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04/02/2020

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


São João de Brito

Evangelho: Mc 6, 7-17

Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro; que fossem calçados com sandálias, e não levassem duas túnicas. Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles». Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos. Entretanto, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois a sua fama chegara a toda a parte e dizia-se: «João Baptista ressuscitou dos mortos; por isso ele tem o poder de fazer milagres». Outros diziam: «É Elias». Outros diziam ainda: «É um profeta como os antigos profetas». Mas Herodes, ao ouvir falar de tudo isto, dizia: «João, a quem mandei cortar a cabeça, ressuscitou». De facto, Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por sua mulher.

Comentário:

Fica aqui, neste texto de São Marcos, bem expressa a complexa – para dizer brevemente – personalidade de Herodes.

A morte por ele ordenada do Baptista não o deixou indiferente.

Ao mesmo tempo parece acreditar na ressurreição dos mortos.

Toda a sua parece destinada a cruzar-se com o Salvador – logo desde o Seu Nascimento em Belém – numa espécie de mórbido temor pela sua pessoa e o seu estatuto de rei da Judeia.

Já o dissemos, é um personagem sinistro que ficará célebre até ao final dos tempos, pelos piores e mais torpes actos.

(AMA, comentário sobre Mc 6, 7-17, 22.10.2019)


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