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19/04/2013

Evangelho do dia e comentário





Tempo de Páscoa


III Semana 











Evangelho: Jo 6, 52-59

52 Disputavam, então, entre si os judeus: «Como pode Este dar-nos a comer a Sua carne?». 53 Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue não tereis a vida em vós. 54 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue verdadeiramente bebida. 56 Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. 57 Assim como Me enviou o Pai que vive e Eu vivo pelo Pai, assim quem Me comer a Mim, esse mesmo também viverá por Mim. 58 Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que comeram os vossos pais, e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente». 59 Jesus disse estas coisas ensinando em Cafarnaum, na sinagoga.

Comentário:

Quero compreender bem o que dizes, Senhor. Quero dar-me conta da grandeza e majestade da Comunhão.
Quero gravar as Tuas palavras, indelevelmente, na minha alma.
Porquê?
Para que nunca me atreva a receber-te com menos devoção, carinho e amor - não os que Te são devidos - mas dos que sou capaz.

(ama, meditação sobre Jo 6, 56-59, 2010.04.23)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Contenção; alguma privação; ser humilde.

Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me: Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?


Deus ama quem dá com alegria


Sofres! – Pois olha: "Ele" não tem o coração mais pequeno do que o nosso. – Sofres? É porque convém. (Caminho, 230)

Advirto-te que as grandes penitências são compatíveis também com as quedas espalhafatosas, provocadas pela soberba. Em contrapartida, com esse desejo contínuo de agradar a Deus nas pequenas batalhas pessoais – como sorrir quando não se tem vontade: asseguro-vos, aliás, que em certas ocasiões torna-se mais custoso um sorriso do que uma hora de cilício – é difícil alimentar o orgulho, a ridícula ingenuidade de nos considerarmos heróis notáveis: ver-nos-emos como uma criança que apenas consegue oferecer ninharias ao seu pai, que as recebe, no entanto, com imensa alegria.

Então, um cristão há-de ser sempre mortificado? Sim, mas por amor. (…)Talvez até agora não nos tivéssemos sentido urgidos a seguir tão de perto os passos de Cristo. Talvez não nos tivéssemos apercebido de que podemos unir ao seu sacrifício reparador as nossas pequenas renúncias: pelos nossos pecados, pelos pecados dos homens de todas as épocas, por esse trabalho malvado de Lúcifer que continua a opor a Deus o seu non serviam! Como nos atreveremos a clamar sem hipocrisia: Senhor, doem-me as ofensas que ferem o teu Coração amabilíssimo, se não nos decidimos a privar-nos de uma ninharia ou a oferecer um sacrifício minúsculo em honra do seu Amor? A penitência – verdadeiro desagravo – lança-nos pelo caminho da entrega, da caridade. Entrega para reparar e caridade para ajudar os outros, como Cristo nos ajudou a nós.

De agora em diante, tende pressa de amar. O amor impedir-nos-á a queixa e o protesto. Porque com frequência suportamos a contrariedade, sim; mas lamentamo-nos; e então, além de desperdiçar a graça de Deus, cortamos-lhe as mãos para futuros pedidos. Hilarem enim datorem diligit Deus. Deus ama o que dá com alegria, com a espontaneidade que nasce de um coração enamorado, sem os espalhafatos de quem se entrega como se prestasse um favor. (Amigos de Deus, nn. 139–140)

Tratado das paixões da alma 1


Questão 22: Do sujeito das paixões da alma.



Em seguida devemos tratar das paixões da alma. Primeiro, em geral. Segundo, em especial. Em geral, devemos estudar quatro questões, relativamente a elas. Primeiro, do sujeito delas. Segundo, da diferença entre elas. Terceiro, da comparação mútua entre as mesmas. Quarto, da sua malícia e bondade.

Sobre a primeira questão três artigos se discutem:
Art. 1 ― Se a alma tem paixões.
Art. 2 ― Se a paixão reside mais na parte apreensiva que na apetitiva.
Art. 3 ― Se a paixão reside mais no apetite sensitivo que no intelectivo.

Art. 1 ― Se a alma tem paixões.

(III Sent., dist. XV. Q. 2, a . 1, qª 2, De Verit., q. 26, a . 1, 2).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que a alma não tem paixões.


Tratado dos actos humanos 95


Questão 21: Das consequências dos actos humanos em razão da bondade ou da malícia deles.

Art. 4 ― Se o acto do homem, bom ou mau, é meritório ou demeritório perante Deus.




(Infra, q. 114, a . 1).

O quarto discute-se assim. ― Parece que o acto do homem, bom ou mau, não é meritório nem demeritório perante Deus.



SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A Igreja na história 11


5. A Idade Contemporânea (a partir de 1789)

A Revolução Francesa, que começou com o decisivo contributo do baixo clero, derivou rapidamente para atitudes de galicanismo extremo, chegando a produzir o cisma da Igreja Constitucional, e assumindo a seguir, tonalidades claramente anticristãs (instauração do culto ao Ente Supremo, abolição do calendário cristão, etc.), até chegar a uma cruenta perseguição da Igreja (1791-1801): o papa Pio VI morreu em 1799 prisioneiro dos revolucionários franceses. A subida ao poder de Napoleão Bonaparte, homem pragmático, trouxe a paz religiosa com a Concordata de 1801; mais adiante, no entanto, surgiram desavenças com Pio VII pelas intromissões contínuas do governo francês na vida da Igreja; como resultado disso, o Papa foi feito prisioneiro por Bonaparte, aproximadamente, durante cinco anos.

Com a restauração das monarquias pré-revolucionárias (1815), regressou para a Igreja um período de paz e tranquilidade, favorecido também pelo romanticismo, corrente de pensamento predominante na primeira metade do séc. XIX. No entanto, depressa se delineou uma nova ideologia profundamente oposta ao catolicismo: o liberalismo, herdeiro dos ideais da Revolução Francesa que, pouco a pouco, conseguiu afirmar-se politicamente, promovendo a instauração de legislações discriminatórias ou persecutórias contra a Igreja. O liberalismo uniu-se em muitos países ao nacionalismo e, mais tarde, na segunda metade do século, aliou-se ao imperialismo e ao positivismo, que contribuíram ulteriormente para a descristianização da sociedade. Simultaneamente, como reacção às injustiças sociais provocadas pelas legislações liberais, nasciam e difundiam-se várias ideologias com o objectivo de se fazerem porta-vozes das aspirações das classes oprimidas pelo novo sistema económico: o socialismo utópico, o socialismo “científico”, o comunismo, o anarquismo, todas elas unidas por projectos de revolução social e uma filosofia subjacente de tipo materialista.

carlo pioppi

Bibliografia básica

J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares, Milano 1989.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)