Páginas

05/06/2020

Publicações

Publicações de hoje: 

        Clicar: 👇

 

http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/






São José, um homem normal


Falámos hoje da vida de oração e do afã de apostolado. Queremos porventura melhor mestre nesta matéria do que São José? Se quereis que vos dê um conselho, dir-vos-ei – com palavras que venho a repetir incansavelmente desde há muitos anos: Ite ad Joseph, recorrei a S. José; ele vos mostrará caminhos concretos e meios humanos e divinos para chegar a Jesus. E em breve ousareis, tal como ele, segurar nos braços, beijar, vestir e cuidar deste Menino Deus que nasceu para nós. Em sinal de veneração, os Magos ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra; José deu-lhe plenamente o coração jovem, cheio de amor. (Cristo que passa, 38)


José era um artesão da Galileia, um homem como tantos outros. E que pode esperar da vida um habitante de uma aldeia perdida, como era Nazaré? Apenas trabalho, todos os dias, sempre com o mesmo esforço. E, no fim da jornada, uma casa pobre e pequena, para recuperar as forças e recomeçar o trabalho no dia seguinte.
José era efectivamente um homem corrente, em quem Deus confiou para realizar coisas grandes. Soube viver exactamente como o Senhor queria todos e cada um dos acontecimentos que compuseram a sua vida. Por isso, a Sagrada Escritura louva José, afirmando que era justo. E, na língua hebraica, justo quer dizer piedoso, servidor irrepreensível de Deus, cumpridor da vontade divina ; outras vezes significa bom e caritativo para com o próximo. (Cristo que passa, 40)



O nosso Pai e Senhor São José é Mestre da vida interior. – Põe-te sob o seu patrocínio e sentirás a eficácia do seu poder. (Caminho, 560)


De São José diz Santa Teresa, no livro da sua vida: «Quem não achar Mestre que lhe ensine a orar, tome este glorioso Santo por mestre, e não errará no caminho». – O conselho vem de uma alma experimentada. Segue-o. (Caminho, 561)


Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã

A beleza do perdão - 3


É de suma importância o exame prévio feito com simples objectividade até porque algumas vezes nos esquecermos dos pecados de omissão, isto é, o que deveríamos ter feito e não fizemos, ou seja as faltas de cumprimento do dever.

E não nos fiquemos por generalidades mas sim dizer concretamente: ’não fiz isto, não fiz aquilo' que era minha obrigação fazer.

Ao demónio não lhe interessa nada que nos confessemos e usará de todas as artimanhas da vasta panóplia de que dispõe para nos levar a desistir da Confissão Sacramental.

Uma das mais comuns talvez seja o respeito humano de não nos confessarmos com o Sacerdote habitual. Tal ocorre  principalmente quando temos uma falta que nos envergonha  particularmente.

Não ceder a esta tentação acrescenta aos méritos da Confissão o  vencimento próprio, a humilhação, a simplicidade, o domínio do orgulho.

(cont)

(ama, reflexões, 2015.04.19)

São Pio de Petrelcina



São Pio de Petrelcina

O grande amor de Deus




Eu não sou como o Senhor me fez, mas sinto que tenho de me esforçar muito mais para cometer um acto de soberba que um acto de humildade. Isto porque a humildade é a verdade e a verdade é que eu sou nada. Tudo o que de  bom existe em mim, tudo o que possuo é de Deus. E mesmo sabendo isso, quantas vezes desperdiçamos ou estragamos até o que o bom Deus colocou em nós?!

(365 dias com São Pio de Petrelcina)


