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03/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo
O entendimento, por seu lado, não tem que demonstrar que as coisas são uma realidade. O facto de que as coisas são uma realidade é algo evidente e é o fundamento inamovível de toda especulação realista. De Aristóteles disse-se que a primeira coisa que captamos é que há realidades. A partir daí e não antes começa a filosofia. É algo que goza de evidência e não pode ser submetido a demonstração. Contudo, é necessário insistir em que, quando captamos que uma essência determinada (o homem) é uma realidade, não captamos o ser em geral. Se assim fosse, não distinguiríamos o ser percebido do sujeito preceptor, pois ambos estariam abarcados e confundidos na generalidade desse ser. Captar que o homem é uma realidade é captar. Pelo contrário, que o homem se opõe ao nada, mas limitadamente, como uma realidade, como uma substância e não como a totalidade dos reais. Dito de outra forma, não se opõe ao nada como o ser, mas como um ser, como uma substância, como algo que implica absolutez e limitação na sua entidade.

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

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