Páginas

04/02/2020

THALITA KUM 91


THALITA KUM 91

(Cfr. Lc 8, 49-56)



Jesus não procura o rosto, mas o coração.

As lavagens e abluções feitas com cuidado e rigor, não conseguem limpar o coração, ou tornar a alma imaculada, mas, tão só, criar uma aparente ilusão de pureza, tal como, as atitudes de reverência ou piedade, nada valem se o coração se mantém distante e orgulhoso.

O nosso aspecto exterior, o nosso comportamento social, é sem dúvida importante e devemos tê-los muito em consideração, até porque, dependerá muito da forma como nos apresentemos aos outros, limpos, arrumados com bons modos, etc., a influência que poderemos exercer sobre eles, levando-os, por exemplo, a aceitar um convite para uma actividade de carácter espiritual.

Aliás, são vários os exemplos que Jesus nos dá, do Seu cuidado nas relações com os outros, na maneira de vestir e de se apresentar; por exemplo: Jesus repara que Simão não Lhe deu o beijo tradicional quando chegou a Sua casa; [1] ou o facto do Mestre, que não tinha onde repousar a cabeça; [2] possuir uma túnica que, por ser inconsútil, teria um valor apreciável o que levou os soldados sortearem-na entre si [3] ou ainda, as recomendações minuciosas que faz aos apóstolos, sobre o modo de saudar os donos das casas que visitassem. [4]

Portanto, temos a certeza que Jesus não desprezava as coisas do mundo, as aparências, ou seja, aqueles actos exteriores que de alguma forma devem ser reflexo dos sentimentos e disposições internas dos homens.

Assim, convém termos as coisas muito claras e não nos deixarmos levar por escrúpulos ou falsas premissas.

Os ensinamentos de Jesus são iniludíveis a este respeito:

«Ninguém, depois de acender uma lâmpada, a põe em sítio oculto ou debaixo do alqueire, mas no candelabro, para que vejam a claridade aqueles que entram». [5]

(AMA, reflexões).



[1] Cfr. Lc 7, 45.
[2] Cfr. Mt 8, 20.
[3] Cfr. Jo 19, 23.
[4] Cfr. Mt 10, 5-14.
[5] Lc 11, 33.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.