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30/09/2014

O Sagrado Coração de Jesus

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Desde sempre o coração foi visto e sentido, pelo homem, como a fonte do amor, o gerador dos sentimentos do homem.
É normal ouvir-se dizer que uma pessoa boa é uma pessoa de bom coração.
O coração é assim, (para além dos conceitos médico/científicos), o centro da vida do homem em tudo aquilo que ele vive física, emocional, sentimental e até espiritualmente.

Que dizer então do Coração do Homem perfeito, daquele que sendo Homem era Deus, e sendo Deus se fez Homem?
Que dizer do Coração de Jesus Cristo? 

É afinal o Coração de Deus, do Deus que se fez Homem, do Deus que quis ter coração como o coração dos homens.

Mas o Coração de Jesus, Coração de Deus, Coração do Homem, é:
Um Coração que “apenas” sabe amar.
Um Coração que “apenas” sabe querer.
Um Coração que “apenas” sabe acolher.
Um Coração tão grande e infinito que nele todos cabem: os que O amam, os que não O amam, os que O rejeitam, os que Lhe dedicam indiferença.


“Dou-te o meu coração”, dizemos nós, quando queremos mostrar o nosso amor por alguém. Mas é sempre, obviamente, uma afirmação simbólica, um desejo que nunca conseguimos cumprir na totalidade.

“Dou-te o meu Coração”, diz Jesus, e dá-O efectivamente, entrega-O, esgota-O, (embora Ele nunca se esgote), é enfim um desejo divino que se torna inteira e total realidade.

No Coração de Jesus encontramos o tudo da salvação, o amor e o perdão, o acolhimento e o envio, o divino e o humano, a vida agora e a vida para além da morte, a porta aberta de um Coração que não aprisiona, porque “apenas” ama, e o amor é sempre liberdade.

Sabemos bem que todos estamos no Coração de Deus!
A pergunta que nos devemos fazer é saber se nos nossos corações está também, por nossa vontade, o Sagrado Coração de Jesus.


Marinha Grande, 19 de Junho de 2014
Joaquim Mexia Alves


Nota: 
Texto publicado no “Grãos de Areia”, boletim mensal da paróquia da Marinha Grande.
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