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26/03/2016

Madrugada de Sábado Santo

Acabei de ver o filme da Paixão de Cristo [1]; absolutamente nada me impede dizer que chorei lágrimas verdadeiras que brotaram expontâneamente de um coração apertado e contrito.

Um coração esmagado pela crueza das imagens que não obstante contarem acontecimentos que muito bem conhecemos, todos os cristãos, devem ficar muito aquém da realidade.´

Alguém poderá aduzir que será talvez uma atitude desnecessária, a violência e horror das cenas são por demais “chocantes”.

Contraporei dizendo que, bem ao contrário, todos os cristãos deveríamos tê-las gravadas no nosso espírito – gravadas a fogo para que não se apaguem – e, muito possivelmente a sua lembrança nos impeça de ceder a tentações e misérias.

Os homens têm uma capacidade de sofrimento extraordinária que muitos não conhecem ou rejeitam. É lógico: ninguém gosta de sofrer.

Jesus Cristo também não sofreu por gostar do sofrimento mas sim porque era necessário que sofresse para poder salvar-nos definitivamente.

Sim o Seu sofrimento, a Sua Paixão dolorosíssima e a Sua Morte ignominiosa deve-se a todos os homens de todos os tempos, dos que já passaram, do presente, e dos que estão para vir.

O pecado é uma ofensa de tal magnitude que só o perdão da Cruz o pode resgatar.

E, as minhas lágrimas, que são, sem dúvida de dor e pena, são também de alegria e acções de graças porque Jesus Cristo me salvou, me perdoou e me deu um Caminho, me mostrou a Verdade e concedeu a Vida.

Sim, Ele é O Caminho que convém andar, a Verdade que importa conhecer e a Vida que interessa viver.

ama, 26.03.2016






[1] de Mel Gibson

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