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06/01/2013

Evangelho do dia e comentário




TEMPO DE NATAL






Epifania


Evangelho: Mt 2, 1-12

1 Naquele tempo, num dia de sábado, passava Jesus por umas searas, e Seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comê-las. 2 Vendo isto os fariseus, disseram-Lhe: «Olha que os Teus discípulos fazem o que não é permitido fazer ao sábado». 3 Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David e os seus companheiros, quando tiveram fome? 4 Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães sagrados, dos quais não era lícito comer, nem a ele, nem aos que com ele iam, mas só aos sacerdotes? 5 Não lestes na Lei que aos sábados os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? 6 Ora Eu digo-vos que aqui está Alguém que é maior que o templo. 7 Se vós soubésseis o que quer dizer: “Quero misericórdia e não sacrifício”, jamais condenaríeis inocentes. 8 Porque o Filho do Homem é senhor do próprio sábado».9 Partindo dali, foi à sinagoga deles,10 onde se encontrava um homem que tinha atrofiada uma das mãos; e, eles, para terem de que O acusar, perguntaram-Lhe: «É permitido curar aos sábados?». 11 Ele respondeu-lhes: «Que homem haverá entre vós que, tendo uma ovelha, se esta cair no dia de sábado a uma cova, não a agarre, e não a tire de lá? 12 Ora quanto mais vale um homem do que uma ovelha? Logo, é permitido fazer bem no dia de sábado».

Comentário:

Tanta gente com fome anda pelo mundo! Nos áridos desertos e nas buliçosas metrópoles há um número de seres humanos que cresce dia a dia assustadoramente que têm fome.
É verdade que há muitíssima gente individual ou organizada, jovens e não tão jovens que procura Com enorme generosidade, minimizar as carências, socorrer as aflições.
Mas há, continua a haver, pessoas cuja preocupação é fazer crescer o muito que já têm e governantes que fecham os olhos preferindo gastar somas escandalosamente avultadas em armamentos ou obra faraónicas cuja necessidade não se descortina

(ama, comentário sobre Mt 12, 1-8, 2012.07.20)

Leitura espiritual para 06 Jan 2013


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Tratado da bem-aventurança 30


Questão 5: Da consecução da bem-aventurança.


Em seguida devemos, tratar da própria consecução da bem-aventurança. E sobre esta Questão discutem-se oito artigos:

Art. 1 — Se o homem pode alcançar a bem-aventurança.
Art. 2 — Se um homem pode ser mais feliz que outro.
Art. 3 — Se a bem-aventurança pode ser obtida nesta vida.
Art. 4 — Se a bem-aventurança pode ser perdida.
Art. 5 — Se o homem pelas suas faculdades naturais pode alcançar a bem-aventurança.
Art. 6 — Se o homem pode tornar-se feliz por obra de uma criatura superior, o anjo.
Art. 7 — Se são necessárias obras para que o homem alcance de Deus a bem-aventurança.
Art. 8 — Se todos desejam a bem-aventurança.

Art. 1 — Se o homem pode alcançar a bem-aventurança.

O primeiro discute-se assim. — Parece que o homem não pode alcançar a bem-aventurança.


Piedosos como meninos


– Jesus, considerando agora mesmo as minhas misérias, digo-te: Deixa-te enganar pelo teu filho, como esses pais bons, carinhosos, que põem nas mãos do seu menino a dádiva que dele querem receber..., porque sabem muito bem que as crianças nada têm. E que alvoroço o do pai e o do filho, ainda que ambos estejam no segredo! (Forja, 195)

A vida de oração e de penitência e a consideração da nossa filiação divina transformam-nos em cristãos profundamente piedosos, como meninos pequenos diante de Deus. A piedade é a virtude dos filhos e, para que o filho possa entregar-se nos braços do seu pai, há-de ser e sentir-se pequeno, necessitado. Tenho meditado com frequência na vida de infância espiritual, que não se contrapõe à fortaleza, porque requer uma vontade rija, uma maturidade bem temperada, um carácter firme e aberto.