LEITURA ESPIRITUAL


São Marcos

Cap. XIV




1 Dali a dois dias era a Páscoa e os Ázimos; os príncipes dos sacerdotes e os escribas andavam buscando o modo de O prender à traição, para O matar.2 Porém, diziam: «Não convém que isto se faça no dia da festa, para que não se levante nenhum motim entre o povo».3 Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão o leproso, enquanto estava à mesa, veio uma mulher trazendo um frasco de alabastro cheio de um perfume feito de verdadeiro nardo, de um grande valor e, quebrando o frasco, derramou-Lho sobre a cabeça.4 Alguns dos que estavam presentes indignaram-se e diziam entre si: «Para que foi este desperdício de perfume? 5 Pois podia-se vender por mais de trezentos denários e dá-los aos pobres». E irritavam-se contra ela. 6 Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque a molestais? Ela fez-Me uma boa obra, 7 porque pobres sempre os tereis convosco, e quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; porém a Mim, não Me tereis sempre. 8 Ela fez o que podia: ungiu com antecipação o Meu corpo para a sepultura. 9 Em verdade vos digo: Onde quer que for pregado este Evangelho por todo o mundo, será também contado, para sua memória, o que ela fez». 10 Então, Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os príncipes dos sacerdotes para lhes entregar Jesus. 11 Eles ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava ocasião oportuna para O entregar.12 No primeiro dia dos Ázimos, quando imolavam a Páscoa, os discípulos perguntaram-Lhe: «Onde queres que vamos preparar-Te a refeição da Páscoa?». 13 Então, Ele enviou dois dos Seus discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade e encontrareis um homem levando uma bilha de água; ide atrás dele, 14 e, onde entrar, dizei ao dono da casa: “O Mestre manda dizer: Onde está a Minha sala onde hei-de comer a Páscoa com os Meus discípulos?”. 15 E ele vos mostrará uma sala superior, grande, mobilada e já pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». 16 Os discípulos partiram e chegaram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa. 17 Chegada a tarde, foi Jesus com os doze. 18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: «Em verdade vos digo que um de vós, que come comigo, Me há-de entregar». 19 Então começaram a entristecer-se, e a dizer-Lhe um por um: «Porventura sou eu?». 20 Ele disse-lhes: «É um dos doze que se serve comigo do mesmo prato. 21 O Filho do Homem vai, segundo está escrito d'Ele, mas, ai daquele homem por quem for entregue o Filho do Homem! Melhor fora a esse homem não ter nascido». 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciada a bênção, partiu-o, deu-lho e disse: «Tomai, isto é o Meu corpo». 23 Em seguida, tendo tomado o cálice, dando graças, deu-lho, e todos beberam dele. 24 E disse-lhes: «Isto é o Meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por todos. 25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da videira, até àquele dia em que o beberei novo no reino de Deus». 26 Cantados os salmos, foram para o monte das Oliveiras. 27 Então Jesus, disse-lhes: «Todos vós vos escandalizareis, pois está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão”. 28 Mas, depois de Eu ressuscitar, preceder-vos-ei na Galileia». 29 Pedro, porém, disse-Lhe: «Ainda que todos se escandalizem a Teu respeito, eu não». 30 Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo que hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante a segunda vez, Me negarás três vezes». 31 Porém, ele insistia ainda mais: «Ainda que seja preciso morrer contigo, não Te negarei». E todos diziam o mesmo. 32 Chegando a uma herdade, chamada Getsemani, Jesus disse aos Seus discípulos: «Sentai-vos aqui enquanto vou orar». 33 Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a sentir pavor e angústia. 34 E disse-lhes: «A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai». 