, quando já ninguém pode fazer nada e no sentimos absolutamente sozinhos com a nossa dor ou a nossa vergonha, encolhidos num beco sem saída, todavia Ela é a nossa esperança, todavia é um ponto de luz. Ela é ainda o recurso quando já não há a quem recorrer.

(f. suárez, La puerta angosta, Rialp, 9ª ed., Madrid 1985, pg. 227-228 trad ama)

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido”

Como quer o Mestre, tu tens de ser – bem metido neste mundo, que nos coube em sorte, e em todas as actividades dos homens – sal e luz. Luz, que ilumina as inteligências e os corações; sal, que dá sabor e preserva da corrupção. Por isso, se te faltar afã apostólico, tornar-te-ás insípido e inútil, defraudarás os outros e a tua vida será um absurdo. (Forja, 22)


Muitos, com ar de autojustificação, perguntam-se: Eu, porque é que me vou meter na vida dos outros?

– Porque tens obrigação, por seres cristão, de te meteres na vida dos outros, para os servires!
Porque Cristo se meteu na tua vida e na minha! (Forja, 24)

Se fores outro Cristo, se te comportares como filho de Deus, onde estiveres queimarás: Cristo abrasa, não deixa indiferentes os corações. (Forja, 25)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Os milagres geram milagres

Milagres
Stawomir Biela autor espiritual polaco, diz que: “O reconhecimento do próprio nada, a confiança de menino em Deus e a fé em no seu amor, é o que conformam a atitude que torna possível o milagre”.
Tudo, tudo o que nos rodeia, seja o que for, circunstâncias, objectos, factos, atitudes, … etc., tudo absolutamente tudo, tem imprimido em si a marca do Criador. Tudo existe e se mantém, porque Deus assim o dispõe, se dispusesse o contrario a sua existência, tudo incluído os seres humanos, retornaríamos ao nada total e absoluto, donde tudo e todos saímos.
A fé, e nada mais que a fé, é o que se necessita para poder ver e compreender, porque há coisas e acontecimentos que só se podem ver e compreender, com os olhos da alma, e para ter bem abertos estes olhos, faz falta ter muita humildade, como geralmente têm todos os pequenos.

juan del carmelo, trad ama 

Evangelho do dia e comentário

S. Gregório Magno












T. Comum– XXII Semana




Evangelho: Lc 6, 1-5

1 Num sábado, passando Jesus pelas searas, os Seus discípulos colhiam espigas e debulhando-as nas mãos, as comiam. 2 Alguns dos fariseus disseram-lhes: «Porque fazeis o que não é permitido aos sábados?». 3 Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4 Como entrou na casa de Deus, tomou os pães da proposição, comeu deles e deu aos seus companheiros, embora não fosse permitido comer deles senão aos sacerdotes?». 5 Depois acrescentou: «O Filho do Homem é Senhor também do sábado».

Comentário:

Aqui se vê a condição de Jesus e dos Seus discípulos: estavam com fome! E tão grande era a fome que umas simples espigas, esfareladas nas mãos, lhes servem para a mitigar!
No Seu calcorrear incessante pelas terras da Galileia e Judeia, Jesus mais que pensando no alimento, necessário para o corpo, sem dúvida, preocupa-se em propagar a Sua Palavra de vida Eterna que é o alimento, indispensável, para os espíritos das gentes esfomeadas de Deus. Mas não fica por aqui o Seu desvelo, para que nunca falte alimento à humanidade, há-de instituir a Sagrada Eucaristia, como recurso perene, até ao fim dos tempos, para todos os que querem saciar-se.

(ama, meditação sobre Lc 6, 1-15, 2009.04.30)