Piedosos, portanto, como meninos; mas não ignorantes, porque cada um há-de esforçar-se, na medida das suas possibilidades, pelo estudo sério e científico da fé. E o que é isto, senão teologia? Piedade de meninos, sim, mas doutrina segura de teólogos.
O afã por adquirir esta ciência teológica – a boa e firme doutrina cristã – deve-se, em primeiro lugar, ao desejo de conhecer e amar a Deus. Simultaneamente é consequência da preocupação geral da alma fiel por alcançar a mais profunda compreensão deste mundo, que é uma realização do Criador. Com periódica monotonia, há pessoas que procuram ressuscitar uma suposta incompatibilidade entre a fé e a ciência, entre a inteligência humana e a Revelação divina. Tal incompatibilidade só pode surgir, e só na aparência, quando não se entendem os termos reais do problema.

Se o mundo saiu das mãos de Deus, se Ele criou o homem à sua imagem e semelhança e lhe deu uma chispa da sua luz, o trabalho da inteligência deve ser – embora seja um trabalho duro – desentranhar o sentido divino que naturalmente já têm todas as coisas. E, com a luz da fé, compreendemos também o seu sentido sobrenatural, que resulta da nossa elevação à ordem da graça. Não podemos admitir o medo da ciência, visto que qualquer trabalho, se é verdadeiramente científico, tende para a verdade. E Cristo disse: Ego sum veritas. Eu sou a verdade. (Cristo que passa, 10)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 17


A investigação e o ensino

17. Embora devamos estar sempre abertos a todos, é evidente que é muito importante dar a conhecer o Evangelho às pessoas que se movem em ambientes intelectuais. Concretamente, os que trabalham em instituições universitárias hão de recordar umas palavras do Senhor, dirigidas a todos, mas que convém considerar que se adaptam especialmente a eles: vos estis lux mundi (Mt 5, 14), deveis ser luz do mundo. Na verdade, o seu trabalho profissional coloca-os na vanguarda da nova evangelização. S. Josemaria, que tanto impulsionou, mesmo antes de 1928, o apostolado com intelectuais, escrevia: «a Universidade tem como mais alta missão o serviço aos homens, ser fermento da sociedade em que vive» [28].

Palavras que exprimem muito bem qual há de ser a direção apostólica que hão de seguir os que atuam nesses ambientes: ser fermento, dar luz e calor, a luz e o calor do Evangelho, para que os seus amigos e colegas, os seus alunos, impregnem a alma e a atuação com a Boa Nova de Cristo, em plena fidelidade ao Magistério da Igreja. Desse modo contribuirão para a evangelização da cultura. De perene atualidade é aquele ponto de Caminho: «tens de comunicar a outros Amor de Deus e zelo pelas almas, para que esses, por sua vez, peguem fogo a muitos mais que estão num terceiro plano, e cada um destes últimos aos seus companheiros de profissão.

De quantas calorias espirituais não precisas! – E que responsabilidade tão grande, se arrefeces! E (nem o quero pensar) que crime tão horroroso, se dás um mau exemplo!» [29]

Não permitamos que caia no vazio o desafio saudável de animar que muitas pessoas e instituições, em todo o mundo, promovam, estimulados pelo exemplo dos primeiros cristãos, uma nova cultura, uma nova legislação, uma nova moda, coerentes com a dignidade da pessoa humana e o seu destino para a glória dos filhos de Deus em Jesus Cristo (cfr. 2 Cor 3, 18). Se todos temos de rezar e colaborar com generosidade completa para o conseguir, é aos professores universitários e aos investigadores que incumbe a responsabilidade dum empenho profundo e perseverante, para aproveitar cada uma das ocasiões que o exercício da profissão lhes proporciona. A fé configura-se, neste contexto, como apoio para avançar para a verdade, ao mesmo tempo que nos esforçamos, pela própria força da virtude, a levá-la para todos as âmbitos, e ajudar os que nos rodeiam a que a recebam ou nela cresçam.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[28] S. Josemaria, Discurso no ato de investidura de doutores “honoris causa” pela Universidade de Navarra, 7-X-1967.
[29] S. Josemaria, Caminho, n. 944.