35 Tendo-Se adiantado um pouco, prostrou-Se por terra e pedia que, se era possível, se afastasse d'Ele aquela hora.36 Dizia: «Abba, Pai, todas as coisas Te são possíveis; afasta de Mim este cálice; porém, não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres». 37 Depois, voltou e encontrou-os a dormir, e disse a Pedro: «Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora? 38 Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, na verdade, está pronto mas a carne é fraca». 39 Tendo-Se retirado novamente, pôs-Se a orar, repetindo as mesmas palavras. 40 Voltando, encontrou-os outra vez a dormir, porque tinham os olhos pesados pelo sono. Não sabiam que responder-Lhe. 41 Voltou terceira vez, e disse-lhes: «Dormi agora e descansai. Basta!, é chegada a hora; eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos, vamos; eis que se aproxima o que Me há-de entregar». 43 Ainda falava, quando chega Judas Iscariotes, um dos doze, e com ele muita gente armada de espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes, pelos escribas e pelos anciãos. 44 O traidor tinha-lhes dado um sinal dizendo: «Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-O e levai-O com cuidado». 45 Logo que chegou, aproximando-se imediatamente de Jesus, disse-Lhe: «Mestre!», e beijou-O. 46 Então eles lançaram-Lhe as mãos e prenderam-n'O. 47 Um dos presentes, tirando a espada, feriu um servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48 Jesus tomando a palavra, disse-lhes: «Como se Eu fosse um ladrão viestes prender-Me com espadas e varapaus? 49 Todos os dias estava entre vós ensinando no templo e não Me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram as Escrituras». 50 Então, os discípulos, abandonando-O, fugiram todos. 51 Um jovem seguia Jesus coberto somente com um lençol e prenderam-no. 52 Mas ele, largando o lençol, escapou-se-lhes nu. 53 Levaram Jesus ao sumo sacerdote e juntaram-se todos os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas. 54 Pedro foi-O seguindo de longe, até dentro do pátio do sumo sacerdote. Estava sentado ao fogo com os criados, e aquecia-se. 55 Os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para O fazerem morrer, e não o encontravam. 56 Muitos depunham falsamente contra Ele, mas não concordavam os seus depoimentos. 57 Levantaram-se uns que depunham falsamente contra Ele, dizendo: 58 «Nós ouvimo-l'O dizer: “Destruirei este templo, feito pela mão do homem, e em três dias edificarei outro, que não será feito pela mão do homem”». 59 Porém, nem estes testemunhos eram concordes. 60 Então, levantando-se do meio da assembleia o sumo sacerdote, interrogou Jesus, dizendo: «Não respondes nada ao que estes depõem contra Ti?». 61 Ele, porém, estava em silêncio e nada respondeu. Interrogou-O de novo o sumo sacerdote e disse-Lhe: «És Tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?». 62 Jesus respondeu: «Eu sou, e vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu». 63 Então, o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: «Que necessidade temos de mais testemunhas? 64 Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?». E todos O condenaram como réu de morte. 65 Então começaram alguns a cuspir-Lhe, a cobrir-Lhe o rosto e a dar-Lhe murros, dizendo-Lhe: «Profetiza!». Os criados receberam-n'O a bofetadas. 66 Entretanto, estando Pedro em baixo no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote. 67 Vendo Pedro, que se aquecia, encarando-o disse: «Tu também estavas com Jesus Nazareno». 68 Mas ele negou: «Não sei, nem compreendo o que dizes». E saiu para fora, para a entrada do pátio, e o galo cantou. 69 Tendo-o visto a criada, começou novamente a dizer aos que estavam presentes: «Este é daqueles». 70 Mas ele o negou de novo. Pouco depois, os que ali estavam presentes diziam de novo a Pedro: «Verdadeiramente tu és um deles, porque também és galileu». 71 Ele começou a fazer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais». 72 Imediatamente cantou o galo segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus tinha dito: «Antes que o galo cante duas vezes, Me negarás três». E começou a chorar.

