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Se vos examinardes com valentia na
presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de
muitos erros. Quando lutamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de
verdadeira importância e podem ser superados, embora pareça que nunca conseguimos
desarraigá-los totalmente. Além disso, independentemente dessas fraquezas, tu
contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te
empenhares em corresponder à graça de Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles
– capaz de todos os erros e de todos os horrores – serás mais compreensivo,
mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a
amar a Deus com o coração inteiro.
Nós, os cristãos, os filhos de Deus,
temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que
aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das
pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas –
interessam-nos todas as almas! – embora, logicamente, devamos começar por
ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos
aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado. (Amigos
de Deus, 162)
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