Comentários:

Está absolutamente definido: para Deus, o mais importante é o AMOR. Foi e é, o Amor, que moveu e continua movendo, Deus, como Criador, como Pai, como Dono e Senhor de quanto existe. Ama o homem por aquilo que ele é: uma criatura fruto do Seu amor. Não se pode amar o que não se conhece e, Deus, conhece-nos intima­mente com todos os nossos defeitos e fraquezas e, também, as nossas virtudes e boas acções. Mesmo quando nos afastamos dele continua a amar-nos porque o Seu amor por nós não é condicionado pelo nosso amor por Ele.
Levanta-se uma questão a respeito deste trecho do Evangelho: “Quem não ama Deus não ama o próximo, ou, se se ama o próximo tem de se amar a Deus?” Parece óbvio que o amor é um só: o amor de Deus pelos homens! De facto Deus não só criou o homem por amor mas criou-o para amar. Sendo verdade que Deus ama todos os homens e que estes são o reflexo, a própria imagem de Deus, não será possível haver como que uma “divisão” do amor entre o amor a Deus e o amor ao próximo. Assim, aquele que ama o próximo, ama de facto a Deus embora, por qualquer razão, possa não O conhecer. Por isso é tão importante o apostolado, que mais não é que um serviço para que todos conheçam Deus.
         São Marcos descreve o que ouviu de São Pedro com a riqueza de detalhes que nos garante um relato fidedigno do que se passou. Jesus Cristo é um "adivinho"? Não!
Jesus Cristo sendo Deus conhece o passado o actual e o futuro, aliás, para Ele, tudo é presente.
                A prudência é uma virtude importantíssima na vida cristã. sobretudo nas tarefas de apostolado deve ter-se muito em conta que agir imprudentemente pode não só deitar a perder o esforço já feito como até fazer ou dizer algo que não seja de todo conveniente. O homem prudente é avisado, não age nem por impulso nem por entusiasmo. Prepara convenientemente a sua acção tomando conselho apropriado de quem melhor o poderá guiar. Nosso Senhor dá-nos, neste trecho de São Marcos, uma autêntica lição de prudência ficando claríssimo que não se trata nem de medo ou receio mas, de agir em conformidade com o que é aconselhável.
         Jesus Cristo quer que tudo se cumpra como está determinado nos planos da Redenção, por isso mesmo, usa a precaução que se impõe para que não se saiba onde vai celebrar a Páscoa com os Doze. Convém até que, um dos Doze, não saiba de antemão, onde será. Todos os factos, episódios e acontecimentos que antecedem a Paixão são importantes mas, neles, avulta a Última Ceia porque, justamente será durante a mesma, que Cristo, depois da saída de Judas, instituirá o Sacerdócio ao dar aos Seus Apóstolos a faculdade de repetirem para todo o sempre o milagre da Consagração Eucarística. De facto, é onde O Senhor decide, com uma generosidade e humildade que nos espanta, ficar para sempre connosco para ser o nosso alimento, o Viático para a Vida Eterna.
         Uma vez mais, Jesus, mostra-nos como é necessária prudência nas coisas que a Ele respeitam. Prudência que não tem que ver nem com medo ou cobardia mas, tão só, não desprezar as medidas e atitudes que as circunstâncias aconselhem. Ao enviar dois discípulos com instruções algo “misteriosas” para escolherem a sala onde iriam comer a Páscoa, Jesus quer pôr a recato a possibilidade de Judas, que sabia, o iria trair, se poder adiantar no seu torpe desígnio. Assim, ninguém saberia, de antemão, onde Se encontraria Jesus e os Seus discípulos antes da hora que, desde sempre, estava destinada a ser a hora da prisão, no Getzemani.
         O poder da Fé! Assim se poderia titular este trecho de São Marcos. Os exemplos dados são propositadamente exagerados e até estranhos - ninguém mandará um monte plantar-se no mar - para que fique bem claro que Deus pode tudo e a oração pode obter tudo. O que pedirmos não deixará de ser atendido se o pedido for conveniente segundo os critérios divinos.
         A honestidade intelectual é algo que muitos desdenham e, no entanto, ela é fundamental para agir com verdade e são critério. Procurar razões onde não existem, perguntas capciosas e mal intencionadas, isto é o que fazem muitos que se propõem a eles próprios como mestres e guias. Mas, o pior é que haverá sempre quem os ouça e siga, iludidos e enganados na sua busca da verdade. É a verdade é só uma: Jesus Cristo: Ele É a Verdade!

Virtudes 7


Fortaleza 7

Aquele que perseverar até ao fim, será salvo (Mt 10, 22)

A paciência está em estreita correspondência com a perseverança. Esta costuma ser definida como a persistência no exercício de obras virtuosas apesar da dificuldade e do cansaço derivado de sua demora no tempo. Mais precisamente costuma-se falar de constância quando se trata de vencer a tentação de abandonar o esforço perante o aparecimento de um obstáculo concreto; enquanto se fala de perseverança quando o obstáculo é apenas o prolongar no tempo desse esforço (Cf. Ángel Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi III. Morale speciale, EDUSC, Roma 2008, p. 298).
Não se trata somente de uma qualidade humana, necessária para alcançar objetivos mais ou menos ambiciosos. A perseverança, à imitação de Cristo, que foi obediente ao desígnio do Pai até o final (Cf. Fl. 2, 8), é necessária para a salvação, segundo as palavras evangélicas: «mas aquele que perseverar até o fim será salvo» (Mt 10, 22). Entende-se então a verdade da afirmação de (São Josemaria: “Começar é de todos; perseverar, de santos((São Josemaria, Caminho, n. 983)
  Daí o amor que este sacerdote santo revelava pelo trabalho bem acabado, que descrevia como um saber colocar as “últimas pedras” em cada trabalho realizado (“Gosto das últimas [pedras], que supõem o termo de um longo e paciente esforço” ((São Josemaria, Entrevista para “El Cruzado Aragonés”, 3 de Maio de 1969, n. 16).
Toda a fidelidade deve passar pela prova mais exigente: o tempo […]. É fácil ser coerente por um dia, ou por alguns dias […]. Só pode chamar-se fidelidade a uma coerência que dura toda uma vida(João Paulo II, Homilia na Catedral Metropolitana, México, 26 de janeiro de 1979). Estas palavras de São João Paulo II ajudam a compreender a perseverança sob uma luz mais profunda, não como mero persistir, mas antes de tudo como autêntica coerência de vida; uma fidelidade que acaba por merecer o louvor do Senhor da parábola dos talentos, e que pode considerar-se como uma fórmula evangélica de canonização: «Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-se com o teu senhor» (Mt 25, 23).

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?